11 de novembro de 2007

 

Ex-ministro identifica, enfim, um senador que honrou o Senado e o Brasil

Em tempos de grande descrédito do Poder Legislativo, violação de painel de votação, grampos ilegais, envolvimento de senadores em escândalos e crimes, é uma tarefa difícil essa de encontrar um senador que honrou o Senado e a República.

Pois o ex-ministro dos Direitos Humanos do Governo Lula, Nilmário Miranda, foi longe e encontrou um. Teófilo Benedito Ottoni é o seu nome. Lutou contra o Império e a escravidão dos negros e indígenas. A Historia Oficial praticamente desconheceu a vida de um dos mais importantes políticos brasileiros da nascente República.

Teófilo Ottoni foi vereador, deputado provincial, deputado geral e senador eleito cinco vezes, embora quatro vezes preterido pelo Imperador, que detinha o Poder Moderador e vetava a posse dos oposicionistas.

Teófilo Ottoni liderou revoluções pela democracia. Rejeitou a escravidão e a guerra de extermínio contra os índios e organizou a colonização do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, com mão-de-obra livre.

O resgate histórico está no livro “Teófilo Ottoni, a República e a Utopia do Mucuri”, que Nilmário Miranda está lançado em novembro, por ocasião do bicentenário de nascimento de Teófilo Benedito Ottoni.

Teófilo Ottoni foi um dos mais importantes políticos do Brasil no final do Império e início da República. A História Oficial escondeu sua participação. Visionário, ele propunha projetos republicanos de desenvolvimento que são atualíssimos até hoje, como o transporte intermodal (rodovias, ferrovias, navegação fluvial e marítima) integrado.

É um personagem cuja história deve ser resgatada e apresentada às novas gerações de brasileiros. Sua ação política afetou Minas Gerais, o Rio de Janeiro como capital da monarquia e a Bahia, por estar nela a foz do rio Mucuri e sofrer influências diretas da colonização dos vales dos rios Mucuri e Jequitinhonha.

As comemorações do bicentenário de nascimento (27 de novembro) de Teófilo Ottoni já começaram. A Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos lançou o “Selo do Bicentenário”.

Seminários estão sendo realizados em universidades mineiras. Haverá sessões solenes na Câmara dos Deputados (22), no Senado Federal (29) e na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (27).

Obviamente as comemorações mais intensas serão feitas na cidade do Serro (MG), onde ele nasceu, e em Teófilo Otoni (MG), cidade que ele fundou com o nome original de Filadélfia, centro de sua utópica colonização republicana, ecumênica, antiescravista e de respeito pela vida dos indígenas.

Mas há comemorações em Ouro Preto, centro do poder em Minas Gerais à época do Império, e no Rio de Janeiro, onde viveu grande parte de sua vida e se tornou ídolo popular. Tão popular e revolucionário que a história oficial foi apagando sua memória dos livros escolares.

O ex-deputado federal (PT-MG) e ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, atual presidente do PT de Minas Gerais, está lançando o livro “Teófilo Ottoni, a República e a Utopia do Mucuri” agora em novembro, como parte das comemorações do bicentenário de nascimento do senador que honrou o Senado, a República e o Brasil.

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