4 de maio de 2012

 

“Renée France de Carvalho, uma vida de lutas, contra o nazismo e contra a ditadura brasileira

No dia 07 de maio, às 19h, no Auditório do CREA, em Belo Horizonte, a Fundação Perseu Abramo lança, em parceria com a Associação dos Amigos do Memorial da Anistia Política do Brasil, o livro “Renée France de Carvalho - UMA VIDA DE LUTAS”, que retrata a história de resistências à opressão que Renée viveu, em especial ao lado de Apolônio de Carvalho – importante figura da história nacional recente, por seu ativismo político e afronta à ditadura.

PREFÁCIO DE LULA - Com prefácio assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, o livro detalha as mais importantes passagens de Renée, nascida na Marselha em 1925 e membro ativo da Resistência francesa ao nazismo. Ainda sem a maioridade, mas já com a bravura destemida de militante, Renée se viu colhendo dinheiro aos 11 anos pelas ruas da cidade, em assistência aos operários da greve de 1936. Tempos depois, já participava da resistência como guerrilheira, na luta contra o nazismo.

UMA HISTÓRIA DE AMOR - Sempre à frente com sua visão de mundo, Renée sentiu na pele a inquietação por perceber a separação real entre os ideais de igualdade e a dura realidade que, o tempo todo, lhe saltara à vista. Fosse à Europa da Frente Popular ou no Brasil de 1947, ano de sua chegada ao país, Renée mantive-se firme em sua análise crítica. Ela também retrata a mulher doce, apaixonada e protagonista de uma das mais belas histórias de amor vividas em meio às lutas pela revolução. Com Apolônio, Renée viveu a ditadura, a clandestinidade, o exílio e a satisfação de vivenciar, com ele, o nascimento do Partido dos Trabalhadores (PT).

MILITÂNCIA FEMININA - Leitura importante para os que se interessam pela história recente do país, o livro vai além do simples conceito de obra biográfica, e marca efetivamente a militância de toda uma geração – e, em principal, de uma geração feminina. Renée, aqui, simboliza todas as mulheres que bravamente buscaram a luz em meio à sombra opressora.

“Renée France de Carvalho - UMA VIDA DE LUTAS”, foi produzido sob a organização de Marly Vianna, René Louis de Carvalho e Ramón Peña Castro. São apoiadores deste lançamento a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, Comissão da Verdade da OAB-MG, ALMG, Partido dos Trabalhadores (MG), ONG Contato e Mandato do Vereador Caixeta.

Apoio: CREA-MG, ONG Contato, Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, Comissão da Verdade da OAB-MG, Bancada do PT/ ALMG, Partidos dos Trabalhadores de Minas Gerais, Mandato do vereador Caixeta

 

Memórias sujas da repressão na ditadura militar (1964-1985)

Vocês viram? O ex-delegado do DOPS, Cláudio Guerra, confessou que o famigerado delegado Sérgio Fleury, torturador e assassino a serviço da ditadura militar, não morreu de acidente, conforme foi noticiado na época. Fleury foi assassinado por decisão da “comunidade de informações”, numa operação do Centro de Informações da Marinha (CENIMAR). Os agentes doparam o delegado psicopata, bateram uma pedra na cabeça dele e jogaram o corpo na beira do cais em Ilhabela, forjando um acidente, na versão oficial, como se tivesse caído de uma lancha

No livro “Memórias de uma guerra suja”, em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) diz que a comunidade de inteligência decidiu matar Fleury em reunião realizada em São Paulo. "Fleury tinha se tornado um homem rico desviando dinheiro dos empresários que pagavam para sustentar as ações clandestinas do regime militar. Não obedecia mais a ninguém, agindo por conta própria. E exorbitava", diz o delegado em trecho publicado pelo "IG".
Acho o título do livro um pouco impróprio. Não havia “guerra suja”, que supõe forças militares em conflito. O que havia era uma repressão suja, de um regime sujo, dirigido por militares sujos.

3 de maio de 2012

 

Incinerar corpos é um método nazista, acusa Bernardo Kucinski

Os torturadores e assassinos da ditadura militar (1964-1985) chegaram ao extremo da psicopatia. Em ‘Memórias de uma guerra suja’, um depoimento a Rogério Medeiros e Marcelo Netto, o ex-delegado Cláudio Guerra, do DOPS, afirma que 11 desaparecidos políticos brasileiros foram reduzidos a cinzas em 1973 num imenso forno da Usina Cambahyba, localizada no município fluminense de Campos. Seu proprietário, um anti-comunista radical, Heli Ribeiro, era amigo pessoal de Guerra.

