21 de maio de 2011

 

No Brasil, impostos pesam mais sobre os pobres

Está no site do IPEA. A estrutura tributária, baseada em impostos indiretos, afeta mais as camadas da população com menor renda. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 32% da renda dos brasileiros mais pobres – com renda per capita média de R$ 127 – é convertida em pagamentos de tributos. Cerca de 28% da renda dessa gente vai para impostos indiretos como PIS, Cofins e ICMS e apenas 4% vai para tributos diretos, aqueles cobrados sobre bens e serviços.

Já no caso das famílias com maior poder aquisitivo, com renda per capita média de R$ 1.691, a distribuição é mais equilibrada. Esta camada gasta em média 21% de sua renda com tributos. Os impostos indiretos correspondem a 10% da renda e os diretos correspondem a 11%. Ou seja, os pobres têm uma carga muito alta sobre a sua renda. Na hora de distribuir, o Brasil está dando mais aos ricos. Este é um país extremamente desigual.

Como aumentar a distribuição de renda? É preciso aumentar impostos sobre bens e serviços e reduzir tributos indiretos. Isso porque tributos como IPVA, IPTU e Imposto de Renda são pagos na maior parte dos casos apenas pela camada da população que tem renda mais alta.

A coisa só não está pior porque os programas de transferência de renda, como Bolsa Família, além dos benefícios assistenciais ajudam a compensar essa diferença. O Bolsa Família chega a aumentar em até 10% a renda dos mais pobres. O estudo do IPEA foi feito com base nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE.

O Brasil está precisando de uma reforma tributária tipo Robin Hood, tirar dos ricos, como as empreiteiras predatórias que destroem as cidades, para dar aos pobres. É isso.

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