6 de maio de 2008

 

Não dá mais para esconder o lixo que está debaixo do tapete na Faculdade de Medicina

Como quase todo mundo, o professor universitário, escritor e jornalista Emiliano José desceu a ripa no aloprado ex-coordenador do colegiado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia. O artigo "O professor e a Casa Grande" está no site da revista Carta Capital.

Nenhuma Nação passa inpunemente por quatro séculos de escravidão. O preconceito e a discriminação contra negros são heranças presentes.

Ao atribuir ao "baixo QI dos baianos" a péssima nota de avaliação da bicentenária Faculdade de Medicina no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) o professor Natalino Dantas enfiou o pé na jaca.

"Contaminação de negros cotistas"? "Tocadores de berimbau"? "Música baiana é um batuque sem qualidade"?

Foi um surto de imbecilidade. Mas, Natalino Dantas não é racista. Ele até "atende pessoas der cor".

O repertório dele é vasto, porque vasta é a herança da Casa Grande. São declarações racistas, discriminatórias, reacionárias e anacrônicas.

Um dos poucos a se solidarizar com Natalino Dantas foi o diretor da Faculdade de Medicina, professor Tavares Neto. Para ele as críticas são "factóides". Afinal, ele é parceiro de Natalino Dantas, que chegou à chefia do Colegiado com seu apoio.

Segundo Emiliano José, "a Faculdade de Medicina tem uma situação privilegiada, pois exibe uma relação professor-aluno melhor que Harvard. São 277 docentes para 1052 alunos. Pouco mais de três aluno para cada professor. Um luxo! O problema é que os professores dedicam-se mais a seus consultórios e clínicas. Há na Faculdade de Medicina um sério problema de gestão, é lá que deve ser procurada a causa para a baixa nota do ENADE. Agora o lixo saiu debaixo do tapete. Não dá mais para esconder".

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