12 de novembro de 2010
Na Rádio Cruzeiro, Emiliano (PT) fala sobre política, metrô e “controle” da mídia
O jornalista e professor Emiliano José (PT-BA), segundo suplente de deputado federal, foi entrevistado no programa Força do Povo, da Rádio Cruzeiro (590 AM), apresentado pelo radialista Moisés Bisesti. Ele falou de temas como as eleições deste ano no Brasil e na Bahia, reformas política e tributária, obras do metrô de Salvador e a polêmica questão do suposto controle da mídia nacional.
Emiliano comentou a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República. “Foi a vitória de um projeto iniciado no governo Lula, que mudou a vida do povo brasileiro como nunca se viu antes. Foram enormes os avanços nas condições sociais e de vida da população. Mas ainda temos imensos desafios pela frente - acabar com a miséria e as desigualdades sociais”.
Reforma política
É importante que se faça uma reforma política para democratizar o processo eleitoral. “Não podemos mais fazer eleições com essas regras. Temos que acabar com financiamento privado de campanha e torná-lo público, para que todos os candidatos tenham chances iguais. Também é importante que seja feita uma reforma tributária, o que não é tão fácil porque deverá mexer com grandes interesses. Mas essas medidas são necessárias para garantir consistência, densidade e ‘higiene’ à política brasileira”.
Vitória na Bahia
A vitória de Jaques Wagner representa a continuação de um novo projeto político, semelhante ao do governo Lula, mas com características voltadas para o Estado. “Esse projeto é diferente daquele que dominou a Bahia durante décadas com um chicote em uma mão e a mala de dinheiro na outra. O povo decidiu acabar de vez com o coronelismo e preferiu continuar com o processo de transformação profunda em andamento no Estado”.
Metrô
“Tenho acompanhado o projeto do metrô há mais de 10 anos e posso dizer com convicção que é um projeto equivocado. Foram erros extraordinários, desde o início do processo de licitação, no qual houve fraude. Como é que pode um metrô de 6 km que custou uma fortuna. O povo de Salvador tem o direito de saber o que está acontecendo. Como a obra não está andando com a Prefeitura, está sendo discutida a possibilidade de transferência da responsabilidade para o Governo do Estado”.
Vida política
Emiliano, que teve mais de 60 mil votos para deputado federal na Bahia e ficou na segunda suplência da coligação, disse que, independente de mandato, continua na vida política. “Continuo militando, escrevendo artigos. Participei pra valer do combate político no 1º e 2ª turnos. A luta política nunca pára.
“Controle” da mídia
A proposta do governo é discutir em profundidade a situação da mídia no Brasil, e não há qualquer atitude de acabar com a liberdade de imprensa. “Temos que discutir questões como a criação de uma nova lei de imprensa, pois somos o único país com assento na ONU sem regulamentação. As concessões públicas também devem ser avaliadas, pois temos um grupo de poucas famílias que controlam a mídia, que monopolizam a informação”. Precisamos de MAIS liberdade de imprensa.
As conferências de comunicação avançaram nessas discussões sobre a democratização da comunicação. “As pequenas empresas têm dificuldade em existir. A mídia é interesse também da sociedade civil, e não só das grandes empresas. Temos que levar a sério essa discussão para avançarmos na democracia. Costumo dizer que a mídia no Brasil é partidarizada, tem lado político, e tem que ser regulamentada, como tudo também deveria ser no país”.
Emiliano comentou a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República. “Foi a vitória de um projeto iniciado no governo Lula, que mudou a vida do povo brasileiro como nunca se viu antes. Foram enormes os avanços nas condições sociais e de vida da população. Mas ainda temos imensos desafios pela frente - acabar com a miséria e as desigualdades sociais”.
Reforma política
É importante que se faça uma reforma política para democratizar o processo eleitoral. “Não podemos mais fazer eleições com essas regras. Temos que acabar com financiamento privado de campanha e torná-lo público, para que todos os candidatos tenham chances iguais. Também é importante que seja feita uma reforma tributária, o que não é tão fácil porque deverá mexer com grandes interesses. Mas essas medidas são necessárias para garantir consistência, densidade e ‘higiene’ à política brasileira”.
Vitória na Bahia
A vitória de Jaques Wagner representa a continuação de um novo projeto político, semelhante ao do governo Lula, mas com características voltadas para o Estado. “Esse projeto é diferente daquele que dominou a Bahia durante décadas com um chicote em uma mão e a mala de dinheiro na outra. O povo decidiu acabar de vez com o coronelismo e preferiu continuar com o processo de transformação profunda em andamento no Estado”.
Metrô
“Tenho acompanhado o projeto do metrô há mais de 10 anos e posso dizer com convicção que é um projeto equivocado. Foram erros extraordinários, desde o início do processo de licitação, no qual houve fraude. Como é que pode um metrô de 6 km que custou uma fortuna. O povo de Salvador tem o direito de saber o que está acontecendo. Como a obra não está andando com a Prefeitura, está sendo discutida a possibilidade de transferência da responsabilidade para o Governo do Estado”.
Vida política
Emiliano, que teve mais de 60 mil votos para deputado federal na Bahia e ficou na segunda suplência da coligação, disse que, independente de mandato, continua na vida política. “Continuo militando, escrevendo artigos. Participei pra valer do combate político no 1º e 2ª turnos. A luta política nunca pára.
“Controle” da mídia
A proposta do governo é discutir em profundidade a situação da mídia no Brasil, e não há qualquer atitude de acabar com a liberdade de imprensa. “Temos que discutir questões como a criação de uma nova lei de imprensa, pois somos o único país com assento na ONU sem regulamentação. As concessões públicas também devem ser avaliadas, pois temos um grupo de poucas famílias que controlam a mídia, que monopolizam a informação”. Precisamos de MAIS liberdade de imprensa.
As conferências de comunicação avançaram nessas discussões sobre a democratização da comunicação. “As pequenas empresas têm dificuldade em existir. A mídia é interesse também da sociedade civil, e não só das grandes empresas. Temos que levar a sério essa discussão para avançarmos na democracia. Costumo dizer que a mídia no Brasil é partidarizada, tem lado político, e tem que ser regulamentada, como tudo também deveria ser no país”.