15 de outubro de 2009

 

Vandalismo mesmo é despejar 713 milhões de litros de venenos agrícolas no meio ambiente

Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo, comentou o assunto sob o título “agromorte”. É o nome verdadeiro do agronegócio. Todo mundo chamou de “vandalismo” a destruição de 7 mil pés de laranja pelo MST numa fazenda em São Paulo. As imagens foram fortes. A mídia transformou as cenas em manifesto anti-reforma agrária. A direita realimentou sua fobia pelos trabalhadores rurais. O líder do MST, João Pedro Stédile, que sequer reconhece que foi algum militante que destruiu pequena parcela do imenso laranjal, lembrou que por ano o agronegócio despeja 713 milhões de litros de venenos agrícolas que degradam o meio ambiente, num “genocídio lento e doentio, que nos é servido em nossa própria mesa”. E isso sem reação de ninguém.

O Governo Federal insiste que não repassa recursos para o MST. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirma que 90% dos tais R$ 115 milhões foram aplicados nas unidades da Emater – entidades estaduais de assistência técnica e extensão rural – e na associação nacional destas entidades. Eu acho que se isso for verdade é um absurdo. O MST merece receber verbas federais, assim como as recebem as entidades dos latifundiários e do agronegócio que envenena os alimentos do Brasil.

Se vandalismo é destruir 7 mil pés de laranja envenenados, vandalismo maior é envenenar os alimentos que vão para a mesa dos brasileiros.

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