26 de janeiro de 2009

 

Samuel Celestino versus noticiário de A Tarde

Entre a opinião pessoal do comentarista político Samuel Celestino, do jornal A Tarde, e o noticiário do jornal A Tarde, fico com o noticiário. De um lado, Samuel Celestino desanca o secretário de Cultura da Bahia, Márcio Meirelles, de outro, a reportagem do jornal A Tarde nos revela uma Secretaria da Cultura vitoriosa e dinâmica, uma revolução. Quem estará com a verdade? A opinião de um ou a reportagem de muitos?

O erro de avaliação de Samuel Celestino é julgar o conjunto da administração por uma única parte. A partir de uma suposta “agonia” do Balé do TCA, ele conclui arbitrariamente que a secretaria da Cultura vem sendo “mal gerida”. E isso nas colunas de sábado (24/01/09) e de domingo (25/01/09).

E por que afirmo que fico com a reportagem do jornal A Tarde (26/01/09)? Porque, simplesmente, é mais objetiva e verdadeira, sem pecar por avaliação subjetiva e unilateral.

Leiam o Caderno Especial “Cultura em Movimento” do jornal A Tarde (domingo, 18/01/09). É um excelente caderno assinado por Patrícia Borba e Aleile Moura, com projeto gráfico de Edu Argolo. O Caderno Especial não somente explica o momento do Balé do TCA, como aborda os novos projetos e a ampliação dos recursos para a dança na Bahia. A Secretaria da Cultura promove a reestruturação da Escola de Dança da Fundação Cultural e também do velho e desgastado Balé do TCA. Nestes dois anos, cresceu o número de alunos da Escola de Dança e o Balé do TCA voltou-se para a formação de novos públicos. Acho que Samuel Celestino não leu o Caderno Especial do jornal A Tarde.

Não dá para aceitar uma opinião tão unilateral. A Secretaria da Cultura fez o Museu de Arte Moderna renascer das cinzas. Transformou o MAM, sob direção de Solange Farkas, num verdadeiro centro multicultural, com protagonismo no circuito de artes do país. Eu levo sempre meu neto, João Pedro, ao Projeto “Pinte no MAM” e sempre assisto as deliciosas “Jam Sessions” a R$ 2 (dois reais) a entrada.

E o Salão da Bahia? Transformou-se numa vitrine de artistas visuais baianos com destaque para o 15º Salão. E os salões regionais? Romperam o viciado cenário de artes visuais da Bahia e ganharam o interior do Estado.

Só com base numa suposta decadência do Balé do TCA, acho errada a conclusão do jornalista Samuel Celestino. Basta conversar com os produtores independentes de audiovisual para se notar a diferença, com a atuação do IRDEB, com os Editais do Fundo de Cultura. As premiações estão aí para provar o que digo.

Recomendo a Samuel Celestino ler o Caderno Especial de A Tarde. Tenho certeza de que ele vai mudar de opinião. Ele sempre foi um cara honesto. Basta ler o balanço do que foram estes dois anos de fortalecimento da música independente, a começar pelo orçamento. A nova política cultural da Bahia possibilitou apoio a novos nomes da música. E o projeto Neojibá de orquestras sinfônicas para crianças e jovens da periferia? E a maravilhosas apresentações da Orquestra Sinfônica no TCA?

A propósito, recomendo ao Samuel Celestino, que respeito muito, mas, com o qual não sou obrigado a concordar, a leitura da reportagem do jornal A Tarde sobre as novas propostas de trabalho do Teatro Castro Alves, incluindo o fortalecimento dos corpos estáveis do Complexo Teatro Castro Alves: o Balé do TCA e a Orquestra Sinfônica.

Ao contrário do que afirma Samuel Celestino, a cultura na Bahia nunca foi tão bem administrada como agora. O problema é que tem muito interesse particular contrariado.

Comments:
Adorei o humor do texto, especialmente a frase "Ele sempre foi um cara honesto."
 
Críticas Infundadas vão acabar "acabando" com a carreira desse Jornalista, aposto que ele nunca passou nem na frente do Gamboa, e nunca veio a uma Jam Session do MAM. Sr. Samuel, se tiver netos leve-os ao Pinte NO MAM aos domingos!
 
