7 de junho de 2010
O programa Bolsa Família é distribuição de renda sem submissão ao deus-mercado
Está no site da revista Carta Capital. Com o título “A revolução dos pobres”, o professor, jornalista e escritor Emiliano José (PT) escreve sobre a visão de Giuseppe Cocco (UFRJ), cientista político que a seu convite fez conferência na Universidade Federal do Recôncavo, em Cachoeira (Bahia). A palestra de Giuseppe Cocco focou “As políticas sociais do Governo Lula”.
A política dos pobres dos dois governos Lula desnorteia a mídia conservadora e os políticos reacionários. Desnorteia até a extrema-esquerda. Cocco atribui ao Bolsa Família uma natureza revolucionária, na medida em que não se rende à lógica do capital. É que o capitalismo de hoje está em todo lugar e funciona em rede, gerando a exclusão sistemática do acesso aos direitos e reduzindo os sistemas de proteção social. O capitalismo hodierno inclui, sim, todo mundo dentro do processo globalizado de exploração, diferentemente do capitalismo industrial.
Em síntese, o que é explorada é a nossa vida social, e não a nossa vida individual simplesmente. Vivemos sob um capitalismo que explora toda nossa vida em sua diversidade, na sua multiplicidade. Num capitalismo dessa natureza, as políticas sociais não podem mais ser vistas como compensação em relação aos problemas de extrema pobreza, nem de falta do crescimento econômico, mas elas, as políticas sociais do governo Lula, significam o reconhecimento das dimensões produtivas da vida, o reconhecimento de que todos são produtivos, mesmo os que não estão empregados formalmente.
O Bolsa Família, ao reconhecer o capitalismo em rede, ao localizar a multidão de pobres que se integra a ele, e que não se integrará nos termos formais anteriores, persegue uma lógica anticapitalista, não se subordina à lógica do mercado, não se atém à idéia de que o mercado irá absorver todos no emprego formal, por mais crescimento econômico que o país experimente.
Por isso, estava certo Lula quando disse que longe de diminuir tinha que aumentar os recursos para o Bolsa Família. E me lembro também de Patrus Ananias, numa das ocasiões em que veio à Bahia, quando disse que não se tratava de pensar na “porta de saída”, como afirmam alguns destacados membros de nossa burguesia, de nossa mídia, de nossa oposição desnorteada, mas de pensar em abrir mais e mais as portas de entrada para os pobres.
A ÍNTEGRA ESTÁ NO SITE DA CARTA CAPITAL
A política dos pobres dos dois governos Lula desnorteia a mídia conservadora e os políticos reacionários. Desnorteia até a extrema-esquerda. Cocco atribui ao Bolsa Família uma natureza revolucionária, na medida em que não se rende à lógica do capital. É que o capitalismo de hoje está em todo lugar e funciona em rede, gerando a exclusão sistemática do acesso aos direitos e reduzindo os sistemas de proteção social. O capitalismo hodierno inclui, sim, todo mundo dentro do processo globalizado de exploração, diferentemente do capitalismo industrial.
Em síntese, o que é explorada é a nossa vida social, e não a nossa vida individual simplesmente. Vivemos sob um capitalismo que explora toda nossa vida em sua diversidade, na sua multiplicidade. Num capitalismo dessa natureza, as políticas sociais não podem mais ser vistas como compensação em relação aos problemas de extrema pobreza, nem de falta do crescimento econômico, mas elas, as políticas sociais do governo Lula, significam o reconhecimento das dimensões produtivas da vida, o reconhecimento de que todos são produtivos, mesmo os que não estão empregados formalmente.
O Bolsa Família, ao reconhecer o capitalismo em rede, ao localizar a multidão de pobres que se integra a ele, e que não se integrará nos termos formais anteriores, persegue uma lógica anticapitalista, não se subordina à lógica do mercado, não se atém à idéia de que o mercado irá absorver todos no emprego formal, por mais crescimento econômico que o país experimente.
Por isso, estava certo Lula quando disse que longe de diminuir tinha que aumentar os recursos para o Bolsa Família. E me lembro também de Patrus Ananias, numa das ocasiões em que veio à Bahia, quando disse que não se tratava de pensar na “porta de saída”, como afirmam alguns destacados membros de nossa burguesia, de nossa mídia, de nossa oposição desnorteada, mas de pensar em abrir mais e mais as portas de entrada para os pobres.
A ÍNTEGRA ESTÁ NO SITE DA CARTA CAPITAL