25 de outubro de 2007

 

TV pública é para noticiar corretamente as ações de governo, o que a TV privada não faz

Muito revelador esse debate sobre a TV pública. A jornalista Tereza Cruvinel, nomeada para o cargo, peregrina pela mídia desde que foi enviada ao Congresso a Medida Provisória 398/07, que cria oficialmente a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Os críticos são reféns dos proprietários da rede privada. A EBC é uma grande conquista do povo brasileiro, que tem o direito de receber informação não manipulada, como faz a Rede Globo e concorrentes em nome da “liberdade de imprensa”.

O debate está sendo feito pelo programa Expressão Nacional, da TV Câmara, ao vivo, com participação direta da população através de e-mails e pelo fone 0800 da Câmara Federal. Deputados reacionários e conservadores, alguns apenas oportunistas, problematizam a aprovação da Medida Provisória. Entre os reacionários estão os parlamentares do DEM que questionam no STF a “maneira” como o governo criou a emissora. Ora, muitos parlamentares do DEM são donos de TV, como o deputado ACM Neto. Não dá para levar essa gente a sério. Estão advogando, digo, legislando, em causa própria.

Com a atual estrutura de poder da mídia, só é possível criar uma TV pública através de Medida Provisória. Eu entendo a posição de um ACM Neto, proprietário da Rede Bahia. O que eu não entendo é a posição de um deputado como João Almeida (PSDB-BA). Ele acha que a TV pública será um exemplo de desperdício de dinheiro público e, numa atitude pouco séria, apelidou o projeto de TV Traço, numa alusão à uma possível falta de audiência do canal. João Almeida exerce agora a habilidade de adivinhar o futuro.

Os críticos chamam a TV pública de chapa-branca. Entretanto, as que não são chapa-branca, porque são dominadas por grupos capitalistas selvagens, inclusive estrangeiros, manipulam, conspiram e mentem sobre o noticiário, principalmente em relação às ações de governo.

O povo brasileiro tem direito à informação de qualidade. Se a isso for chamado de chapa-branca, que seja. Mas a tese privatista dos partidos de direita não convence mais ninguém. Basta dar uma olhada no noticiário das TVs. Este mesmo deputado João Almeida (PSDB-BA) que chama a forma de organização da TV pública de “monstrengo” mudaria logo de discurso se o PSDB estivesse no poder. Quem te viu, quem TV.

Quem quiser participar do debate use o e-mail expressaonacional@camara.gov.br
Ou use o telefone 0800 619 619 que é gratuito.

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