30 de janeiro de 2009
A Folha dá manchete sobre Bolsa Família sem distorcer nada, isso não é incrível?
“Lula amplia Bolsa Família e dá merenda para jovens”. Esta é a manchete da Folha de S. Paulo de quinta-feira (29/01/09). Custei a acreditar. “Um dia após o governo cortar R$ 37 bilhões do Orçamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou medidas na área social que custarão mais de R$ 871 milhões, por ano, ao Estado”. Essa é a mais pura verdade. É por isso que gosto tanto desse presidente Lula.
Acrescenta a Folha: “O Bolsa Família, principal programa social do Planalto, passará a atender mais 1,3 milhão de famílias (ao todo, 12,3 milhões). O limite de renda para obter ajuda federal subiu de R$ 120 para R$ 137 mensais por pessoa”. É uma merreca, mas é que possível no momento. Espero que o presidente Lula dê um jeito de aumentar mais um pouquinho. Eu gostaria mais ainda desse presidente Lula.
Acrescenta ainda a Folha: “O governo dará ainda merenda escolar, antes restrita aos ensinos infantil e fundamental, aos alunos do ensino médio da rede pública – alguns dos quais maiores de 16 anos, podem votar”. Não entendi a menção do “podem votar”. O que tem mesmo voto com barriga vazia?
E a Folha finaliza: “Medida Provisória assinada ontem (28) prevê R$ 322 milhões para os 7,3 milhões de estudantes dessa faixa. Segundo o Planalto, as ações visam ampliar a rede de proteção social”.
No finalzinho, a Folha lembra: “para a oposição, elas são eleitoreiras”. Mas, como eleitoreiras se não estamos sequer em ano eleitoral?
Fui à página de dentro da Folha. Então entendi tudo. A versão da notícia é a crítica da oposição, mais especificamente do PSDB e do DEM. A notícia é correta, os números são exatos. Os fatos são estes. Mas, a ótica da matéria poderia sair de um press release dos assessores de imprensa do PSDB e do DEM.
Essa gente da Folha devia ter vergonha!
Acrescenta a Folha: “O Bolsa Família, principal programa social do Planalto, passará a atender mais 1,3 milhão de famílias (ao todo, 12,3 milhões). O limite de renda para obter ajuda federal subiu de R$ 120 para R$ 137 mensais por pessoa”. É uma merreca, mas é que possível no momento. Espero que o presidente Lula dê um jeito de aumentar mais um pouquinho. Eu gostaria mais ainda desse presidente Lula.
Acrescenta ainda a Folha: “O governo dará ainda merenda escolar, antes restrita aos ensinos infantil e fundamental, aos alunos do ensino médio da rede pública – alguns dos quais maiores de 16 anos, podem votar”. Não entendi a menção do “podem votar”. O que tem mesmo voto com barriga vazia?
E a Folha finaliza: “Medida Provisória assinada ontem (28) prevê R$ 322 milhões para os 7,3 milhões de estudantes dessa faixa. Segundo o Planalto, as ações visam ampliar a rede de proteção social”.
No finalzinho, a Folha lembra: “para a oposição, elas são eleitoreiras”. Mas, como eleitoreiras se não estamos sequer em ano eleitoral?
Fui à página de dentro da Folha. Então entendi tudo. A versão da notícia é a crítica da oposição, mais especificamente do PSDB e do DEM. A notícia é correta, os números são exatos. Os fatos são estes. Mas, a ótica da matéria poderia sair de um press release dos assessores de imprensa do PSDB e do DEM.
Essa gente da Folha devia ter vergonha!
Diretor-Geral do jornal A Tarde elogia inovações na Secretaria de Cultura da Bahia
Enfim, o jornal A Tarde (30/01/09) publica uma opinião abalizada sobre a nova gestão da cultura na Bahia.
Educador, escritor, presidente da Academia de Letras da Bahia e nada mais nada menos que Diretor-Geral do respeitável jornal A Tarde, de Salvador, o mestre Edivaldo M. Boaventura, em artigo intitulado “Descentralização da cultura”, afirma que “uma das marcas da Secretaria da Cultura do Estado da Bahia (Secult) é a descentralização de ações e programas que antes ficavam concentrados na capital”.
Conforme destaca Edivaldo Boaventura, do alto de sua experiência como ex-Secretário da Cultura e Educação do Estado da Bahia, “a descentralização vem se concretizando pela criação do Fórum de Dirigentes Municipais de Cultura, que procura definir o papel dos municípios para criação de um sistema municipal de cultura, como já existe para educação, saúde e outros segmentos”.
Boaventura lembra que a Secult já realizou duas conferências estaduais de cultura, sendo que na segunda compareceram 392 municípios. Também menciona “os convênios assinados com a Escola de Administração da UFBA para prestação de assessoria técnica às administrações municipais e para capacitação em gestão cultural”.
Vale a pena reproduzir o texto de Edivaldo Boaventura sobre as inovações introduzidas pelo secretário Márcio Meirelles:
“(...) Dentre as inovações do secretário Márcio Meirelles, destaca-se o Núcleo Estadual de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá). Um empreendimento liderado pelo pianista e maestro Ricardo Castro. Para Ricardo, é preciso reduzir as desigualdades sociais de crianças e jovens baianos pela prática orquestral e pela capacitação de artesãos na fabricação e reparação de instrumentos musicais. A inspiração veio do Sistema Nacional de Orquestras e Coros Juvenis e Infantis da Venezuela (Fesnojiv). Iniciativa inédita de educar crianças e jovens ou de recuperá-las pelo apelo musical.
“Não faz muito, a Orquestra Pedagógica Infantil e a Orquestra Juvenil Dois de Julho exibiram-se, na Concha Acústica, com vibração da platéia ao ouvir Beethoven, Rimsk-Korsakov e Tchaikovsky. Os acordes fortes da música erudita russa despertaram o maior entusiasmo da platéia”.
E mais:
“Nessa trilha inovadora, prossegue o Museu de Arte Moderna (MAM), que este ano completa 50 anos, fundado por Lina Bo Bardi, que inova com uma série de ações, a exemplo do “Pinte no MAM”. Do mesmo modo, o Museu da Arte da Bahia (MAB) procede com excelentes exposições tendo se destacado nas comemorações da vinda de D. João VI.”
Nota do blog Bahia de Fato – O artigo do professor Edivaldo Boaventura é irretocável. Eu assino embaixo. Somente pessoas com capacidade intelectual do nível de Edivaldo Boaventura conseguem perceber a importância de Márcio Meirelles para a cultura da Bahia. A cultura na Bahia tem dois momentos. Antes e depois de Márcio Meirelles. Tanto que o cordão do pessoal do “meu pirão primeiro” está altamente incomodado. Meirelles está contrariando interesses da pesada. Daí os ataques exacerbados, desproporcionais e obsessivos de certa imprensa.
