8 de fevereiro de 2007

 

Nilmário Miranda destaca imprensa na luta pelos direitos humanos

Nilmário Miranda, presidente do PT de Minas Gerais e ex-ministro dos Direitos Humanos do primeiro Governo Lula, lançou nesta quarta-feira, 7, em Salvador, seu terceiro livro intitulado Por Que Direitos Humanos. O Restaurante Pós-Tudo ficou lotado a partir das 19h. Compareceram os deputados estaduais Yulo Oiticica, Zilton Rocha, Zé das Virgens e o ex-deputado Emiliano José (PT). Petistas que começaram a chegar a Salvador para as reuniões dos dias 9 e 10 de fevereiro compareceram. Antigos companheiros dos cárceres da ditadura também foram cumprimentar Nilmário Miranda. Não houve discursos, mas, nas mesas, conversas ao pé-do-ouvido indicavam articulações políticas. Fred Fernandes representou a Secretária Marília Muricy, da Justiça e Direitos Humanos, com quem o ex-ministro se reúne hoje, quinta-feira,8.

Em tempo de críticas à imprensa, pelas coberturas aleijadas no mundo político, Nilmário Miranda rema contra a corrente e conta suas experiências de defesa dos direitos humanos a partir de denúncias feitas pelos jornalistas, com erros judiciários que levaram pessoas inocentes às prisões. Um exemplo é dramático. Alexandre Oliveira, ex-operário da construção civil, garçon, foi preso e condenado sob acusação de estupro de sua filha de um ano e seis meses. Sob bárbara tortura "confessou" o crime e por ele foi condenado. Na verdade, a criança tinha câncer de sete centímetros na vagina, diagonosticado pelos médicos como estupro. Nilmário dá nome aos bois.

O trágico erro foi noticiado pela Tribuna de Minas, de Juiz de Fora. Nilmário Miranda, também jornalista, levou o caso às autoridades brasileiras e à ONU, diante da conspiração para abafar as torturas, os erros médicos e judiciários. A jornalista Daniela Arbex chegou a ganhar o Prêmio Esso de Jornalismo Regional. Há uma sequência de erros crassos provocados por torturas policiais e acobertamento da Justiça. Junto com a imprensa, Nilmário Miranda vivenciou a luta pelos direitos humanos, como deputado estadual mineiro, como deputado federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos e como ministro da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Não é teoria, é uma experiência de vida de um militante fundador do PT.

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