7 de setembro de 2007
No Sete de Setembro o povo ficou de fora
O Sete de Setembro de 1822, Dia da Independência do Brasil, não merece tanta comemoração. É mais uma criação da história oficial.
A Independência do Brasil foi uma emancipação negociada tendo à frente a burguesia comercial e elites agrárias. O povo mesmo foi marginalizado. Não houve uma ruptura radical com as relações de dominação vigentes. Os conservadores e as elites agrárias asseguraram a grande propriedade exportadora, a escravidão e a Monarquia.
O absolutismo do imperador dom Pedro 1º gerou resistência ao reconhecimento da Independência de parte de muitos países. Os Estados Unidos foram o primeiro a reconhecer a Independência.
A partir da Independência do Brasil cresce a luta entre conservadores e liberais. Rebeliões, repressão, insatisfação popular, poderes absolutistas do Imperador, crise da economia agro-exportadora, tudo isso provocou o declínio do Primeiro Reinado que culminou com a Abdicação de dom Pedro 1º, em 1831, em favor de seu filho dom Pedro 2º, de apenas cinco anos de idade. Começou então o período da Regência. A partir daí ocorreram muitos conflitos de rua entre partidários da monarquia e seus opositores radicais.
Neste cenário histórico viveu Theophilo Benedicto Ottoni. Um liberal que a historiografia oficial nunca deu a importância merecida. As elites conservadoras preferiram render homenagens a Duque de Caxias, serviçal do Imperador, que acabou virando patrono do Exército Brasileiro como pioneiro da repressão armada.
Para os conservadores, independência era obtenção de autonomia administrativa e liberdade de comércio. Os radicais defendiam a ruptura com a antiga metrópole, e iam além, ao questionar as relações de dominação vigentes, baseada no trabalho escravo e na grande propriedade agrária. Os partidários do conservadorismo estavam vinculados aos grandes proprietários, ao comércio e à burocracia oficial. José Bonifácio de Andrada e Silva foi o mais notório representante do conservadorismo.
Já os radicais tinham maior inserção entre bacharéis, letrados, padres, jornalistas, funcionários públicos e militares. Entre os defensores do radicalismo estão Gonçalves Ledo, Januário da Cunha Barbosa e Cipriano Barata. Theophilo Benedicto Ottoni aproximou-se dos radicais. Os liberais se dividiram em moderados e exaltados. Theophilo Benedicto Ottoni se alinhou com os exaltados, ao lado de Cipriano Barata.
Este Sete de Setembro é uma boa oportunidade para o movimento de resgate da memória de Theophilo Benedicto Ottoni, já que em novembro o Brasil vai comemorar seu bicentenário de nascimento.
A Independência do Brasil foi uma emancipação negociada tendo à frente a burguesia comercial e elites agrárias. O povo mesmo foi marginalizado. Não houve uma ruptura radical com as relações de dominação vigentes. Os conservadores e as elites agrárias asseguraram a grande propriedade exportadora, a escravidão e a Monarquia.
O absolutismo do imperador dom Pedro 1º gerou resistência ao reconhecimento da Independência de parte de muitos países. Os Estados Unidos foram o primeiro a reconhecer a Independência.
A partir da Independência do Brasil cresce a luta entre conservadores e liberais. Rebeliões, repressão, insatisfação popular, poderes absolutistas do Imperador, crise da economia agro-exportadora, tudo isso provocou o declínio do Primeiro Reinado que culminou com a Abdicação de dom Pedro 1º, em 1831, em favor de seu filho dom Pedro 2º, de apenas cinco anos de idade. Começou então o período da Regência. A partir daí ocorreram muitos conflitos de rua entre partidários da monarquia e seus opositores radicais.
Neste cenário histórico viveu Theophilo Benedicto Ottoni. Um liberal que a historiografia oficial nunca deu a importância merecida. As elites conservadoras preferiram render homenagens a Duque de Caxias, serviçal do Imperador, que acabou virando patrono do Exército Brasileiro como pioneiro da repressão armada.