A propósito, quem leu uma notinha anônima plantada hoje (30/01/09) na coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia? A esdrúxula notinha afirma que Meirelles é "impopular e malquisto". Uau!
Educador, escritor, presidente da Academia de Letras da Bahia e nada mais nada menos que Diretor-Geral do respeitável jornal A Tarde, de Salvador, o mestre Edivaldo M. Boaventura, em artigo intitulado “Descentralização da cultura”, afirma que “uma das marcas da Secretaria da Cultura do Estado da Bahia (Secult) é a descentralização de ações e programas que antes ficavam concentrados na capital”.
Conforme destaca Edivaldo Boaventura, do alto de sua experiência como ex-Secretário da Cultura e Educação do Estado da Bahia, “a descentralização vem se concretizando pela criação do Fórum de Dirigentes Municipais de Cultura, que procura definir o papel dos municípios para criação de um sistema municipal de cultura, como já existe para educação, saúde e outros segmentos”.
Boaventura lembra que a Secult já realizou duas conferências estaduais de cultura, sendo que na segunda compareceram 392 municípios. Também menciona “os convênios assinados com a Escola de Administração da UFBA para prestação de assessoria técnica às administrações municipais e para capacitação em gestão cultural”.
Vale a pena reproduzir o texto de Edivaldo Boaventura sobre as inovações introduzidas pelo secretário Márcio Meirelles:
“(...) Dentre as inovações do secretário Márcio Meirelles, destaca-se o Núcleo Estadual de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojibá). Um empreendimento liderado pelo pianista e maestro Ricardo Castro. Para Ricardo, é preciso reduzir as desigualdades sociais de crianças e jovens baianos pela prática orquestral e pela capacitação de artesãos na fabricação e reparação de instrumentos musicais. A inspiração veio do Sistema Nacional de Orquestras e Coros Juvenis e Infantis da Venezuela (Fesnojiv). Iniciativa inédita de educar crianças e jovens ou de recuperá-las pelo apelo musical.
“Não faz muito, a Orquestra Pedagógica Infantil e a Orquestra Juvenil Dois de Julho exibiram-se, na Concha Acústica, com vibração da platéia ao ouvir Beethoven, Rimsk-Korsakov e Tchaikovsky. Os acordes fortes da música erudita russa despertaram o maior entusiasmo da platéia”.
E mais:
“Nessa trilha inovadora, prossegue o Museu de Arte Moderna (MAM), que este ano completa 50 anos, fundado por Lina Bo Bardi, que inova com uma série de ações, a exemplo do “Pinte no MAM”. Do mesmo modo, o Museu da Arte da Bahia (MAB) procede com excelentes exposições tendo se destacado nas comemorações da vinda de D. João VI.”
Nota do blog Bahia de Fato – O artigo do professor Edivaldo Boaventura é irretocável. Eu assino embaixo. Somente pessoas com capacidade intelectual do nível de Edivaldo Boaventura conseguem perceber a importância de Márcio Meirelles para a cultura da Bahia. A cultura na Bahia tem dois momentos. Antes e depois de Márcio Meirelles. Tanto que o cordão do pessoal do “meu pirão primeiro” está altamente incomodado. Meirelles está contrariando interesses da pesada. Daí os ataques exacerbados, desproporcionais e obsessivos de certa imprensa.
A propósito, quem leu uma notinha anônima plantada hoje (30/01/09) na coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia? A esdrúxula notinha afirma que Meirelles é "impopular e malquisto". Uau!
29 de janeiro de 2009
Orquestra Sinfônica engrandece cultura da Bahia
Soube que Samuel Celestino voltou a falar (mal) da Secretaria da Cultura. Acho que ele não simpatiza muito com o dinâmico e vitorioso Secretário de Cultura, Márcio Meirelles. Sábado, domingo, segunda, terça, quarta e quinta. Em todos estes dias Samuel Celestino ocupou espaço em sua prestigiada coluna do jornal A Tarde para sentar a pua na inovadora gestão da cultura.
Aí percebi que este blog Bahia de Fato também vem falando muito de Márcio Meirelles. Antes que digam que eu tenho TOC (Transtorno Obsessivo compulsivo) vou encerrar este assunto. Mas, não sem antes comentar o balanço de 2008 da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). Márcio Meirelles realmente foi muito feliz ao escolher o pianista internacional Ricardo Castro como Gestor Artístico da OSBA.
2008 revelou uma temporada vitoriosa de belos concertos. Merecem destaque as programações dos “Concertos Sinfônicos” e dos concertos da “Série TCA Ano XIII”. Entretanto, as maiores novidades ficaram por conta da “Série Mozart nas igrejas”, com seis concertos gratuitos, dos “Concertos Didáticos”, das “Palestras Concertantes” e dos “Concertos Itinerantes” que levaram a música clássica para a Cidade do Saber, em Camaçari e para outros quatro municípios do interior. Nunca se viu isso na Bahia.
Também merece destaque o pioneiro Projeto Neojibá, um programa de capacitação de jovens músicos de orquestra, numa experiência incrível de pedagogia musical contínua e inclusão social. Fiquei sabendo que a OSBA contratou mais 14 músicos. Hoje, são 69 músicos em atividade. A meta para 2009 é preencher todas as vagas e fazer da OSBA uma das grandes formações musicais do país. Vale registrar a criação da Associação de Músicos e Amigos da OSBA, que inseriu a orquestra no seio da sociedade.
Em março fui ouvir o Concerto Especial com o regente inglês Christopher Warren-Green. Grandes nomes marcaram a temporada. Beethoven, Brahms e Mozart foram executados por importantes pianistas brasileiros como Ricardo Castro, Arnaldo Cohen e Cristina Ortiz. Em agosto, sob a regência do maestro japonês Boyko Stoianov, o TCA ouviu a peça “Mutação de trágica visão” de Yutaka Makino. Em outubro, na Igreja da Conceição da Praia os solistas Giulietta Koch e Ricardo Castro (ao piano) executaram Mozart. Em dezembro, no Especial de Natal, uma homenagem ao músico baiano Elomar. Ao todo, 44 apresentações da Orquestra Sinfônica da Bahia.
A Secretaria da Cultura devia enviar um exemplar do Balanço 2008 para Samuel Celestino. Quem sabe ele daria o “outro lado” da notícia?
Aí percebi que este blog Bahia de Fato também vem falando muito de Márcio Meirelles. Antes que digam que eu tenho TOC (Transtorno Obsessivo compulsivo) vou encerrar este assunto. Mas, não sem antes comentar o balanço de 2008 da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA). Márcio Meirelles realmente foi muito feliz ao escolher o pianista internacional Ricardo Castro como Gestor Artístico da OSBA.
