5 de novembro de 2007

 

O povo venezuelano está com Hugo Chávez

A mídia brasileira (e baiana), como sempre, mente sobre a Venezuela. Milhões de cidadãos participaram da Grande Marcha em apoio à reforma constitucional, neste domingo (4). Foi uma demonstração da força do presidente Hugo Chávez. O povo apóia Hugo Chavéz. Os reacionários da imprensa, colunistas de direita, não admitem a revolução bolivariana, que a maioria da população da Venezuela apóia.

Tem jornalista debilóide baiano que chama Hugo Chávez - eleito pelo voto direto por milhões de venezuelanos - de ditador. Democracia para essa gente é somente quando a burguesia e os latifundiários ficam por cima. Democracia só dos EUA e da Europa, com seus tanques de guerra.

Mas, justiça seja feita, não é só a mídia nacional (e baiana) que mente sobre a Venezuela. A mídia internacional, com raras exceções, não consegue disfarçar seu jornalismo aleijado. A Grande Marcha de domingo (4) foi a mais retumbante resposta aos distúrbios violentos organizados pela minoria autoritária da Venezuela.

Os distúrbios da minoria de direita ganham repercussão na mídia internacional, nacional (e baiana) porque as agências de notícias são territórios controlados pelas grandes corporações empresariais. Eles têm medo de perder seus seculares privilégios.

HUGO CHÁVEZ LIDERA

O presidente da república Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, liderou a mobilização, acompanhado pelo vice-presidente e coordenador do PSUV (Partido Socialista Unificado da Venezuela), Jorge Rodríguez. Com Chávez à frente, a multidão percorreu as avenidas Francisco de Miranda, Libertador e México, até chegar à avenida Bolívar.

Os manifestantes começaram a se concentrar nas ruas desde as primeiras horas da manhã. Milhares vestiam camisetas, bonés e outros adereços vermelhos, criando o impacto visual da ''maré vermelha'', marca registrada das manifestações bolivarianas.

No seu discurso, Chávez disse que ''o caminho de uma revolução é o caminho das mil batalhas'', mas os bolivarianos têm feito esse processo coincidir ''com o caminho das mil vitórias''. Prometeu também que ''não daremos descanso aos nossos braços''na campanha pelo ''Sim''no referendo.

O presidente pediu o voto ''Sim e Sim'', já que a questão submetida a referendo, prevendo a mudança de 69 dos 350 artigos constitucionais, foi dividida em dois blocos. Disse que é importante ''trabalhar a vitória'' e que ''o grande objetivo é aprovar a reforma constitucional de maneira contundente''.

O POVO É QUEM DECIDE

Para Hugo Chávez, a reforma constitucional é um processo ''muito mais definidor que o de 1999'', quando uma assembléia também eleita pelo povo redigiu a Constituição bolivariana.
Ao criar as bases legais para a transformação socialista da Venezuela, ela ''representa a consolidação do processo bolivariano'', avaliou.

O discurso foi duro em relação à abstenção eleitoral (na venezuela o voto é facultativo). Para Chávez, o não comparecimento ''não pode ocorrer nesta oportunidade''. ''Temos que superar esses números de abstenção que têm se dado em nosso país, inclusive quando a revolução já começava'', agregou. ''Nada nos afastará do caminho revolucionário socialista'', prometeu.

William Lara, ministro da Comunicação e Informação, declarou à Agência Prensa Latina que a marcha ''é uma demonstração de civismo e vontade democrática''. Também chamou a população a participar em massa, civicamente, na consulta às urnas de 2 de dezembro.

MULTIDÕES NAS RUAS PELO “SIM”

Esta foi a segunda grande manifestação bolivariana de massa desde o início da campanha do referendo. Na noite de sexta-feira, assim que o processo foi declarado aberto pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), outra multidão saiu às ruas para fazer campanha pelo ''Sim''.

De acordo com pesquisa de opinião do Instituto Datanalisis, o ''Sim'' deverá alcançar 62,3% dos votos no referendo daqui a menos de um mês. A aprovação do presidente Chávez sobe a 70% conforme a pesquisa.

O Datanalisis avalia que o ''Não'' só teria chances caso toda a oposição participasse, e ainda assim dependendo de uma alta abstenção. A oposição, porém, além de enfraquecida dividiu-se: uma ala prega o ''Não'' no referendo, a outra indica a abstenção, tradicionalmente elevada na Venezuela.

DIREITA TEME O SOCIALISMO

A reforma enviada pelo Poder Executivo inicialmente modificava 33 artigos da Constituição de 1999, mas este número passou para 69 devido às emendas feitas na Assembléia Nacional (Parlamento). O conteúdo socializante é visto pela oposição como a implementação de um ''regime cubano''.

As mudanças incluem a redução da jornada de trabalho para seis horas diárias, a proibição do latifúndio e do monopólio, a prevalência da propriedade social sobre a privada, a mudança do nome do Exército para Força Bolivariana e Antiimperialista, a institucionalização das missões sociais, o fim da autonomia do Banco Central, uma nova divisão administrativa do país. Compreendem ainda o aumento do mandato presidencial de seis para sete anos e a possibilidade de reeleição indefinida – ponto que concentra as críticas da mídia dominante internacional, ainda que Chávez, eleito em dezembro do ano passado, já disponha de um mandato que vai até 2013.

Com informações de Prensa Latina e site Vermelho (www.vermelho.org.br)

Comments:
Caríssimo Oldack,

Parabéns pelo excelente blog. Estás lincado há muito tempo lá no PALANQUE DO BLACKÃO.

Teu trabalho aí da Boa Terra é inestimável para seguirmos com a nossa conscientização social.

[]'s,
Hélio
 
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