11 de julho de 2009

 

Por ignorância, mais pobres rejeitam remédios genéricos

A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos) fez uma pesquisa nacional sobre o consumo de medicamentos genéricos, após dez anos do lançamento do programa. Há verdadeiros contrassensos. O consumo maior ocorre nas regiões mais ricas do país.

Na Região Nordeste o consumo é abaixo da média. Apenas o Estado da Bahia ultrapassa a média de 12% alcançando 12,91% contra 6,59% de Pernambuco, depois vem Ceará com 4,94%, Paraíba com 2,66%, Maranhão com 2,61%, Sergipe com 2,12% e Piauí com 1,85%. Quanto mais pobre, mais preconceituoso.

Para efeito comparativo, enquanto o Nordeste consome 12%, a região Sudeste consome 63,62%. Em São Paulo a média chega a 26,03%. Tudo isso é bem absurdo, já que os genéricos costumam ser 60% mais baratos que os remédios de marca. Os mais pobres que deveriam consumir mais genéricos são os que consomem menos.

A pesquisa revela que desconfiança e desconhecimento são as razões da pequena procura de genéricos. Desconfiança e desconhecimento são filhas da ignorância. Os remédios genéricos são tão eficazes quanto os produtos de marca. Mas, há outra razão para a baixa procura: 40% da população sequer tem acesso a medicamentos de farmácias no Nordeste.

A mídia tem uma grande responsabilidade no baixo consumo dos remédios genéricos. Os meios de comunicação deveriam usar a liberdade de imprensa para esclarecer a população pobre. Os médicos também têm uma grande responsabilidade e é um dever ético prescrever estes medicamentos, mesmo que sejam regularmente “visitados” por representantes de remédios de marca.

A pesquisa não esclareceu porque a Bahia, com tanto analfabeto, é o estado que mais consome os remédios genéricos no Nordeste.

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