As vítimas desse Auschwitz tropical, segundo o livro, foram: João Batista e Joaquim Pires Cerveira, presos na Argentina pela equipe do delegado Fleury; - Ana Rosa Kucinsk e seu companheiro Wilson Silva, “a mulher apresentava marcas de mordidas pelo corpo, talvez por ter sido violentada sexualmente, e o jovem não tinha as unhas da mão direita” – ; David Capistrano (“lhe haviam arrancado a mão direita”) , João Massena Mello, José Roman e Luiz Ignácio Maranhão Filho, dirigentes históricos do PCB; – Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira e Eduardo Collier Filho, militantes da Ação Popular Marxista Leninista (APML).

Como dar anistia àqueles cães loucos enfurecidos?

LEIA MAIS EM CONVERSA AFIADA:

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/05/02/kucinski-incinerar-corpos-e-um-metodo-nazista/




 

Reportagens do Portal Bahia247 e do jornal A Tarde denunciam desvio de verbas em Conceição do Coité

Além da queda, o coice. Como se não bastasse a miséria causada pela seca em Conceição do Coité, em pleno semiárido baiano, surgiram graves denúncias de desvio de verbas pelo prefeito Renato Souza Santos (PP). O prefeito está sendo acusado de formação de quadrilha para burlar licitações e desvio de verbas públicas, através da contratação de empresas de fachada.

O Portal Bahia247 fez a denúncia. O jornal A Tarde fez a reportagem e deu manchete de capa. A denúncia tomou corpo. As denúncias motivaram a bancada do PT na Câmara de Vereadores de Conceição do Coité a ingressar na comarca local, por intermédio do advogado Hélio Carneiro. Com uma representação contra o prefeito. Solicitando a instauração de uma ação civil, por atos de improbidade administrativa.

A Claryan Engenharia foi fundada em 20 de novembro de 2008, com um capital declarado de R$ 40 mil e tendo como sócios igualitários dois amigos do prefeito Renato Souza dos Santos: Antonio Luiz de Santana Pinto, o Luizinho da Boa Vista e Josefa dos Santos Ramos. Segundo os denunciantes, nenhum dos dois (o primeiro um ex-ajudante de pedreiro e a segunda uma trabalhadora rural) teria recursos para criar a empresa, "o que levanta a suspeita de que não passam de laranjas do prefeito".

A sede da empresa fica numa casa humilde, num conjunto popular localizado na Rua Duque de Caxias, nº 271. O mais grave é que a construtora não está registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea-BA) e, portanto, legalmente impedida de exercer atividades na área de engenharia. Quem duvidar basta conferir a certidão reproduzida pelo Bahia247 e emitida em 14 de março passado pela supervisora de Registro e Cadastro do Crea-Ba, Maria da Graça Calhao Silva Freitas. O documento foi encaminhado à Promotoria da Comarca de Conceição de Coité pelo advogado Helio Carneiro.

LEIA NA ÍNTEGRA
http://www.bahia247.com.br/pt/bahia247/poder/7600/Reportagem-sobre-denúncias-contra-o-prefeito-continua-repercutindo-em-Coité.htm


 

Invasão de terras indígenas na Bahia é uma herança maldita de ACM

Mas, afinal, em que governo os fazendeiros se apossaram das terras dos índios da Bahia?

A notícia está em toda a imprensa, mas, a imprensa não completa a informação. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu anular os títulos de terra que foram obtidos por fazendeiros e pequenos proprietários, dentro da reserva indígena Caramuru-Catarina Paraguaçu, de 54 mil hectares, no Sul da Bahia. Em 1982, quando a ação judicial começou, reinava impoluto na Bahia o falecido ACM que vinha se fortalecendo desde 1971, quando foi nomeado governador pelo ditador sanguinário Garrastazu Médici. O conflito é uma herança maldita do carlismo.