BRASIL PAÍS DA IMPUNIDADE
Lei Maria da Penha
Lei da Humanidade e do Respeito


A inexplicável postura da enfermeira Sra. Fernanda Freire da Emergência Adulta do Hospital Geral Roberto Santos ficou por isto mesmo: ou seja: quando ela disse que auxiliar e técnico de enfermagem não têm valor algum, nada foi feito, indagada e nenhuma postura e direção tomada para que haja respeito diante da posição dos profissionais de saúde do nível médio que tanto faz pelos pacientes. O descaso da direção de enfermagem do HGRS fica histórico.
Independente do ocorrido entre a técnica Andréa Nascimento e a enfermeira Fernanda Freire, a situação deixa-nos algumas direções deprimentes neste país da impunidade. Um país que não respeita o ser humano, o profissional seja de qual nível for.
O que vale não é a competência técnica, a educação familiar e sim quem bajula mais os coordenadores, as chefias. Quem entrega melhor seus colegas para ganhar simpatia da chefia e normalmente à sentença, como diz a enfermeira Fernanda Freire é terrível. Muda-se profissional de setor para outro “pesado” por antipatia pessoal. Tudo é respaldado sobre um alicerce de falta de respeito, maldade, desumanidade. Quem não colabora com fofocas e bajulações diante das chefias é “carta fora do baralho”. O contexto é: TEM QUE SE HUMILHAR!
Além da discussão onde se ouvia mais a voz da enfermeira diante de uma platéia de acompanhantes e doentes acordados às 06:15 horas da manhã devido a um bate-boca vergonhoso, tudo ficou por isto mesmo. Nós, auxiliares e técnicos de enfermagem somos uma classe sem nenhum valor. Estamos literalmente exercendo a função para limpar sujeira, porcarias.
Numa equipe de trabalho deve ter como base o respeito acima de tudo humano, mas no HGRS isto não passa de conduta desnecessária, dispensável.
E fica-se por isto mesmo. No mínimo o COREN-BA deveria pedir desculpas aos auxiliares e técnicos de enfermagem pela postura da enfermeira nível universitário, lembrando que hoje todo mundo faz faculdade e educação básica, familiar vem de berço e independe de classe social, cultural, acadêmica.
Houve o entrevero vergonhoso entre as duas profissionais e toda uma classe foi discriminada e ofendida e o COREN, Sindsaúde Bahia e a diretoria do HGRS não fizeram. E no caso dos dois primeiros achamos que o que interessa é a contribuição anual e sindical dos idiotas por que na hora de tomar partido e haver justiça fala mais alto a condição acadêmica do indivíduo.