2008 revelou uma temporada vitoriosa de belos concertos. Merecem destaque as programações dos “Concertos Sinfônicos” e dos concertos da “Série TCA Ano XIII”. Entretanto, as maiores novidades ficaram por conta da “Série Mozart nas igrejas”, com seis concertos gratuitos, dos “Concertos Didáticos”, das “Palestras Concertantes” e dos “Concertos Itinerantes” que levaram a música clássica para a Cidade do Saber, em Camaçari e para outros quatro municípios do interior. Nunca se viu isso na Bahia.
Também merece destaque o pioneiro Projeto Neojibá, um programa de capacitação de jovens músicos de orquestra, numa experiência incrível de pedagogia musical contínua e inclusão social. Fiquei sabendo que a OSBA contratou mais 14 músicos. Hoje, são 69 músicos em atividade. A meta para 2009 é preencher todas as vagas e fazer da OSBA uma das grandes formações musicais do país. Vale registrar a criação da Associação de Músicos e Amigos da OSBA, que inseriu a orquestra no seio da sociedade.
Em março fui ouvir o Concerto Especial com o regente inglês Christopher Warren-Green. Grandes nomes marcaram a temporada. Beethoven, Brahms e Mozart foram executados por importantes pianistas brasileiros como Ricardo Castro, Arnaldo Cohen e Cristina Ortiz. Em agosto, sob a regência do maestro japonês Boyko Stoianov, o TCA ouviu a peça “Mutação de trágica visão” de Yutaka Makino. Em outubro, na Igreja da Conceição da Praia os solistas Giulietta Koch e Ricardo Castro (ao piano) executaram Mozart. Em dezembro, no Especial de Natal, uma homenagem ao músico baiano Elomar. Ao todo, 44 apresentações da Orquestra Sinfônica da Bahia.
A Secretaria da Cultura devia enviar um exemplar do Balanço 2008 para Samuel Celestino. Quem sabe ele daria o “outro lado” da notícia?
28 de janeiro de 2009
Itália pensa que Brasil é republiqueta de banana
A reação italiana à decisão soberana do governo brasileiro, no caso da concessão de refúgio ao escritor e ex-militante de extrema esquerda, Cesare Battisti, chega a ser absurda. A pressão diplomática é descabida, desmedida, desproporcional e profundamente ofensiva à soberania brasileira. O STF não pode se rebaixar a ponto de fazer o jogo de um país estrangeiro. O processo de extradição do ex-militante comunista deve ser suspenso e Battisti libertado para seguir sua nova vida.
É uma vergonha para o Brasil que um presidente do STF queira se dobrar à pressão do governo italiano. O Procurador Geral da República, Antônio Fernando Souza, já enviou parecer defendendo a extinção do processo contra Cesare Battisti. Com a decisão soberana do governo brasileiro o escritor, que não tem nada de terrorista, já deveria estar solto.
A escritora francesa Fred Vargas afirmou que a Itália não respeita a soberania do Brasil. “É uma reação violenta, com pressões e ameaças baseadas em motivos fúteis e acusações falsas. A Itália acha que o Brasil lhe deve obediência. Batistti é inocente e as provas contra ele foram fabricadas”.
O tragicômico é que a reação da Itália, no caso Cesare Battisti, é completamente diferente do caso da ex-militante comunista Marina Petrella, ex-integrante da violenta Brigadas Vermelhas, grupo que seqüestrou e matou Aldo Moro. A Itália também pediu a extradição, negada pelo governo francês. Não houve este escândalo.
Tudo leva mesmo a crer que existe perseguição política. Heil Hitler.
A Itália não é aquele país de mafiosos onde juízes são metralhados?
É uma vergonha para o Brasil que um presidente do STF queira se dobrar à pressão do governo italiano. O Procurador Geral da República, Antônio Fernando Souza, já enviou parecer defendendo a extinção do processo contra Cesare Battisti. Com a decisão soberana do governo brasileiro o escritor, que não tem nada de terrorista, já deveria estar solto.
A escritora francesa Fred Vargas afirmou que a Itália não respeita a soberania do Brasil. “É uma reação violenta, com pressões e ameaças baseadas em motivos fúteis e acusações falsas. A Itália acha que o Brasil lhe deve obediência. Batistti é inocente e as provas contra ele foram fabricadas”.
O tragicômico é que a reação da Itália, no caso Cesare Battisti, é completamente diferente do caso da ex-militante comunista Marina Petrella, ex-integrante da violenta Brigadas Vermelhas, grupo que seqüestrou e matou Aldo Moro. A Itália também pediu a extradição, negada pelo governo francês. Não houve este escândalo.
Tudo leva mesmo a crer que existe perseguição política. Heil Hitler.
A Itália não é aquele país de mafiosos onde juízes são metralhados?
Tortura, perdão e impunidade
No dia 24 de janeiro de 2009 foi assassinado a tiros na Paraíba o advogado Manoel Bezerra Matos Neto, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB em Pernambuco e vice-presidente do PT no estado. Sua morte está ligada a dois problemas crônicos no país: a tortura e a impunidade.
Edson Teles, professor de Ética e Direitos Humanos do curso de Pós-Graduação da Universidade Bandeirante de São Paulo e doutor em filosofia política pela USP, defende que enquanto os torturadores do passado não forem julgados e punidos, não teremos êxito nas políticas de diminuição da violência na democracia.
É preciso que o país apure as circunstâncias dos crimes de violações aos direitos humanos, puna os responsáveis e investigue a participação dos grupos de extermínio ligados a agentes das instituições de segurança. O fim da impunidade é a garantia para construirmos uma democracia respeitosa do direito à vida e à dignidade humana.
LEIA NA ÍNTEGRA
Edson Teles, professor de Ética e Direitos Humanos do curso de Pós-Graduação da Universidade Bandeirante de São Paulo e doutor em filosofia política pela USP, defende que enquanto os torturadores do passado não forem julgados e punidos, não teremos êxito nas políticas de diminuição da violência na democracia.
É preciso que o país apure as circunstâncias dos crimes de violações aos direitos humanos, puna os responsáveis e investigue a participação dos grupos de extermínio ligados a agentes das instituições de segurança. O fim da impunidade é a garantia para construirmos uma democracia respeitosa do direito à vida e à dignidade humana.
LEIA NA ÍNTEGRA
Papa nomeia novo bispo para Bom Jesus da Lapa
Segundo a agência EFE, o Papa Bento XVI acaba de nomear o novo bispo para a Diocese de Bom Jesus da Lapa, na Bahia. O padre José Valmor César Teixeira, 56 anos, nascido em Rio do Sul (SC) e ordenado em 1979, que já desempenhou vários cargos na Diocese de Porto Alegre, vai substituir dom Francisco Batistela.
