16 de outubro de 2012

 

No site da CartaCapital Emiliano escreve sobre "O pesadelo do urubu"

…Aquelas mãos pegajosas e fortes, aquele dedo faltando, os braços, e ele chamando-o para acompanhá-lo, seguir sua trajetória. Que horror aquele homem… E maior horror ainda era aquela corte de andrajos que o acompanhava. Pobres e mais pobres, negros e mais negros, a escória da sociedade. Um nojo, um horror, um horror…(“Os encontros noturnos de Herval Sobreira”)

Com uma citação do livro “Os encontros noturnos de Herval Sobreira”, ainda inédito, o jornalista, escritor e deputado federal Emiliano José (PT-BA), iniciou seu artigo intitulado “O PESADELO DO URUBU”, publicado no site da revista CartaCapital. Um espectro ronda o Brasil, afirma o deputado, parafraseando com muito humor o Manifesto Comunista de Marx. Só que no Brasil o espectro que atormenta a velha mídia é o operário que emergiu da luta sindicalista e tornou-se o maior líder popular de nossa história. Para a velha mídia, Lula é um pesadelo, daí o ódio, o nojo que os colunistas servis não escondem, tal qual o personagem do livro, Herval Sobreira. Não confundam com Merval Pereira, o porta-voz dos atormentados. A velha mídia conservadora não consegue se livrar de Lula, nunca o tira de cena, e é transparente o objetivo de destruí-lo.

Para a velha mídia, para o consciente ou inconsciente, Lula é o espectro de que falava Marx. Como suportar que Hobsbawn tenha considerado Lula o inventor da democracia no Brasil? Será que este ódio quase visceral de nossa velha mídia vem de um sentimento ancestral, carga acumulada de racismo da sociedade branca, atormentada por quase 400 anos de escravidão? Será que a nossa velha mídia não é a encarnação recente da Casa-Grande, inconformada sempre com quaisquer intromissões indevidas, com quaisquer insubmissões dos de baixo?

"São perguntas que me assaltam para tentar explicar a perseguição da velha mídia a Lula e quem sabe os tormentos e delícias do personagem Herval Sobreira. Será que vem da raiva sulista, de parte dos sulistas brancos, à ralé nordestina, que imagina os nordestinos como mão-de-obra barata, destino que o presidente operário resolvera mudar com suas políticas sociais ousadas? – vou refletindo, perguntando e dizendo a mim mesmo que deve ser por tudo isso e muito mais".

O deputado Emiliano José vai tecendo seu texto, entremeando citações do livro inédito “Os encontros noturnos de Herval Sobreira”. Depois de uma noite de tormento, a mulher do personagem pergunta como estava ele e vem a resposta: “Meu destino é o de ser um urubu, um urubu, um urubu...melhor assim...

É uma leitura imperdível.

Você pode ler a íntegra em CARTACAPITAL

http://www.cartacapital.com.br/politica/o-pesadelo-do-urubu/

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