21 de dezembro de 2006

 

Transposição do São Francisco começa em janeiro

O Governo Lula vai iniciar as obras da transposição do rio São Francisco em janeiro. Mais de 13 milhões de pessoas serão beneficiadas com a interligação das bacias do Nordeste. Com a derrubada, pelo Supremo Tribunal Federal, das liminares que impediam o início das obras, as discussões sobre o projeto foram retomadas. O debate é justo e necessário, mas, não pode ser infinito. Tem gente precisando de água e emprego. Agora, a única pendência é a liberação da licença de instalação concedida pelo IBAMA. Certos formadores de opinião continuam fazendo campanha contra, desinformando. Depois vão se "surpreender" novamente com o voto do povo.

A primeira parte das obras - o canal de aproximação que levará água para as estações de bombeamento - será feita pelo Batalhão de Engenharia do Exército Brasileiro. O Ministério da Defesa, comandado pelo ministro Waldir Pires, já recebeu R$ 100 milhões para a construção dos canais, tanto na parte Norte como na parte Leste, e ainda duas barragens que serão dotadas de equipamentos de bombeamento. Começando em janeiro as obras iniciais podem durar oito meses. Ainda em 2007, as licitações para os 14 lotes serão realizadas. Para a conclusão serão necessários gastos que chegam a R$ 4,5 bilhões em quatro anos. Para 2007 o Orçamento prevê R$ 750 milhões. Para 2008 a previsão é de R$ 1 bilhão. Em 2009 e 2010 serão investidos mais R$ 3 bilhões.

O Projeto de Interligação do rio São Francisco com a Bacia Nordeste Setentrional – mais conhecido como Projeto da Transposição – é fundamental para combater os efeitos da seca em boa parte do Nordeste. O Projeto de Interligação prevê o desenvolvimento sustentável do semi-árido setentrional do Nordeste e a Bacia do São Francisco, tendo como foco a fruticultura. São 700 kms de canais levando água para quatro Estados: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Ceará, há séculos empobrecidos pelas secas.

Não vou discutir razões religiosas e políticas contra o Projeto de Interligação. O bispo D. Luiz Cappio tem sua visão do que é melhor para o Nordeste. Ele defende exclusividade para a construção de poços artesianos e agricultura familiar. E tem razão quando defendeu que era necessário discutir mais o projeto. Agora, as razões de Paulo Souto, ACM e o resto da quadrilha são mais do que políticas. A tradição dessa gente é ganhar dinheiro com os projetos governamentais. Como não há jogo viciado com Lula, eles são contra. Não querem saber que o São Francisco vai doar apenas 1% (um por cento) de suas águas em benefício de uma região habitada por 13 milhões de pessoas. Simplesmente são contra.

Até a TVE eles usaram para fazer a contra-propaganda eleitoreira. Mas com Wagner isso vai acabar. O povo baiano tem direito à informação correta.

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