Tô rezando para que o novo bispo não seja da turma da greve de fome “em defesa das águas do São Francisco”.
LEIA MAIS
O catarinense Padre José Valmor César Teixeira, natural de Rio do Sul, foi nomeado bispo de Bom Jesus da Lapa (BA). Nascido em 1º de março de 1953, Padre José Valmor fez seus estudos fundamentais no Colégio Dom Bosco de sua cidade natal e o Ensino Médio no Colégio Salesiano São Paulo, em Ascurra (SC). Sua primeira profissão religiosa aconteceu em 31 de janeiro de 1971, professando perpetuamente na Congregação dos Salesianos de dom Bosco, em 31 de janeiro de 1977.
Estudou Filosofia e Estudos Sociais entre os anos de 1971 e 1973 na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (SP) e Teologia de 1976 a 1979 no Studium Theologicum (PUC) de Curitiba (PR). Em Porto Alegre (RS) Padre Valmor se especializou em Educação Pela Pontifícia Universidade Católica de 1984 a 1985, e fez Mestrado em História da Igreja, de 1985 a 1987 na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Em 1980, ele assumiu os estudos do Seminário Salesiano de Filosofia em Santa Rosa (RS). Foi ecônomo do Seminário e encarregado dos estudos e professor universitário de 1981 a 1984. Eleito conselheiro inspecional da Inspetoria Salesiana São Pio X no ano seguinte, no mês de setembro ele viajou a Roma para cursar História Eclesiástica na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Na década de 1990, Padre José Valmor foi diretor do Instituto Salesiano de Assistência Social, em Curitiba (PR) e professor de História da Igreja na Faculdade de Teologia (Studium Theologicum, além de ser membro do Conselho Inspetorial. Eleito pelos irmãos, em 1996 ele participou do 24º capítulo geral da congregação dos salesianos de dom Bosco, em Roma. Em outubro de 2008 foi nomeado diretor da Casa Salesiana de Viamão (RS).
Tô rezando para que o novo bispo não seja da turma da greve de fome “em defesa das águas do São Francisco”.
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O catarinense Padre José Valmor César Teixeira, natural de Rio do Sul, foi nomeado bispo de Bom Jesus da Lapa (BA). Nascido em 1º de março de 1953, Padre José Valmor fez seus estudos fundamentais no Colégio Dom Bosco de sua cidade natal e o Ensino Médio no Colégio Salesiano São Paulo, em Ascurra (SC). Sua primeira profissão religiosa aconteceu em 31 de janeiro de 1971, professando perpetuamente na Congregação dos Salesianos de dom Bosco, em 31 de janeiro de 1977.
Estudou Filosofia e Estudos Sociais entre os anos de 1971 e 1973 na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (SP) e Teologia de 1976 a 1979 no Studium Theologicum (PUC) de Curitiba (PR). Em Porto Alegre (RS) Padre Valmor se especializou em Educação Pela Pontifícia Universidade Católica de 1984 a 1985, e fez Mestrado em História da Igreja, de 1985 a 1987 na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Em 1980, ele assumiu os estudos do Seminário Salesiano de Filosofia em Santa Rosa (RS). Foi ecônomo do Seminário e encarregado dos estudos e professor universitário de 1981 a 1984. Eleito conselheiro inspecional da Inspetoria Salesiana São Pio X no ano seguinte, no mês de setembro ele viajou a Roma para cursar História Eclesiástica na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Na década de 1990, Padre José Valmor foi diretor do Instituto Salesiano de Assistência Social, em Curitiba (PR) e professor de História da Igreja na Faculdade de Teologia (Studium Theologicum, além de ser membro do Conselho Inspetorial. Eleito pelos irmãos, em 1996 ele participou do 24º capítulo geral da congregação dos salesianos de dom Bosco, em Roma. Em outubro de 2008 foi nomeado diretor da Casa Salesiana de Viamão (RS).
Mudanças na cultura da Bahia provocam resmungos e chiadeiras
Já era esperado. Protestos, resmungos e muita chiadeira viriam com as propostas de mudanças na gestão da cultura na Bahia. É que durante décadas os recursos iam sempre para os mesmos. Tudo mudou, mas os protestos, resmungos e chiadeiras ainda encontram eco na imprensa nativa. É natural.
O Secretário de Cultura da Bahia, o dinâmico Márcio Meirelles, enviou explicações ao comentarista político do jornal A Tarde, Samuel Celestino, que se tornou porta-voz dos protestantes. Gostei das explicações. Pena que o jornalista tenha cortado sete linhas do final do texto. As explicações poderiam ser mais completas.
Seguem as explicações de Márcio Meirelles enviadas ao jornalista Samuel Celestino e publicadas hoje (28/01/09):
“Em artigo publicado no domingo (25 de janeiro), sob o título “O balé da agonia”, foram divulgadas informações incorretas sobre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que merecem esclarecimento à população. Como faremos a seguir.
Sobre a saída do Superintendente de Promoção Cultural, Paulo Henrique de Almeida, e sua substituição, interina, pelo chefe de gabinete da Secult, Carlos Paiva, ressaltamos que Paulo Henrique Almeida é um excelente quadro do governo e, ao longo do período em que permaneceu no cargo, deu enorme contribuição à cultura da Bahia, promovendo a reestruturação do Fundo de Cultura e a democratização do acesso aos recursos do Estado para a área. Agora, Paulo Henrique de Almeida passa a assumir o cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento do Estado, daí o motivo de sua saída. Carlos Paiva, outro excelente quadro, vai substituí-lo interinamente por conhecer bem os principais programas desta superintendência, o Fundo de Cultura e o Fazcultura, o que garantirá a continuidade nos processos.
Ainda no que diz respeito a esse ponto, não houve mudança em nenhuma das três diretorias da Superintendência de Promoção Cultural. Há, sim, a continuação do processo de reestruturação do Fundo de Cultura, iniciada pelo próprio Paulo Henrique e que tem como principal a ampliação e treinamento de suas equipes, com o aperfeiçoamento de seus procedimentos, de forma a garantir o bom atendimento ao crescente número de proponentes.
Quanto ás críticas à gestão da Secretaria de Cultura, há no texto distorções e, até, inverdades. Por exemplo, são inverídicas as afirmações sobre o Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) que, ao contrário do que foi publicado, teve seu corpo de baile unificado em 2007, justamente com o objetivo de valorizar os dançarinos contratados por concurso, que fazem parte do grupo desde a sua fundação, e promover maior interlocução com o cenário da dança local. Só em 2008, a companhia contou com um investimento de R$ 2,5 milhões, sendo quase R$ 700 mil para a produção de três espetáculos novos, que foram apresentados no Teatro Castro Alves e realizaram turnês por diversos municípios do Estado.