Os conflitos armados entre fazendeiros, colonos, pistoleiros vinculados ao Sindicato do Crime e índios da comunidade Pataxó Hã Hã Hãe provocaram muitas mortes. A decisão do STF foi tomada por sete votos contra um. Ninguém pode tornar-se dono de terras indígenas. São terras da União Federal, sob a qual os índios têm direito.

O processo se arrasta desde 1982. Portanto, as terras ocupadas por fazendeiros invasores foram “legalizadas” em pleno poderio político de Antônio Carlos Magalhães, que se julgava o rei da Bahia. E nada mudou em 1982, quando João Durval Carneiro foi eleito governador, sob as bênçãos de ACM. A política de terras foi a mesma. E os fazendeiros tinham votos.

A demarcação da terra indígena foi feita em 1938. Dos 54 mil hectares originais da reserva, 12 mil hectares foram invadidos e a área desde então tornou-se território violento. A ação judicial foi proposta pela FUNAI e tinha 396 réus. Não há argumento que resista à ilegalidade da invasão das terras indígenas.

Não cabe sequer indenização. Seria como indenizar o bandido que invadiu sua casa, te expulsou e passou a morar lá. A decisão do STF atinge 186 fazendas que estão dentro da reserva. A decisão abre caminho para outra ação judicial. Desocupar o resto.

A grande imprensa registra que fazendeiros dos municípios de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan ficaram “chocados” com a anulação dos títulos, concedidos pelo governo da Bahia, mas em terras indígenas demarcadas. Não cabe sequer o argumento de que foram terras compradas. Aquisição de produtos roubados também é crime.


2 de maio de 2012

 

Desenbahia faz doação para Hospital Aristides Maltez

A Desenbahia está se tornando um parceiro permanente do Hospital Aristides Maltez. Hoje, quarta,  (02/05), às 15h, a Diretoria Colegiada da Agência de Fomento e o diretor da Liga Baiana Contra o Câncer, Dr. Aristides Pereira Maltez Filho, assinaram convênio que permitirá a doação de R$ 25 mil.

A instituição filantrópica planeja adquirir, através da soma de doações, um Acelerador Linear, equipamento que custa quase R$ 2 milhões e complementa o conjunto de radioterapia e também construir um bunker, para isolamento do aparelho radioativo.

Pela Desenbahia, assinaram José Ricardo Santos, Diretor de Operações e presidente interino, e os diretores Marcelo Oliveira e Marco Aurélio Félix Cohim. Como Gerente de Comunicação, assinei como testemunha.


Segundo José Ricardo Santos, “a contribuição é em reconhecimento pelo trabalho de responsabilidade social da Liga Baiana contra o Câncer e do Hospital Aristides Maltez”. Dr. Aristides Maltez Filho ao agradecer, esclareceu que o Hospital não está em crise, mas que, pela natureza da filantropia, que presume participação da sociedade, está sempre em campanha.

Ele também explicou que, do faturamento geral de R$ 75 milhões, mais de R$ 6 milhões são resultado de doações de particulares e empresas, o que é muito significativo. Ele informou que as contas estão em dia, incluindo salários dos funcionários, fornecedores, impostos. “Mas, como em 2011 fechamos com déficit de R$ 10 milhões pelo excesso de atendimentos (3.000 a 3.500/dia) e como em 2012 já estamos com mais R$ 2 milhões acumulados no vermelho, temos que acelerar a campanha, mesmo que tenha caráter permanente. O fato é que os recursos públicos e as doações sustentam a instituição filantrópica”, comentou.

Dr Aristides Maltez Filho afirmou que toda doação é bem-vinda. “A Desenbahia tem feito doações que bancos particulares não fazem”. A Agência de Fomento em 2008 doou R$ 45 mil para aquisição de medicamentos para câncer em crianças, em caráter de urgência; em 2009 doou equipamentos atualizados de informática; em 2010 mais R$ 50 mil para realização de obras na ala onco-pediátrica e agora participa com R$ 25 mil, uma fração que vai se somar às demais doações para compra dos novos equipamentos. Com o convite, a Diretoria da Desenbahia deverá realizar em breve uma nova visita ao Hospital.

Você também pode contribuir com colaboração mensal para o Hospital Aristides Maltez, de R$ 10 ou R$ 20. Preencha o formulário on-line e participe da campanha "Sociedade Solidária, Câncer Vencido". Clique aqui para saber mais.



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