4 de outubro de 2013
Escândalo: ministro do STF persegue jornalista do Estadão
Quem será o ministro do STF que está pedindo demissão da
“mulher do jornalista”? Achei inacreditável, mas é o próprio presidente do STF,
ministro Joaquim Barbosa. Ele encaminhou ofício ao vice-presidente da Suprema
Corte, Ricardo Lewandowski, pedidno que ele reconsiderasse a decisão de MANTER
em seu gabinete uma servidora do tribunal, mulher nde um repórter, com quem
Joaquim Barbosa protagonizou polêmica no início de 2013. Adriana Leineker é
funcionária efetiva do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e está cedida ao
STF. Ela é mulher de Felipe Recondo, repórter do jornal O estado de S. Paulo.
Recondo é vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo 2012, com uma série de
reportagens intitulada “Farra salarial do Judiciário”. É o mesmo profissional
de imprensa que Joaquim Barbosa chamou de “palhaço” no começo do ano e o mandou
“chafurdar no lixo”.
Joaquim Barbosa não tem equilíbrio emocional e muito menos
ética para sequer ser ministro do STF, quanto mais presidente da Alta Corte.
Ainda bem que o ministro Lewandowski já anunciou que não vai atender o
inusitado pedido “pois a servidora cumpre com suas obrigações e que nunca
detectou episódio que justificasse a atitude de Barbosa”. No vergonhoso ofício,
o presidente do STF afirma que a manutenção de Adriana Leineker seria
“antiética” pela relação que ela teria com o jornalista Felipe Recondo. Joaquim Barbosa tomou como pessoal, a
reportagem denunciando a farra salarial no Judiciário brasileiro. As agressões
ao jornalista e agora a perseguição à mulher do jornalista vieram após o jornal
O estado de S. Paulo requerer, via “Lei de Acesso à Informação” dados sobre as
despesas de ministros do STF com passagens aéreas, reformas de apartamentos
funcionais e gastos com saúde, todas pagas com dinheiro público.
Eu pergunto: Joaquim Barbosa tem condições morais de
presidir o STF e condenar sem provas réus do mensalão?
As informações estão em todos os jornais do país. Entidade
de imprensa criticaram a atitude do presidente do STF. Até o ministro Gilmar
Mendes – quem diria – afirmou que o STF não deve ter nenhuma restrição à
liberdade de imprensa.