Além disso, o Balé do TCA implementou novos projetos como o “BTCA convida”, o “BTCA Residência” e o “BTCA Memória da Dança”, que envolvem atividades de pesquisa, intercâmbio, produção, desenvolvimento e técnicas corporais, registro e memória da dança.
Essas iniciativas inéditas vêm oxigenando a relação do BTCA com a cena de dança local, tendo sido divulgadas, inclusive, por A Tarde e acompanhadas pelos leitores desse privilegiado veículo de comunicação. Ao longo desses dois anos a Secult vem buscando construir uma relação complementar, coerente e necessária, entre o corpo estável de dança do Estado (o BTCA) e a Escola de Dança da Fundação Cultural.
A Escola de Dança, a propósito, dobrou o número de professores e mais que dobrou o de alunos, com um investimento anual de quase R$ 1 milhão (...)”
Nota do blog – Samuel Celestino cortou as sete linhas finais da explicação de Márcio Meirelles. Disse que não passava de propaganda da Secult. De qualquer forma, é muito louvável que o jornalista tenha cedido espaço para as explicações da Secretaria de Cultura.
Samuel Celestino disse que mantém tudo o que escreveu sobre o Balé do Teatro Castro Alves. Embora leitor de Samuel Celestino, ao contrário, eu fiquei plenamente satisfeito com as explicações publicadas.
Sei que as críticas vão continuar. Há muitos interesses contrariados em jogo. Como incomoda as elites esse tal de Márcio Meirelles...
O Secretário de Cultura da Bahia, o dinâmico Márcio Meirelles, enviou explicações ao comentarista político do jornal A Tarde, Samuel Celestino, que se tornou porta-voz dos protestantes. Gostei das explicações. Pena que o jornalista tenha cortado sete linhas do final do texto. As explicações poderiam ser mais completas.
Seguem as explicações de Márcio Meirelles enviadas ao jornalista Samuel Celestino e publicadas hoje (28/01/09):
“Em artigo publicado no domingo (25 de janeiro), sob o título “O balé da agonia”, foram divulgadas informações incorretas sobre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que merecem esclarecimento à população. Como faremos a seguir.
Sobre a saída do Superintendente de Promoção Cultural, Paulo Henrique de Almeida, e sua substituição, interina, pelo chefe de gabinete da Secult, Carlos Paiva, ressaltamos que Paulo Henrique Almeida é um excelente quadro do governo e, ao longo do período em que permaneceu no cargo, deu enorme contribuição à cultura da Bahia, promovendo a reestruturação do Fundo de Cultura e a democratização do acesso aos recursos do Estado para a área. Agora, Paulo Henrique de Almeida passa a assumir o cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento do Estado, daí o motivo de sua saída. Carlos Paiva, outro excelente quadro, vai substituí-lo interinamente por conhecer bem os principais programas desta superintendência, o Fundo de Cultura e o Fazcultura, o que garantirá a continuidade nos processos.
Ainda no que diz respeito a esse ponto, não houve mudança em nenhuma das três diretorias da Superintendência de Promoção Cultural. Há, sim, a continuação do processo de reestruturação do Fundo de Cultura, iniciada pelo próprio Paulo Henrique e que tem como principal a ampliação e treinamento de suas equipes, com o aperfeiçoamento de seus procedimentos, de forma a garantir o bom atendimento ao crescente número de proponentes.
Quanto ás críticas à gestão da Secretaria de Cultura, há no texto distorções e, até, inverdades. Por exemplo, são inverídicas as afirmações sobre o Balé do Teatro Castro Alves (BTCA) que, ao contrário do que foi publicado, teve seu corpo de baile unificado em 2007, justamente com o objetivo de valorizar os dançarinos contratados por concurso, que fazem parte do grupo desde a sua fundação, e promover maior interlocução com o cenário da dança local. Só em 2008, a companhia contou com um investimento de R$ 2,5 milhões, sendo quase R$ 700 mil para a produção de três espetáculos novos, que foram apresentados no Teatro Castro Alves e realizaram turnês por diversos municípios do Estado.
Além disso, o Balé do TCA implementou novos projetos como o “BTCA convida”, o “BTCA Residência” e o “BTCA Memória da Dança”, que envolvem atividades de pesquisa, intercâmbio, produção, desenvolvimento e técnicas corporais, registro e memória da dança.
Essas iniciativas inéditas vêm oxigenando a relação do BTCA com a cena de dança local, tendo sido divulgadas, inclusive, por A Tarde e acompanhadas pelos leitores desse privilegiado veículo de comunicação. Ao longo desses dois anos a Secult vem buscando construir uma relação complementar, coerente e necessária, entre o corpo estável de dança do Estado (o BTCA) e a Escola de Dança da Fundação Cultural.
A Escola de Dança, a propósito, dobrou o número de professores e mais que dobrou o de alunos, com um investimento anual de quase R$ 1 milhão (...)”
Nota do blog – Samuel Celestino cortou as sete linhas finais da explicação de Márcio Meirelles. Disse que não passava de propaganda da Secult. De qualquer forma, é muito louvável que o jornalista tenha cedido espaço para as explicações da Secretaria de Cultura.
Samuel Celestino disse que mantém tudo o que escreveu sobre o Balé do Teatro Castro Alves. Embora leitor de Samuel Celestino, ao contrário, eu fiquei plenamente satisfeito com as explicações publicadas.
Sei que as críticas vão continuar. Há muitos interesses contrariados em jogo. Como incomoda as elites esse tal de Márcio Meirelles...
O aborto e as mistificações dos padres
“O passado tenebroso de torturas, mutilações e assassinatos cometidos em nome da fé, o apoio a nazistas e ditadores vários e a cumplicidade com a propagação da AIDS em regiões carentes desqualificam o discurso “pró-vida” das igrejas.
A fachada humanitária dos defensores de embriões esconde uma obsolescência repressiva que se alimenta da penalização do prazer e da ingerência sobre o corpo do indivíduo.
No Brasil, os abortos clandestinos chegam a 1,5 milhão por ano, mais de dois abortos por minuto, representando a primeira causa de óbito materno. É um problema sanitáro gravíssimo, que será amenizado quando as políticas públicas visarem o benefício coletivo, acima das mistificações e preconceitos”.
Guilherme Scalzilli, historiador e escritor.
A fachada humanitária dos defensores de embriões esconde uma obsolescência repressiva que se alimenta da penalização do prazer e da ingerência sobre o corpo do indivíduo.
No Brasil, os abortos clandestinos chegam a 1,5 milhão por ano, mais de dois abortos por minuto, representando a primeira causa de óbito materno. É um problema sanitáro gravíssimo, que será amenizado quando as políticas públicas visarem o benefício coletivo, acima das mistificações e preconceitos”.
