9 de fevereiro de 2007
ANISTIA PARA JOSÉ DIRCEU
O BLOG Bahia de Fato comprou esta briga. Leia o texto abaixo. Vale a pena.
Fonte:
Eduardo Guimarães
http://edu.guim.blog.uol.com.br
Está a todo vapor na grande imprensa (sobretudo na paulista) campanha para impedir a anistia de José Dirceu. Artigos, cartas de leitores, editoriais e, até, "reportagens" contendo "argumentos" sobre por que a cassação do ex-ministro não deve ser revertida, têm sido produzidos em escala industrial.
Na Folha de São Paulo, por exemplo, durante dois dias seguidos (8 e 9 de fevereiro) metade da página A3 foi reservada para dois notórios inimigos políticos de Dirceu (Denis Lerrer Rosenfield e Miguel Reale Junior) bradarem contra sua anistia.
A excitação da imprensa com o assunto tem causa, ainda que esta se prenda, fundamentalmente, à luta inglória dos magnatas do ramo da comunicação para manterem o poder de influir na política nacional.
A reversão da cassação de Dirceu assusta os barões da imprensa porque eles sabem que essa reversão sepultará de vez o único grande objetivo alcançado pelo complô urdido pelo PSDB, pelo PFL, pelos Marinho, Civita, Frias, Mesquita etc. Um complô que visou derrubar o governo Lula e colocar um tucano no poder, fosse ele quem fosse.
A grande imprensa - sempre com destaque para a reacionária imprensa paulista - tem calafrios, tem pesadelos com Dirceu. Nesses devaneios, ele aparece usando a faixa presidencial em 2010. Daí a histeria midiática...
Por outro lado, a cassação de Dirceu representa um dos momentos mais tristes da República.
Dirceu foi cassado sem que houvesse mera sombra de prova de sua culpa. O processo que lhe tomou os direitos políticos por dez anos foi eminentemente político e ocorreu quando o Parlamento e a nação ainda achavam que seria possível a oposição tucano-pefelista retomar o poder.
Foi no auge da crença bornhauseniana de que a direita tucano-pefelista se livraria "dessa raça" por trinta anos. Questiona-se muito José Dirceu até dentro do PT. Não por questões éticas, mas por sua forma obstinada de perseguir objetivos.
Dirceu é um sobrevivente. Amigos e inimigos sabem que não se deve brincar com ele. Porém, sua cassação, da forma como aconteceu, transcende sua forma de fazer política. Configura a vitória da mentira, do engodo, da injustiça, da caça às bruxas.
Juridicamente, a cassação de Dirceu é uma aberração. Ele foi cassado pelo que representava politicamente e não por culpas estabelecidas. Cassá-lo foi, entre outras coisas, um capricho da oposição midiática. O comportamento antidemocrático e covarde da grande imprensa, que tenta de novo lavar a mente da sociedade na questão da anistia de Dirceu, levou-me uma decisão.
A partir de hoje, essa anistia está entre meus principais objetivos como animal político. As poucas centenas de leitores de meu blog lerão sempre os argumentos pró anistia de Dirceu que a imprensa tenta sufocar. Comprei mais essa briga.
Eduardo Guimarães
http://edu.guim.blog.uol.com.br
Fonte:
Eduardo Guimarães
http://edu.guim.blog.uol.com.br
Está a todo vapor na grande imprensa (sobretudo na paulista) campanha para impedir a anistia de José Dirceu. Artigos, cartas de leitores, editoriais e, até, "reportagens" contendo "argumentos" sobre por que a cassação do ex-ministro não deve ser revertida, têm sido produzidos em escala industrial.
Na Folha de São Paulo, por exemplo, durante dois dias seguidos (8 e 9 de fevereiro) metade da página A3 foi reservada para dois notórios inimigos políticos de Dirceu (Denis Lerrer Rosenfield e Miguel Reale Junior) bradarem contra sua anistia.
A excitação da imprensa com o assunto tem causa, ainda que esta se prenda, fundamentalmente, à luta inglória dos magnatas do ramo da comunicação para manterem o poder de influir na política nacional.
A reversão da cassação de Dirceu assusta os barões da imprensa porque eles sabem que essa reversão sepultará de vez o único grande objetivo alcançado pelo complô urdido pelo PSDB, pelo PFL, pelos Marinho, Civita, Frias, Mesquita etc. Um complô que visou derrubar o governo Lula e colocar um tucano no poder, fosse ele quem fosse.
A grande imprensa - sempre com destaque para a reacionária imprensa paulista - tem calafrios, tem pesadelos com Dirceu. Nesses devaneios, ele aparece usando a faixa presidencial em 2010. Daí a histeria midiática...
Por outro lado, a cassação de Dirceu representa um dos momentos mais tristes da República.
Dirceu foi cassado sem que houvesse mera sombra de prova de sua culpa. O processo que lhe tomou os direitos políticos por dez anos foi eminentemente político e ocorreu quando o Parlamento e a nação ainda achavam que seria possível a oposição tucano-pefelista retomar o poder.
Foi no auge da crença bornhauseniana de que a direita tucano-pefelista se livraria "dessa raça" por trinta anos. Questiona-se muito José Dirceu até dentro do PT. Não por questões éticas, mas por sua forma obstinada de perseguir objetivos.
Dirceu é um sobrevivente. Amigos e inimigos sabem que não se deve brincar com ele. Porém, sua cassação, da forma como aconteceu, transcende sua forma de fazer política. Configura a vitória da mentira, do engodo, da injustiça, da caça às bruxas.
Juridicamente, a cassação de Dirceu é uma aberração. Ele foi cassado pelo que representava politicamente e não por culpas estabelecidas. Cassá-lo foi, entre outras coisas, um capricho da oposição midiática. O comportamento antidemocrático e covarde da grande imprensa, que tenta de novo lavar a mente da sociedade na questão da anistia de Dirceu, levou-me uma decisão.
A partir de hoje, essa anistia está entre meus principais objetivos como animal político. As poucas centenas de leitores de meu blog lerão sempre os argumentos pró anistia de Dirceu que a imprensa tenta sufocar. Comprei mais essa briga.
Eduardo Guimarães
http://edu.guim.blog.uol.com.br