17 de dezembro de 2008
AI-5: o terror imposto pela ditadura militar
Sábado, 13 de dezembro. O jornal A Tarde publica uma página sobre os anos de chumbo. O Brasil viveu dez anos sob o regime do mais cruel dos atos institucionais, que suprimiu direitos políticos e individuais dos cidadãos. Regime de medo e tortura. Uma mordaça na liberdade de expressão. Foi editado em 13 de dezembro de 1968. O jornalista Leonardo Leão assina a reportagem. Ele resgata a história de Pedro Luiz Vian, estudante, 24 anos, torturado e condenado à prisão. Muitos brasileiros viveram como Pedro Luiz Vian. Esse era o nome falso do hoje jornalista, doutor em comunicação, ex-vereador e ex-deputado estadual pelo PT, Emiliano José.
A reportagem entrevista personagens que foram perseguidos. Joviniano Neto, sociólogo e diretor do Grupo Tortura Nunca Mais. Mery Bahia, jornalista, à época militante do Partido Operário Comunista (POC), Harildo Deda, ator e diretor, que tentava burlar a censura ao teatro baiano investindo na expressão corporal. O diretor do jornal, Renato Simões, lembra que na relação de temas vetados estava até um surto de doença que atingiu a Bahia. Lá se vão 40 anos desde a decretação do AI-5. “Até aquele momento, os militares tentavam manter uma máscara democrática. Com o AI-5, a ditadura assumiu a cara terrorista”, ressaltou Emiliano José.
Para a democracia brasileira é fundamental o resgate da memória dos anos de chumbo, da ditadura, do AI-5. Pesquisa Datafolha constata que oito em cada dezx brasileiros nunca ouviram falar do AI-5. Dos 18% que dizem conhecer a sigla, só um terço faz alguma relação do ato com a ditadura militar. O AI-5 é totalmente ignorado por 82% dos brasileiros acima de 16 anos.
Nos dez anos de vigência (1968/1978) os generais-ditadores de plantão fecharam o Congresso, cassaram mais de 100 mandatos parlamentares, demitiram e aposentaram compulsoriamente funcionários públicos. A censura atingiu mais de 500 filmes, 450 peças teatrais, 200 livros e cerca de 500 canções. Institucionalizou a tortura, a prisão e desaparecimentos de centenas de opositores. Era o terror de Estado.
A reportagem entrevista personagens que foram perseguidos. Joviniano Neto, sociólogo e diretor do Grupo Tortura Nunca Mais. Mery Bahia, jornalista, à época militante do Partido Operário Comunista (POC), Harildo Deda, ator e diretor, que tentava burlar a censura ao teatro baiano investindo na expressão corporal. O diretor do jornal, Renato Simões, lembra que na relação de temas vetados estava até um surto de doença que atingiu a Bahia. Lá se vão 40 anos desde a decretação do AI-5. “Até aquele momento, os militares tentavam manter uma máscara democrática. Com o AI-5, a ditadura assumiu a cara terrorista”, ressaltou Emiliano José.
Para a democracia brasileira é fundamental o resgate da memória dos anos de chumbo, da ditadura, do AI-5. Pesquisa Datafolha constata que oito em cada dezx brasileiros nunca ouviram falar do AI-5. Dos 18% que dizem conhecer a sigla, só um terço faz alguma relação do ato com a ditadura militar. O AI-5 é totalmente ignorado por 82% dos brasileiros acima de 16 anos.
Nos dez anos de vigência (1968/1978) os generais-ditadores de plantão fecharam o Congresso, cassaram mais de 100 mandatos parlamentares, demitiram e aposentaram compulsoriamente funcionários públicos. A censura atingiu mais de 500 filmes, 450 peças teatrais, 200 livros e cerca de 500 canções. Institucionalizou a tortura, a prisão e desaparecimentos de centenas de opositores. Era o terror de Estado.
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Curioso é o fato de um dos dois últimos signatários do AI-5 ainda vivo, o Delfim Netto, é conselheiro do Lula.
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