Guilherme Scalzilli, historiador e escritor.
27 de janeiro de 2009
Balé do Teatro Castro Alves inicia 2009 com aulas e ensaios abertos
Não estou vendo nenhuma “agonia no balé do TCA”, conforme escreveu Samuel Celestino em A Tarde. Pelo contrário, leio agora que o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) inicia as atividades do ano com os projetos “Aula com o Balé” e “BTCA Ensaia”.
As aulas serão realizadas de hoje, quarta-feira (28), até sexta-feira (30), das 13h às 14h30, na Sala de Ensaio do BTCA – Piso C, e os ensaios abertos nos mesmos dias e local das 15h às 16h. Serão ensaiadas as coreografias mais recentes, criadas em 2008: S/Título - inspirado em “A hora em que não sabíamos nada um dos outros”, de Peter Handke, concebido pela diretora alemã Nehle Franke, e “Engenho”, criação do coreógrafo alemão Felix Ruckert.
Podem acompanhar os ensaios do BTCA alunos e profissionais de dança e qualquer pessoa interessada.
Eu acrescentaria ao press release governamental: incluindo qualquer jornalista.
No projeto “Aula com o Balé”, o público poderá acompanhar o processo de aquecimento da companhia e ter aulas de pilates e balé clássico. Como requisitos para participação nas aulas, os interessados devem ser profissionais ou alunos avançados de dança (com comprovação) e devem entrar em contato com a administração do BTCA pelos telefones 317-4846 ou 3117-4847.
Os projetos visam possibilitar ao público um maior conhecimento do BTCA e um contato maior com o cotidiano de ensaios e aquecimentos da companhia, além da oportunidade, para alunos e professores de dança, de participar de aulas de diversas modalidades de dança.
A coreografia S/Título foi concebida pela premiada diretora teatral alemã Nehle Franke, que mora no Brasil desde 1994. O espetáculo é ambientado em uma praça pública com personagens anônimos de uma realidade fragmentada. Propõe uma linguagem híbrida entre teatro e dança, baseado na expressão do corpo do intérprete.
Com 21 dançarinos no palco, o espetáculo Engenho é inspirado no açúcar, no passado colonial do Brasil e seus sintomas contemporâneos. Está dividido em três partes intituladas A Viagem, O Engenho e A Morte, como explica o coreógrafo alemão Felix Ruckert. Em A Viagem, o interesse concentra-se nos temas perda, dissolução, mistura e fragmentação. As estruturas temporais e espaciais são apagadas e destruídas em um turbilhão contínuo de ruído e movimento. A segunda parte, O Engenho, aborda os temas produção, trabalho e resistência, monotonia, repetição, esgotamento e arbitrariedade. A terceira e última parte, intitulada Morte, trata do fenômeno da morte e do medo dela. Descreve estratégias de esperança e de tentativas de fuga.
A Secretaria de Cultura da Bahia está de parabéns!
Os cães ladram, a caravana passa.
As aulas serão realizadas de hoje, quarta-feira (28), até sexta-feira (30), das 13h às 14h30, na Sala de Ensaio do BTCA – Piso C, e os ensaios abertos nos mesmos dias e local das 15h às 16h. Serão ensaiadas as coreografias mais recentes, criadas em 2008: S/Título - inspirado em “A hora em que não sabíamos nada um dos outros”, de Peter Handke, concebido pela diretora alemã Nehle Franke, e “Engenho”, criação do coreógrafo alemão Felix Ruckert.
Podem acompanhar os ensaios do BTCA alunos e profissionais de dança e qualquer pessoa interessada.
Eu acrescentaria ao press release governamental: incluindo qualquer jornalista.
No projeto “Aula com o Balé”, o público poderá acompanhar o processo de aquecimento da companhia e ter aulas de pilates e balé clássico. Como requisitos para participação nas aulas, os interessados devem ser profissionais ou alunos avançados de dança (com comprovação) e devem entrar em contato com a administração do BTCA pelos telefones 317-4846 ou 3117-4847.
Os projetos visam possibilitar ao público um maior conhecimento do BTCA e um contato maior com o cotidiano de ensaios e aquecimentos da companhia, além da oportunidade, para alunos e professores de dança, de participar de aulas de diversas modalidades de dança.
A coreografia S/Título foi concebida pela premiada diretora teatral alemã Nehle Franke, que mora no Brasil desde 1994. O espetáculo é ambientado em uma praça pública com personagens anônimos de uma realidade fragmentada. Propõe uma linguagem híbrida entre teatro e dança, baseado na expressão do corpo do intérprete.
Com 21 dançarinos no palco, o espetáculo Engenho é inspirado no açúcar, no passado colonial do Brasil e seus sintomas contemporâneos. Está dividido em três partes intituladas A Viagem, O Engenho e A Morte, como explica o coreógrafo alemão Felix Ruckert. Em A Viagem, o interesse concentra-se nos temas perda, dissolução, mistura e fragmentação. As estruturas temporais e espaciais são apagadas e destruídas em um turbilhão contínuo de ruído e movimento. A segunda parte, O Engenho, aborda os temas produção, trabalho e resistência, monotonia, repetição, esgotamento e arbitrariedade. A terceira e última parte, intitulada Morte, trata do fenômeno da morte e do medo dela. Descreve estratégias de esperança e de tentativas de fuga.
A Secretaria de Cultura da Bahia está de parabéns!
Os cães ladram, a caravana passa.
Aumenta a turma do “meu pirão primeiro” na cultura da Bahia
Eu sabia que iria custar caro ao Secretário da Cultura da Bahia, Márcio Meirelles, a proposta de descentralizar o setor e construir um Sistema Estadual de Cultura. Nos tempos do carlismo, os recursos iam para poucos e os de sempre. Era a turma do “meu pirão primeiro”. Pois não é que o time está aumentando? A coluna de Samuel Celestino informa que aos chorosos da Fundação Casa Jorge Amado, Academia de Letras da Bahia e do Theatro XVIII, juntou-se o lamento do Museu Costa Pinto. Apesar deles, a cultura na Bahia está muito bem, obrigado.
Antes da criativa e competente administração de Márcio Meirelles, poucos privilegiados consumiam os recursos do Fundo de Cultura. Agora, os compromissos chegam a 300 municípios. A Secult conseguiu envolver, no processo de construção do Sistema Estadual de Cultura, 392 municípios. Cerca de 40 mil pessoas foram envolvidas na realização da Conferência Estadual de Cultura, que reuniu 2,5 mil participantes diretos. E mais, a Secult em parceria com a UFBA está capacitando 40 professores de todas as universidades públicas da Bahia, que vão atuar como multiplicadores. Agentes e dirigentes culturais vão surgir.
