16 de agosto de 2010
Correio da Bahia desrespeita jornalistas e leitores
Editorial blog Política Livre
Depois de chamar de jornalista o empresário João Andrade Neto, dono do Pura Política, na manchete em que noticiou a prisão do blogueiro, o jornal Correio da Bahia continua a se referir a ele da mesma forma nas reportagens que publica sobre o assunto, a exemplo da que veicula no dia de hoje sobre a prorrogação de sua prisão.
O que houve? O jornal não tem editor-chefe? Está sem comando? Com a persistência no erro, o Correio presta um desserviço ao jornalismo e a seus leitores não apenas porque o blogueiro sofre acusações graves. João Andrade Neto não é jornalista, simplesmente porque não tem diploma emitido por nenhuma faculdade de comunicação ou jornalismo.
Aliás, o blogueiro preso na última quarta-feira pela polícia baiana sob a acusação de extorsão não tem sequer, segundo a polícia, curso superior, motivo porque está detido numa cela comum. Em conversa com uma repórter do Correio na semana passada, durante o primeiro debate entre os candidatos a senadores baianos promovido pela TV Aratu, jornalistas questionaram o fato de o jornal ter noticiado a prisão do empresário em manchete, referindo-se a ele como jornalista.
Apesar de revelar não concordar com a opção do jornal, ela esboçou uma pequena justificativa, lembrando que não é mais necessário diploma para o exercício da atividade jornalística. Então chamaremos a todos de jornalistas? Quem permite que o Correio assim proceda não deve ter conhecimento da grande luta que o matutino vem travando, apoiada pela família Magalhães, no sentido de se firmar como um veículo profissional, depois de ter servido durante anos aos propósitos políticos do ex-senador ACM, seu fundador, o que arrasou sua credibilidade.
O lamentável caso do Pura Política mostra, entre outros fatos, que um veículo de comunicação firma-se e granjeia respeito na medida de sua devoção à verdade, aos fatos. O Correio parece estar querendo dar, numa situação menor, um tapa na credibilidade que, a duras penas, seus proprietários, inteligentemente, vêm tentando conquistar. (Raul Monteiro)
Depois de chamar de jornalista o empresário João Andrade Neto, dono do Pura Política, na manchete em que noticiou a prisão do blogueiro, o jornal Correio da Bahia continua a se referir a ele da mesma forma nas reportagens que publica sobre o assunto, a exemplo da que veicula no dia de hoje sobre a prorrogação de sua prisão.
O que houve? O jornal não tem editor-chefe? Está sem comando? Com a persistência no erro, o Correio presta um desserviço ao jornalismo e a seus leitores não apenas porque o blogueiro sofre acusações graves. João Andrade Neto não é jornalista, simplesmente porque não tem diploma emitido por nenhuma faculdade de comunicação ou jornalismo.
Aliás, o blogueiro preso na última quarta-feira pela polícia baiana sob a acusação de extorsão não tem sequer, segundo a polícia, curso superior, motivo porque está detido numa cela comum. Em conversa com uma repórter do Correio na semana passada, durante o primeiro debate entre os candidatos a senadores baianos promovido pela TV Aratu, jornalistas questionaram o fato de o jornal ter noticiado a prisão do empresário em manchete, referindo-se a ele como jornalista.
Apesar de revelar não concordar com a opção do jornal, ela esboçou uma pequena justificativa, lembrando que não é mais necessário diploma para o exercício da atividade jornalística. Então chamaremos a todos de jornalistas? Quem permite que o Correio assim proceda não deve ter conhecimento da grande luta que o matutino vem travando, apoiada pela família Magalhães, no sentido de se firmar como um veículo profissional, depois de ter servido durante anos aos propósitos políticos do ex-senador ACM, seu fundador, o que arrasou sua credibilidade.
O lamentável caso do Pura Política mostra, entre outros fatos, que um veículo de comunicação firma-se e granjeia respeito na medida de sua devoção à verdade, aos fatos. O Correio parece estar querendo dar, numa situação menor, um tapa na credibilidade que, a duras penas, seus proprietários, inteligentemente, vêm tentando conquistar. (Raul Monteiro)