3 de agosto de 2010

 

Assassinos de Vitor Athayde Couto Filho serão julgados amanhã, quarta-feira, 4, no Fórum Ruy Barbosa

Os cinco homicidas confessos que seqüestraram e mataram o economista Vítor de Athayde Couto Filho serão julgados quarta-feira, 4 de agosto, às 8h30, no Fórum Ruy Barbosa. Vitorzinho, como era mais conhecido, tinha 35 anos e era consultor da FAO para assuntos de alimentação. Seu corpo foi encontrado num matagal na estrada Cia-Aeroporto,em 19 de julho de 2006. Era filho do professor da UFBA, Vitor de Athayde Couto e de Maria das Graças Azevedo, Gal.

GAL ESTÁ ENVIANDO MENSAGEM AOS AMIGOS:

Meus amigos, meus irmãos,

Todos que conhecem a minha dor, que sei, também é compartilhada por vocês.

Dia 4 de agosto, às 8,30, no Fórum Ruy Barbosa, será realizado o julgamento dos assassinos do nosso querido Vitorzinho. Será um momento muito difícil, com emoções contraditórias.

Ao mesmo tempo que vamos ter a esperança de uma condenação, estaremos revivendo o terror que vivemos durante os 9 dias que separaram o assassinato do encontro do corpo.

Conto com a presença de todos que puderem ir, peço que divulguem entre os amigos. Vamos exigir que condenem essa quadrilha que, não somente acabou com a vida de um ser humano maravilhoso, mas nos deixou a todos com um sentimento de vazio na alma.

Precisamos estar de mãos dadas, dando-nos, reciprocamente, a força necessária para enfrentar mais esta etapa de dor e saudade.

Um grande e carinhoso abraço

Gal



PARA ENTENDER A TRAGÉDIA:

Vitor de Athayde Couto Filho foi seqüestrado em sua residência, no Condomínio Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas, quando se preparava para viajar, como representante da FAO, para a cidade de Juazeiro, no Vale do São Francisco, onde seria conferencista de um encontro sobre agricultura familiar e alimentação. Foi assassinado a pedradas pelo cantor de arrocha José Raimundo Cerqueira da Paixão, 25 anos, conhecido como José Abelha.

Para consumar o crime, Abelha contou com a ajuda de seu sobrinho Juracy Oliveira dos Santos, 23, e o amigo Carlos Alberto dos Santos, 24. José Raimundo chegou a efetuar um saque de R$ 2,4 mil com o cartão bancário de Vitor. Para confundir mais a polícia, o carro do economista foi incendiado em um terreno baldio próximo ao conjunto habitacional do CAJI, no município de Lauro de Freitas.

LIVRO LANÇADO NA DESENBAHIA

Em 21 de setembro de 2007, ocorreu o lançamento do livro (póstumo) do economista assassinado, no auditório da Desenbahia: “Agricultura familiar e desenvolvimento territorial – um olhar da Bahia sobre o meio rural brasileiro” foi o título.

O lançamento do livro foi precedido por um seminário. As falas dos especialistas, doutores, professores e autoridades voltaram-se para homenagens à memória do economista baiano, morto barbaramente aos 35 anos de idade pelas mãos traiçoeiras de um caseiro.

Vitor de Athayde Couto Filho dedicou toda sua curta carreira profissional “à investigação e desenvolvimento de programas e projetos dirigidos às populações do campo, à conservação sustentável dos recursos naturais, ao planejamento e à gestão de sistemas agrários”, como afirma José Graziano da Silva, representante regional da FAO para América Latina.

Seu livro foi patrocinado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), através do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (NEAD) e da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF).

O prefácio é assinado pelo professor da UFBA, Vitor de Athayde Couto, pai do autor. Ele registra que seu filho Vitor se referia à agricultura familiar como sendo a “causa”.

Lutava pela causa, acreditava, vestia a camisa. Depois veio a luta pelos territórios, um projeto político de populações com direito a uma vida melhor. Hoje, a base do planejamento e das políticas públicas adotadas pelo Governo Wagner.

Comments:
Olá, Oldack.
Tudo bom?

Meu nome é Paulo Castro, sou jornalista, e estou trabalhando no comitê da nossa futura presidenta Dilma, para cuidar e auxiliar o relacionamento de vocês - blogueir@s - com a campanha. Poderia entrar em contato comigo, por e-mail (blogueiroscomdilma@gmail.com), para que possamos conversar?

Um abraço,
Paulo.
 
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