21 de maio de 2011

 

O SUS que não se vê nas páginas dos jornais

Rita de Cássia de Araújo Almeida é psicanalista, trabalhadora, usuária do SUS. Tem uma pena afiada. Em seu blog, ela comenta o artigo “O SUS que não se vê”, publicado na revista Radis, da Fiocruz. O texto se baseia em pesquisa do IPEA. A surpresa é que o SUS é bem avaliado pela camada da população que utiliza o sistema. Praticamente todos os brasileiros utilizam os serviços do SUS, como Vigilância Sanitária, campanhas de vacinação e erradicação de doenças, além de campanhas educativas de saúde, pesquisa e produção de medicamentos.

Certa visão negativa do SUS vem de não-usuários, influenciados pelo tipo de cobertura da mídia. A revista denuncia uma “má vontade” da grande imprensa para com o SUS, na medida em que se interessa preferencialmente por relatos e imagens de pessoas afetadas pelas falhas do sistema, ao mesmo tempo em que não atribui ao sistema as ações que dão certo e os indicadores positivos resultantes de tais ações.

A matéria defende que essa propaganda negativa do SUS se deve, em parte, por uma orientação ideológica neoliberal, cujo interesse é sustentar o discurso de que o público não funciona. Seduzida por tal discurso a classe média vem cada vez mais procurando pelos planos de saúde, acreditando que desta maneira não precisará utilizar o SUS e reforçando uma idéia que precisa perder força: a de que “o SUS é para os pobres”. A mídia serve aos interesses dos planos de saúde. Essa é a verdade.

O SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do MUNDO, invejado por outros países como os EUA, por exemplo. Tem um programa de imunização de doenças que é um sucesso, sendo o responsável pela erradicação de várias delas. O impacto do SUS na redução da mortalidade infantil é indiscutível. O Brasil tem um sistema de tratamento e prevenção de HIV/aids exemplar e é o sistema público que mais faz transplantes e hemodiálises no mundo todo, incluindo a manutenção de uma rede de doadores com excelência em tecnologia.

Grande parte das intervenções de alta complexidade, especialmente aquelas que não são de interesse do sistema privado, por serem muito dispendiosas, ficam a cargo do SUS. A Farmácia Popular não beneficia apenas os que têm acesso à medicação gratuita, ao impulsionar a expansão do mercado, promove também a queda dos preços para os demais consumidores. Essas são algumas das informações positivas a respeito do SUS que são pouco divulgadas na mídia, ou quando são divulgadas não são atribuídas como ações do SUS.

Vale a pena ler na ÍNTEGRA no Blog da Rita

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