19 de maio de 2011

 

Acusação contra livro é equivocada, explica Haddad

Jornalistas criticam o livro "Por uma vida melhor" sem terem lido o livro. Daí os textos engraçadinhos, escritos incorretamente, para efeito de crítica. Pelo menos dois jornalistas baianos de nome fizeram isso: Alex Ferraz (Tribuna) e Samuel Celestino (A Tarde). Pelo que escreveram, tenho quase certeza de que não leram o livro.

Sugiro uma referência de quem leu o livro. O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a abordagem utilizada pelo livro Por uma Vida Melhor, de alfabetização de adultos, que defende o uso da norma popular em situações de fala.

O livro causou polêmica ao incluir frases com erro de concordância como “nós pega o peixe” em uma lição que apresentava a diferença da norma culta e a falada. No texto, a autora da obra defende que os alunos podem falar do “jeito errado”, mas devem dominar as regras da norma culta e ter atenção quanto ao seu uso. Para o ministro, acusação de que o livro “ensina a falar errado” é um equívoco.

“O livro parte da situação da fala, mas induz o jovem a se apropriar da norma culta. Os críticos infelizmente não leram o livro, fizeram juízo de valor com base em uma frase pinçada do contexto”, defendeu Haddad durante entrevista ao programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

Haddad comparou os erros de concordância muito comuns na língua falada, especialmente na população mais pobre e não escolarizada, à linguagem utilizada pelos usuários da internet e de redes sociais.

“Quando um jovem manda mensagens no seu Twitter, no seu e-mail ou Orkut, ele faz uso da linguagem habitualmente utilizada naquele ambiente, até de maneira lúdica, ele modifica a língua e cria sinais próprios. Ali também tem norma e para você entender tem que se familiarizar com determinados padrões. Mas ele sabe que se migrar para um ambiente formal, seja um entrevista de emprego ou uma prova da escola, a linguagem não será apropriada”, afirmou.

O ministro ponderou que a escola tem que ensinar a norma culta, mas a abordagem pode partir da linguagem popular. “Há formas e abordagens diferentes para ensinar a norma culta. Você ensina a norma culta para uma criança de um jeito, para o adulto de 40 anos, de outro. Aquele adulto já tem uma história de vida da qual você tem que partir para que ele se familiarize da norma culta”, defendeu. (Com informações da Agência Brasil).

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?