Para os conservadores, independência era obtenção de autonomia administrativa e liberdade de comércio. Os radicais defendiam a ruptura com a antiga metrópole, e iam além, ao questionar as relações de dominação vigentes, baseada no trabalho escravo e na grande propriedade agrária. Os partidários do conservadorismo estavam vinculados aos grandes proprietários, ao comércio e à burocracia oficial. José Bonifácio de Andrada e Silva foi o mais notório representante do conservadorismo.
Já os radicais tinham maior inserção entre bacharéis, letrados, padres, jornalistas, funcionários públicos e militares. Entre os defensores do radicalismo estão Gonçalves Ledo, Januário da Cunha Barbosa e Cipriano Barata. Theophilo Benedicto Ottoni aproximou-se dos radicais. Os liberais se dividiram em moderados e exaltados. Theophilo Benedicto Ottoni se alinhou com os exaltados, ao lado de Cipriano Barata.
Este Sete de Setembro é uma boa oportunidade para o movimento de resgate da memória de Theophilo Benedicto Ottoni, já que em novembro o Brasil vai comemorar seu bicentenário de nascimento.
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TENHO VERGONHA DE SER BRASILEIRA
Como disse o jurista Dalmo Dallari, estamos vivendo uma epidemia de Lulafobia por parte da mídia e das elites burras e preconceituosas. Isso me dá nojo e vergonha..
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo a mídia inconformada em ter como presidente um nordestino, ex-metalúrgico e ex-sindicalista.
Tenho vergonha de ser brasileira diante da tentativa de golpe da mídia contra o presidente Lula.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo pessoas serem contra a CPMF mesmo sabendo a contribuição vai sustentar os programas sociais do governo Lula, como o Bolsa Família. Esse programa tirou milhões de pessoas da miséria extrema, é admirado pelo mundo todo e vários países já pretendem adotá-lo porque ficou comprovado que ele diminui a desigualdade social e devolve dignidade ao ser humano.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo as elites abastadas promoverem passeatas pedindo a volta dos militares, pedindo a volta do período mais triste, violento, sangrento e vergonhoso da nossa história.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo um senador da república na tribuna do senado – Arthur Virgilio do PSDB – ameaçar com uma surra o presidente eleito por 61,27% do povo brasileiro.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo a mídia atribuir culpa ao presidente Lula por acidentes aéreos – da Gol em 2006 e da TAM em 2007. Como se ele fosse culpado pelos pilotos americanos terem desligado o transpondes do Legacy, que se chocou no ar com avião da GOL e, no caso TAM, de o avião estar com o reverso pinado, manetes fora da posição, spoilers que não funcionaram...
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo movimentos da elite contra o presidente Lula, usando de forma vil a morte de pessoas e a tragédia de famílias para alcançar seus objetivos golpistas e eleitoreiros.
Tenho vergonha de ser brasileira quando leio o que disse FHC sobre as comemorações do 7 de setembro – ele acha ridículos os desfiles, ridícula a comemoração da Independência do Brasil. Acho que ele gostaria que continuássemos colônia de Portugal. Em entrevista para a revista Piauí, disse que participava dos eventos só por obrigação, porque o vento de Brasília desmanchava o seu cabelo...
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo alguém da elite dizer que ninguém sentiria falta se um estado do meu país deixasse de existir. Paulo Zottolo, presidente da Philips, disse isso referindo-se ao estado e ao povo do Piauí.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo um senador da república dizer em alto e bom som que vai "acabar com essa raça", em referência a pessoas que não pensam como ele, mas querem manter a democracia, respeitam as instituições governamentais e a Constituição vigente.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo a mais alta corte de justiça do país, o STF, sofrer espionagem da mídia e ser por ela acuada para julgar de acordo com interesses políticos.