O enfermeiro desempenha papel importante em relação à planificação do cuidado executado pelos técnicos e auxiliares de enfermagem. Ele é o elo integrador que garante o cuidado prestado. Este cuidado deve ser encarado como um valor ético, respeitando a dignidade dos pacientes, protegendo e preservando sua segurança. O conhecimento científico e as habilidades manuais só serão considerados efetivos se, junto à eficiência, houver sensibilidade e humanização. Mas que está ao lado do paciente somos nós, auxiliares e técnicos.
E para sermos sinceros não sabemos por que não se proíbe a realização de cursos de auxiliares e técnicos de enfermagem por que a tendência é a extinção destes cargos baseados em que há tantos graduandos em enfermagem que o mercado de trabalho não irá ter necessidade de técnicos e auxiliares em hospitais. Todos os semestres verdadeiras e literalmente caçambas de enfermeiro são jogados da faculdade para os hospitais. Hoje a “coisa” mais fácil é formar-se em enfermagem. Por que não se proíbe a realização dos cursos médios? Para algumas pessoas ganharem dinheiro com estes cursos em extinção?
Toda a equipe de HGRS de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem merecia no mínimo um pedido de desculpa da referida enfermeira, NÍVEL NU, enfermeira padrão.
É melhor haver uma reflexão sobre o relacionamento interpessoal no nível médio de enfermagem e a sua importância no desenvolvimento das ações assistenciais e o nível universitário destes profissionais.
Atualmente observa-se uma predominância na formação dos profissionais de enfermagem no aspecto instrumental, em detrimento do expressivo. A enfermagem no Brasil passou a desvalorizar o cuidado humano, a relação harmoniosa e respeitosa da equipe. E também se atendendo a uma ideologia de cura. As ações curativas ocupam a maior parte das atividades, utilizando-se tecnologias cada vez mais sofisticadas.
A enfermagem é exercida por profissionais com formação universitária que são os enfermeiros, e por profissionais de nível médio, que são os técnicos e auxiliares de enfermagem.
Pelo que notamos aos enfermeiros tem cabido a esfera do saber e, ao pessoal de nível médio, o fazer. Mas na prática a realidade é outra. Tem cada enfermeiro de nível universitário que nem uma boa grafia de português tem para não mencionar o resto, a começar pela postura ética diante de pacientes e acompanhantes.
É nossa proposta de fazer uma reflexão sobre o relacionamento interpessoal da equipe de enfermagem.
Os enfermeiros entendem que os trabalhadores de nível médio, oriundos em sua grande maioria de classes sociais menos favorecidas, recebem o mínimo necessário para executar tarefas. Constata-se assim uma contradição na divisão de trabalho da enfermagem, pois se prega sempre maior e melhor qualidade da enfermagem de nível NU e não da assistência de enfermagem do nível médio quem é quem executa as os procedimentos, quem está atenta aos detalhes da evolução do quadro clínico do paciente, mas mesmo assim é o menos qualificado e não tem valor algum.
Os profissionais de nível médio de enfermagem pensam, agem, buscam melhor capacitação profissional, e que dentre as funções da escola, uma é preparar o aluno para procedimentos técnicos e outra é participar da formação do cidadão, pois o ensino deve ser visto pelo indivíduo como um facilitador da sua inserção na sociedade.
O enfermeiro deve preparar sua equipe para que todos atuem dentro da mesma linha de conduta com o paciente. Orientá-los e supervisioná-los como seres humanos, de maneira compreensiva e responsável, é um modo de ensiná-los como tratar o paciente. Se o enfermeiro valoriza a atenção individual e o respeito às necessidades do paciente, certamente instruirá seu pessoal neste sentido e valorizará as comunicações de cada um sobre suas impressões e preocupações com o estado do paciente (Furegato, 1999).
As ações de cuidar propiciam que cuidadores e pacientes interajam. Esta interação parece tornar-se cada vez mais impessoal, breve e formal. Muitas vezes os procedimentos realizados ocorrem de forma mecanizada e rotinizada, sendo comum o fato de muitos profissionais não saberem como iniciar uma conversação e como mantê-la de forma criativa e adequada.
A distinção gera esse tipo de preconceito, o que leva esses profissionais a se sentirem de segunda categoria.
Obrigado representantes do COFEN na Bahia, Sindsaúde Bahia e a direção de enfermagem do HGRS. Se o técnico de enfermagem errou que seja advertida de uma forma discreta e educada e não expondo a profissional e toda uma equipe e o pior NINGUÉM e NENHUMA INSTITUIÇÃO tomou uma providência. Merecemos um pedido de desculpas da enfermeira Fernanda Freire, é o mínimo que ela poderá fazer e não continuar a algumas pessoas afirmando que ela é assim mesmo: “retada”!!! Bela educação doméstica.
O COREN-BA e o COFEN só lembram dos auxiliares e técnicos de enfermagem para cobrança da anuidade. Na verdade representam os enfermeiros NU. Os políticos esquecem que irão precisar de nós, não nos ajudam nem no mínimo do mínimo. O Sindsaúde-Bahia trabalha sob censura de matéria escrita. Se não for prejudicar a eles e quem quer seguir na direção politiqueira, segue na direção de quem manda mais.
Deixará de existir auxiliares e técnicos de enfermagem baseados que estamos observando a superpopulação de enfermeiros graduados e graduandos, e aí é que queremos ver.
Lamentável!

Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do HGRS

domingo, 8 de março de 2009
 
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