A turma do “meu pirão primeiro” vai ficando para trás. De vez em quando esperneiam através de colunas de jornalistas. Alguns sequer abrem o site da Secult. Por conveniência ou ignorância. Para se ter uma idéia. Em 2006, a participação de projetos dos municípios no Fundo de Cultura era de 4,4%. Em 2008, evoluiu para 40%.
Realmente, algumas poucas instituições culturais reclamaram, por causa da suspensão temporária dos recursos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontava irregularidades nos convênios. Em 2006, o Fundo de Cultura apoiava 40 projetos, sendo que 35% dos recursos iam para o próprio Estado, outros 50% iam para manutenção de instituições culturais de direito privado e só 15% ia para o fomento a projetos culturais, uma distorção grave, já que o fomento é o objetivo real do Fundo de Cultura. Algumas instituições entenderam, outras continuam reclamando por causa de interesses contrariados. O interessante é que não havia malversação do dinheiro público. O que havia mesmo era uma grande “informalidade” que o TCE não engolia..
Competente, Márcio Meirelles reestruturou o Fundo de Cultura. Antes, atendia 40 projetos, hoje atende a 400 projetos. Em 2008, foram lançados 33 editais que vão apoiar em 2009 a cerca de 293 projetos, envolvendo recursos da ordem de R$ 22 milhões. O processo dos editais é mais complicado, mas é legal e não permite a concentração dos recursos nas mãos de poucos. São esses poucos que continuam reclamando e encontram eco na coluna de Samuel Celestino.
Tudo isso que estou dizendo está nas páginas do jornal A Tarde.
Antes da criativa e competente administração de Márcio Meirelles, poucos privilegiados consumiam os recursos do Fundo de Cultura. Agora, os compromissos chegam a 300 municípios. A Secult conseguiu envolver, no processo de construção do Sistema Estadual de Cultura, 392 municípios. Cerca de 40 mil pessoas foram envolvidas na realização da Conferência Estadual de Cultura, que reuniu 2,5 mil participantes diretos. E mais, a Secult em parceria com a UFBA está capacitando 40 professores de todas as universidades públicas da Bahia, que vão atuar como multiplicadores. Agentes e dirigentes culturais vão surgir.
A turma do “meu pirão primeiro” vai ficando para trás. De vez em quando esperneiam através de colunas de jornalistas. Alguns sequer abrem o site da Secult. Por conveniência ou ignorância. Para se ter uma idéia. Em 2006, a participação de projetos dos municípios no Fundo de Cultura era de 4,4%. Em 2008, evoluiu para 40%.
Realmente, algumas poucas instituições culturais reclamaram, por causa da suspensão temporária dos recursos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontava irregularidades nos convênios. Em 2006, o Fundo de Cultura apoiava 40 projetos, sendo que 35% dos recursos iam para o próprio Estado, outros 50% iam para manutenção de instituições culturais de direito privado e só 15% ia para o fomento a projetos culturais, uma distorção grave, já que o fomento é o objetivo real do Fundo de Cultura. Algumas instituições entenderam, outras continuam reclamando por causa de interesses contrariados. O interessante é que não havia malversação do dinheiro público. O que havia mesmo era uma grande “informalidade” que o TCE não engolia..
Competente, Márcio Meirelles reestruturou o Fundo de Cultura. Antes, atendia 40 projetos, hoje atende a 400 projetos. Em 2008, foram lançados 33 editais que vão apoiar em 2009 a cerca de 293 projetos, envolvendo recursos da ordem de R$ 22 milhões. O processo dos editais é mais complicado, mas é legal e não permite a concentração dos recursos nas mãos de poucos. São esses poucos que continuam reclamando e encontram eco na coluna de Samuel Celestino.
Tudo isso que estou dizendo está nas páginas do jornal A Tarde.
26 de janeiro de 2009
Samuel Celestino versus noticiário de A Tarde
Entre a opinião pessoal do comentarista político Samuel Celestino, do jornal A Tarde, e o noticiário do jornal A Tarde, fico com o noticiário. De um lado, Samuel Celestino desanca o secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles, de outro, a reportagem do jornal A Tarde nos revela uma Secretaria da Cultura vitoriosa e dinâmica, uma revolução. Quem estará com a verdade? A opinião de um ou a reportagem de muitos?
O erro de avaliação de Samuel Celestino é julgar o conjunto da administração por uma única parte. A partir de uma suposta “agonia” do Balé do TCA, ele conclui arbitrariamente que a secretaria da Cultura vem sendo “mal gerida”. E isso nas colunas de sábado (24/01/09) e de domingo (25/01/09).
E por que afirmo que fico com a reportagem do jornal A Tarde (26/01/09)? Porque, simplesmente, é mais objetiva e verdadeira, sem pecar por avaliação subjetiva e unilateral.
Leiam o Caderno Especial “Cultura em Movimento” do jornal A Tarde (domingo, 18/01/09). É um excelente caderno assinado por Patrícia Borba e Aleile Moura, com projeto gráfico de Edu Argolo. O Caderno Especial não somente explica o momento do Balé do TCA, como aborda os novos projetos e a ampliação dos recursos para a dança na Bahia. A Secretaria da Cultura promove a reestruturação da Escola de Dança da Fundação Cultural e também do velho e desgastado Balé do TCA. Nestes dois anos, cresceu o número de alunos da Escola de Dança e o Balé do TCA voltou-se para a formação de novos públicos. Acho que Samuel Celestino não leu o Caderno Especial do jornal A Tarde.
Não dá para aceitar uma opinião tão unilateral. A Secretaria da Cultura fez o Museu de Arte Moderna renascer das cinzas. Transformou o MAM, sob direção de Solange Farkas, num verdadeiro centro multicultural, com protagonismo no circuito de artes do país. Eu levo sempre meu neto, João Pedro, ao Projeto “Pinte no MAM” e sempre assisto as deliciosas “Jam Sessions” a R$ 2 (dois reais) a entrada.
E o Salão da Bahia? Transformou-se numa vitrine de artistas visuais baianos com destaque para o 15º Salão. E os salões regionais? Romperam o viciado cenário de artes visuais da Bahia e ganharam o interior do Estado.
Só com base numa suposta decadência do Balé do TCA, acho errada a conclusão do jornalista Samuel Celestino. Basta conversar com os produtores independentes de audiovisual para se notar a diferença, com a atuação do IRDEB, com os Editais do Fundo de Cultura. As premiações estão aí para provar o que digo.
Recomendo a Samuel Celestino ler o Caderno Especial de A Tarde. Tenho certeza de que ele vai mudar de opinião. Ele sempre foi um cara honesto. Basta ler o balanço do que foram estes dois anos de fortalecimento da música independente, a começar pelo orçamento. A nova política cultural da Bahia possibilitou apoio a novos nomes da música. E o projeto Neojibá de orquestras sinfônicas para crianças e jovens da periferia? E a maravilhosas apresentações da Orquestra Sinfônica no TCA?