Tenho vergonha de ser brasileira quando ouço discursos preconceituosos, racistas, carregados de ódio, da elite burra, de jornalistas sem noção, de pseudo-cientistas políticos, contra a o povo brasileiro.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo as armações, as maracutaias e os conchavos políticos para tentar destituir do poder um presidente eleito pela maioria do povo brasileiro, um presidente que está fazendo este país ser um país de todos os brasileiros.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo uma parte da elite burra torcer para que o Brasil não dê certo, mesmo sabendo que – se isso acontecer – milhões de brasileiros serão condenadas à miséria, à fome e à doença que imperavam antes do governo Lula.
Jussara Seixas
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Como disse o jurista Dalmo Dallari, estamos vivendo uma epidemia de Lulafobia por parte da mídia e das elites burras e preconceituosas. Isso me dá nojo e vergonha..
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo a mídia inconformada em ter como presidente um nordestino, ex-metalúrgico e ex-sindicalista.
Tenho vergonha de ser brasileira diante da tentativa de golpe da mídia contra o presidente Lula.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo pessoas serem contra a CPMF mesmo sabendo a contribuição vai sustentar os programas sociais do governo Lula, como o Bolsa Família. Esse programa tirou milhões de pessoas da miséria extrema, é admirado pelo mundo todo e vários países já pretendem adotá-lo porque ficou comprovado que ele diminui a desigualdade social e devolve dignidade ao ser humano.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo as elites abastadas promoverem passeatas pedindo a volta dos militares, pedindo a volta do período mais triste, violento, sangrento e vergonhoso da nossa história.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo um senador da república na tribuna do senado – Arthur Virgilio do PSDB – ameaçar com uma surra o presidente eleito por 61,27% do povo brasileiro.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo a mídia atribuir culpa ao presidente Lula por acidentes aéreos – da Gol em 2006 e da TAM em 2007. Como se ele fosse culpado pelos pilotos americanos terem desligado o transpondes do Legacy, que se chocou no ar com avião da GOL e, no caso TAM, de o avião estar com o reverso pinado, manetes fora da posição, spoilers que não funcionaram...
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo movimentos da elite contra o presidente Lula, usando de forma vil a morte de pessoas e a tragédia de famílias para alcançar seus objetivos golpistas e eleitoreiros.
Tenho vergonha de ser brasileira quando leio o que disse FHC sobre as comemorações do 7 de setembro – ele acha ridículos os desfiles, ridícula a comemoração da Independência do Brasil. Acho que ele gostaria que continuássemos colônia de Portugal. Em entrevista para a revista Piauí, disse que participava dos eventos só por obrigação, porque o vento de Brasília desmanchava o seu cabelo...
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo alguém da elite dizer que ninguém sentiria falta se um estado do meu país deixasse de existir. Paulo Zottolo, presidente da Philips, disse isso referindo-se ao estado e ao povo do Piauí.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo um senador da república dizer em alto e bom som que vai "acabar com essa raça", em referência a pessoas que não pensam como ele, mas querem manter a democracia, respeitam as instituições governamentais e a Constituição vigente.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo a mais alta corte de justiça do país, o STF, sofrer espionagem da mídia e ser por ela acuada para julgar de acordo com interesses políticos.
Tenho vergonha de ser brasileira quando ouço discursos preconceituosos, racistas, carregados de ódio, da elite burra, de jornalistas sem noção, de pseudo-cientistas políticos, contra a o povo brasileiro.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo as armações, as maracutaias e os conchavos políticos para tentar destituir do poder um presidente eleito pela maioria do povo brasileiro, um presidente que está fazendo este país ser um país de todos os brasileiros.
Tenho vergonha de ser brasileira quando vejo uma parte da elite burra torcer para que o Brasil não dê certo, mesmo sabendo que – se isso acontecer – milhões de brasileiros serão condenadas à miséria, à fome e à doença que imperavam antes do governo Lula.
Jussara Seixas
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