30 de outubro de 2007

 

Na TV pública telespectador não será tratado como massa de manobra

A TV Pública vai aprofundar discussões feitas de maneira superficial e sem qualidade na TV comercial. A TV entra no ar em 2 de dezembro. “Aborto, células tronco e etanol, por exemplo, são temas recentes que não são debatidos de forma qualificada na TV comercial. E será que isso não nos faz falta? As discussões farão com que a gente exerça melhor nossa cidadania, sendo menos massa de manobra”, disse o ministro das Comunicações Franklin Martins, num debate em Porto Alegre.

Concordo com ele. As emissoras de TV tratam o telespectador apenas como um consumidor e não se arriscam na produção de programas. Acabam ficando na mesmice, afirmou. Concordo com ele.

O ministro criticou também a ausência de correspondentes em países africanos. A TV Brasil (gestora da rede pública) terá correspondentes na África e que isso fará com que Globo, Record e Bandeirantes, entre outras emissoras, sigam o exemplo. Aí já não sei, porque essa gente só pensa em dinheiro.

Na TV Pública pelo menos quatro horas da programação serão destinadas a produções independentes e outras quatro a programas locais. Não caberá ao governo federal interferir na programação e o conteúdo será fiscalizado por um conselho que terá poder para demitir o presidente da televisão.

A TV Brasil terá recursos do orçamento da União, num montante de R$ 350 milhões ao ano e de publicidade institucional na forma de patrocínio. Serão vedados comerciais de produtos e serviços.

Alguns setores têm dúvidas e preconceitos. É normal. Alguns setores serão esclarecidos. Outros não. Os setores que representam os interesses da TV Comercial sempre estarão em “dúvida” e sempre alimentarão “preconceitos”.

O tempo dirá quem é quem.

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