7 de maio de 2008

 

Bahia no combate às doenças falciformes

Com o objetivo de qualificar profissionais das mais diversas áreas de saúde do sistema penitenciário da Bahia a tratar dos internos que têm anemia falciforme ou apenas traços da doença, a Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH) promoveu recentemente o “Curso de Capacitação em Doenças Falciformes”.

O curso se baseia na Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Anemia Falciforme, e visa a um maior cuidado dos agentes de saúde no tratamento e no diagnóstico dos portadores da doença.

Toda vez que a questão das doenças falciformes emerge, eu me lembro do projeto de lei apresentado pelo ex-deputado Emiliano José (PT-BA), que criava o Programa Estadual de Combate e Prevenção às Doenças Falciformes na Bahia. Em 2003, o Projeto de Lei foi derrotado pela maioria do PFL na Assembléia Legislativa. E o relator do PFL era um médico, deputado Pedro de Deus, ou do diabo. Foi um atraso.

As doenças falciformes acometem a população negra por uma questão genética. A doença veio da África com a escravidão negra. Daí, na Bahia, de povo predominantemente negro, o Plano Estadual para Combate às Doenças Falciformes assumia maior gravidade e importância.

Atualmente, 2% a 6% da população brasileira possuem o traço da anemia falciforme e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por ano nascem aproximadamente 3.500 crianças com este tipo de anemia.

Os principais sintomas da doença são úlcera na perna, que demora a cicatrizar; dores abdominais; e a osteomielite também conhecida como o infarto dos ossos.

Depois você vem me perguntar por que o DEM perdeu as eleições na Bahia.

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