7 de novembro de 2010
Quando é que todos aprenderão sobre a grandeza da pessoa humana?
A eleição acabou, a maioria decidiu e o Brasil mostrou a maturidade de suas instituições. Dilma discursou em tom conciliador, responsável e comprometido em caminhar com estabilidade e sem solavancos de qualquer natureza.
Entretanto, esses meses de processo eleitoral devem servir de ensinamentos a todos.
É impressionante como o discurso adotado pelos líderes da oposição, em todas as oportunidades nos debates da TV, nas aparições diárias e na propaganda eleitoral gratuita, fundamentado na desqualificação da pessoa da candidata Dilma, na satanização do PT (Partido dos Trabalhadores) , por tabela, de todas as pessoas que com este se simpatizavam se disseminou por grande parcela da sociedade e desnudou um preconceito de certo modo escondido.
Tudo isso mostrou-se muito claro nas ruas, escolas, ambientes de trabalho e até mesmo no seio das famílias. Sem dúvidas, o ódio, a aversão, a raiva andaram por demais presentes em todo esse penoso processo, o que é muito lamentável nos dias atuais.
Triste é ver o que pessoas conseguem pensar e dizer em espaços na Internet sobre nossos brasileiros, nordestinos, pessoas humanas.
Pode ser exagero, mas tais acontecimentos nos fazem lembrar o episódio mais estarrecedor da história da humanidade, qual seja, a Alemanha do Nazismo. O massacre, a destruição de milhões de pessoas humanas em nome do Estado, com o respaldo da lei e da propaganda oficial que banalizaram a barbárie.
É como se as pessoas achassem tudo aquilo correto e ninguém se indignava. Tudo baseado na propagada diferença de “raça” (entre aspas por se sabe que não existem raças de seres humanos, a raça humana é só uma) e no pensamento abominável de que certa “raça” ou etnia seja melhor do que a outra.
O Brasil não será o país que sonhamos sem todo o Brasil.
O maior patrimônio deste país não são, de modo algum, nossas riquezas, praias, a floresta amazônica, o Pré- Sal. Nosso maior bem é o nosso povo, com sua diversidade, sua criatividade, suas diferenças culturais.
O Brasil é muito do negro e do índio, além de ser também dos europeus que aqui chegaram. Uma nossa grande virtude, a qual serve de exemplo para todo o mundo, é a nossa convivência com base na tolerância, na aceitação e na harmonia das várias religiões, “raças”, culturas e povos.
Não se pode retroceder um milímetro a favor da intolerância e da diferença. A pessoa humana é una. Não se pode aceitar que alguém seja melhor e outro pior com base na cor, “raça”, partido político, etnia, procedência regional, credo, orientação sexual, idade e tudo o mais.
Somente a pessoa humana é um fim em si mesmo, tudo o mais é material, é acessório. O ser humano jamais pode ser instrumentalizado.
É muito bom ver as pessoas, que antes não podiam, comprando seus bens, estudando mais, viajando de avião e tomando assento nos restaurantes juntamente aos demais que já tinham estas oportunidades.
Muito mais há de ser feito. Muito mais em educação, em cultura, em saúde e em oportunidades. Mas não neguemos que as sementes contra a miséria já foram lançadas.
Ao Estado cabe lançar “um fio” de oportunidade a todos os brasileiros e certamente muitos nos surpreenderão e o país será maior.
Aprendamos com nossa Constituição Federal que afirma, em bela passagem, que o Brasil tem quatro objetivos fundamentais, quais sejam:
- construir uma sociedade livre, justa e solidária;
- garantir o desenvolvimento nacional;
- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Por fim, fica a mensagem do mais importante documento do Século XX, fruto da resposta da humanidade às atrocidades da 2ª grande guerra, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que logo em seu artigo 1º diz:
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Enviado por Dr. Fabian S. Lemos - Passos (MG)
Entretanto, esses meses de processo eleitoral devem servir de ensinamentos a todos.
É impressionante como o discurso adotado pelos líderes da oposição, em todas as oportunidades nos debates da TV, nas aparições diárias e na propaganda eleitoral gratuita, fundamentado na desqualificação da pessoa da candidata Dilma, na satanização do PT (Partido dos Trabalhadores) , por tabela, de todas as pessoas que com este se simpatizavam se disseminou por grande parcela da sociedade e desnudou um preconceito de certo modo escondido.
Tudo isso mostrou-se muito claro nas ruas, escolas, ambientes de trabalho e até mesmo no seio das famílias. Sem dúvidas, o ódio, a aversão, a raiva andaram por demais presentes em todo esse penoso processo, o que é muito lamentável nos dias atuais.
Triste é ver o que pessoas conseguem pensar e dizer em espaços na Internet sobre nossos brasileiros, nordestinos, pessoas humanas.
Pode ser exagero, mas tais acontecimentos nos fazem lembrar o episódio mais estarrecedor da história da humanidade, qual seja, a Alemanha do Nazismo. O massacre, a destruição de milhões de pessoas humanas em nome do Estado, com o respaldo da lei e da propaganda oficial que banalizaram a barbárie.
É como se as pessoas achassem tudo aquilo correto e ninguém se indignava. Tudo baseado na propagada diferença de “raça” (entre aspas por se sabe que não existem raças de seres humanos, a raça humana é só uma) e no pensamento abominável de que certa “raça” ou etnia seja melhor do que a outra.
O Brasil não será o país que sonhamos sem todo o Brasil.
O maior patrimônio deste país não são, de modo algum, nossas riquezas, praias, a floresta amazônica, o Pré- Sal. Nosso maior bem é o nosso povo, com sua diversidade, sua criatividade, suas diferenças culturais.
O Brasil é muito do negro e do índio, além de ser também dos europeus que aqui chegaram. Uma nossa grande virtude, a qual serve de exemplo para todo o mundo, é a nossa convivência com base na tolerância, na aceitação e na harmonia das várias religiões, “raças”, culturas e povos.
Não se pode retroceder um milímetro a favor da intolerância e da diferença. A pessoa humana é una. Não se pode aceitar que alguém seja melhor e outro pior com base na cor, “raça”, partido político, etnia, procedência regional, credo, orientação sexual, idade e tudo o mais.
Somente a pessoa humana é um fim em si mesmo, tudo o mais é material, é acessório. O ser humano jamais pode ser instrumentalizado.
É muito bom ver as pessoas, que antes não podiam, comprando seus bens, estudando mais, viajando de avião e tomando assento nos restaurantes juntamente aos demais que já tinham estas oportunidades.
Muito mais há de ser feito. Muito mais em educação, em cultura, em saúde e em oportunidades. Mas não neguemos que as sementes contra a miséria já foram lançadas.
Ao Estado cabe lançar “um fio” de oportunidade a todos os brasileiros e certamente muitos nos surpreenderão e o país será maior.
Aprendamos com nossa Constituição Federal que afirma, em bela passagem, que o Brasil tem quatro objetivos fundamentais, quais sejam:
- construir uma sociedade livre, justa e solidária;
- garantir o desenvolvimento nacional;
- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Por fim, fica a mensagem do mais importante documento do Século XX, fruto da resposta da humanidade às atrocidades da 2ª grande guerra, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que logo em seu artigo 1º diz:
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Enviado por Dr. Fabian S. Lemos - Passos (MG)