17 de dezembro de 2008

 

“Estadão” falsifica a história do Brasil

O jornalista Mino Carta escreveu bem. Em seu editorial (“Ignorância ou hipocrisia?”) na revista Carta Capital (17.12.08) ele chama atenção sobre a fraude plantada no suplemento de “O Estado de S. Paulo” sobre o Ato Institucional 5. “O título de abertura informa à platéia que o edito assassinou a liberdade”. Ora, a liberdade já fora assassinada pelo golpe militar de 1964, apoiado pelo jornalão da família Mesquita. Para o jornalão, o golpe militar era uma “revolução”. O Estadão mente ao afirmar que o AI-5 assassinou a liberdade e ao afirmar que a sociedade brasileira apoiou o golpe militar. A elite brasileira, a mídia e parte da classe média apoiaram o golpe militar. Isso não é a “sociedade brasileira”.

No Brasil, a liberdade foi assassinada pelo golpe militar de 1964 e a ditadura então implantada pelos generais foi radicalizada pelo Ato Institucional 5. Antropófaga, a ditadura militar devorou a mídia, baixando a censura prévia, e expeliu seus apoiadores civis. Agora, vem o Estadão se fazer de vítima? Os escribas do Estadão fraudam a história, e não sei se por ignorância ou hipocrisia. Tenho pena dos leitores do Estadão.

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