28 de agosto de 2007

 

Direito à memória e à verdade

A Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) lança nesta quarta-feira (29), às 15h, no Palácio do Planalto, o livro “Direito à memória e à Verdade – Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos”.

A solenidade terá a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de familiares de mortos e desaparecidos, representantes de entidades de direitos humanos, intelectuais e autoridades governamentais.

Até de onde menos se espera o método tradicional de fazer política renasce. Na verdade, o organizador da obra, Paulo Vannuchi, atual titular da SEDH, lança uma espécie de terceiro volume da mesma obra. Infelizmente, seus press-releases não fazem menção aos dois primeiro capítulos.

O PRIMEIRO capítulo da história dos mortos e desaparecidos políticos foi escrito por D. Evaristo Arns e o pastor Jaime Wright, entre outros, com o dossiê TORTURA NUNCA MAIS.

O SEGUNDO capítulo da história dos mortos e desaparecidos foi escrito pelo ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda em parceria com o jornalista Carlos Tibúrcio, com a obra Dos Filhos deste Solo, contendo caso a caso o esforço do Governo Lula para esclarecer essa chaga.

Em todas as reportagens, e nem no press-release oficial, há qualquer menção aos que antecederam Paulo Vanuchi. Que coisa mais antiga!

DIREITOS HUMANOS

“O livro contribui para a consolidação do respeito aos Direitos Humanos no Brasil. O lançamento marca os 28 anos da publicação da Lei de Anistia, sinalizando a busca de concórdia, sentimento de reconciliação e os objetivos humanitários que movem os 11 anos de trabalho da Comissão Especial”, ressalta o ministro da SEDH, Paulo Vannuchi - organizador da publicação.

Embora sonegue informações elementares sobre seus antecessores, a publicação é resultado de 11 anos de trabalho da Comissão Especial e recupera a história de mais de 400 militantes políticos, que foram vítimas da ditadura militar no Brasil durante o período de 1961/1988.

“Esse é um trabalho histórico, onde o Estado reconhece os direitos dos familiares dos brasileiros mortos e desaparecidos no regime militar. O livro significa o resgate da memória, da verdade e, portanto, da justiça, sem revanchismo. Foi um trabalho de Estado e não de governo”, ressalta o presidente da Comissão, Marco Antônio Rodrigues Barbosa.

“Nenhum espírito de revanchismo ou nostalgia do passado será capaz de seduzir o espírito nacional, assim como o silêncio e a omissão funcionarão, na prática, como barreira para a superação de um passado que ninguém quer de volta”, complementa Vannuchi.

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