A propósito, recomendo ao Samuel Celestino, que respeito muito, mas, com o qual não sou obrigado a concordar, a leitura da reportagem do jornal A Tarde sobre as novas propostas de trabalho do Teatro Castro Alves, incluindo o fortalecimento dos corpos estáveis do Complexo Teatro Castro Alves: o Balé do TCA e a Orquestra Sinfônica.
Ao contrário do que afirma Samuel Celestino, a cultura na Bahia nunca foi tão bem administrada como agora. O problema é que tem muito interesse particular contrariado.
O erro de avaliação de Samuel Celestino é julgar o conjunto da administração por uma única parte. A partir de uma suposta “agonia” do Balé do TCA, ele conclui arbitrariamente que a secretaria da Cultura vem sendo “mal gerida”. E isso nas colunas de sábado (24/01/09) e de domingo (25/01/09).
E por que afirmo que fico com a reportagem do jornal A Tarde (26/01/09)? Porque, simplesmente, é mais objetiva e verdadeira, sem pecar por avaliação subjetiva e unilateral.
Leiam o Caderno Especial “Cultura em Movimento” do jornal A Tarde (domingo, 18/01/09). É um excelente caderno assinado por Patrícia Borba e Aleile Moura, com projeto gráfico de Edu Argolo. O Caderno Especial não somente explica o momento do Balé do TCA, como aborda os novos projetos e a ampliação dos recursos para a dança na Bahia. A Secretaria da Cultura promove a reestruturação da Escola de Dança da Fundação Cultural e também do velho e desgastado Balé do TCA. Nestes dois anos, cresceu o número de alunos da Escola de Dança e o Balé do TCA voltou-se para a formação de novos públicos. Acho que Samuel Celestino não leu o Caderno Especial do jornal A Tarde.
Não dá para aceitar uma opinião tão unilateral. A Secretaria da Cultura fez o Museu de Arte Moderna renascer das cinzas. Transformou o MAM, sob direção de Solange Farkas, num verdadeiro centro multicultural, com protagonismo no circuito de artes do país. Eu levo sempre meu neto, João Pedro, ao Projeto “Pinte no MAM” e sempre assisto as deliciosas “Jam Sessions” a R$ 2 (dois reais) a entrada.
E o Salão da Bahia? Transformou-se numa vitrine de artistas visuais baianos com destaque para o 15º Salão. E os salões regionais? Romperam o viciado cenário de artes visuais da Bahia e ganharam o interior do Estado.
Só com base numa suposta decadência do Balé do TCA, acho errada a conclusão do jornalista Samuel Celestino. Basta conversar com os produtores independentes de audiovisual para se notar a diferença, com a atuação do IRDEB, com os Editais do Fundo de Cultura. As premiações estão aí para provar o que digo.
Recomendo a Samuel Celestino ler o Caderno Especial de A Tarde. Tenho certeza de que ele vai mudar de opinião. Ele sempre foi um cara honesto. Basta ler o balanço do que foram estes dois anos de fortalecimento da música independente, a começar pelo orçamento. A nova política cultural da Bahia possibilitou apoio a novos nomes da música. E o projeto Neojibá de orquestras sinfônicas para crianças e jovens da periferia? E a maravilhosas apresentações da Orquestra Sinfônica no TCA?
A propósito, recomendo ao Samuel Celestino, que respeito muito, mas, com o qual não sou obrigado a concordar, a leitura da reportagem do jornal A Tarde sobre as novas propostas de trabalho do Teatro Castro Alves, incluindo o fortalecimento dos corpos estáveis do Complexo Teatro Castro Alves: o Balé do TCA e a Orquestra Sinfônica.
Ao contrário do que afirma Samuel Celestino, a cultura na Bahia nunca foi tão bem administrada como agora. O problema é que tem muito interesse particular contrariado.
Holanda retém medicamento genérico para o SUS do Brasil
A fonte é Prensa Latina. O governo brasileiro manifestou oficialmente “preocupação” pela retenção, no porto holandês de Rotterdam, de um carregamento do medicamento genérico LOSARIAN para controle da hipertensão arterial
Uma nota publicada no site da Chancelaria explica que o composto, produzido na Índia pelo fabricante Dr.Reddya´s, está destinado à empresa brasileira EMS.
No Brasil a hipertensão arterial é uma das principais causas de doença e morte e a maioria dos pacientes depende desse genérico distribuído pelo Sistema Único de Saúde.
A fabricação de LOSARIAN na Índia está sob os cuidados dos dispositivos legais internacionais que protegem a propriedade intelectual no setor de medicamentos. O remédio está protegido pelo Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio da Organização Mundial do Comércio.
O carregamento foi retido em trânsito em território holandês e devolvido à Índia por pedido administrativo (não judicial) de uma terceira empresa que diz ter os direitos de propriedade intelectual do LOSARIAN na Holanda.
A nota do Itamaraty questiona a decisão das autoridades holandesas de reterem um insumo estratégico para a saúde pública de um país em desenvolvimento exportado em conformidade com as normas internacionais vigentes.
Isso é um grave retrocesso no tratamento da questão do acesso universal aos medicamentos.
A Chancelaria adverte que este país analisa opções de resposta e em primeiro lugar está determinado a levar o assunto ao Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde, reunido em Genebra, do qual Brasil é membro.
LEIA MAIS EM PRENSA LATINA
Uma nota publicada no site da Chancelaria explica que o composto, produzido na Índia pelo fabricante Dr.Reddya´s, está destinado à empresa brasileira EMS.
No Brasil a hipertensão arterial é uma das principais causas de doença e morte e a maioria dos pacientes depende desse genérico distribuído pelo Sistema Único de Saúde.
A fabricação de LOSARIAN na Índia está sob os cuidados dos dispositivos legais internacionais que protegem a propriedade intelectual no setor de medicamentos. O remédio está protegido pelo Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio da Organização Mundial do Comércio.
O carregamento foi retido em trânsito em território holandês e devolvido à Índia por pedido administrativo (não judicial) de uma terceira empresa que diz ter os direitos de propriedade intelectual do LOSARIAN na Holanda.
A nota do Itamaraty questiona a decisão das autoridades holandesas de reterem um insumo estratégico para a saúde pública de um país em desenvolvimento exportado em conformidade com as normas internacionais vigentes.
Isso é um grave retrocesso no tratamento da questão do acesso universal aos medicamentos.
A Chancelaria adverte que este país analisa opções de resposta e em primeiro lugar está determinado a levar o assunto ao Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde, reunido em Genebra, do qual Brasil é membro.
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