26 de janeiro de 2008
Revista Época mascara responsabilidade da imprensa por criar pânico sobre febre amarela
Na edição 506, que está nas bancas (25/01), a revista Época, da Editora Globo, na matéria "O vírus do pânico", afirma que houve apenas "exageros" da mídia na cobertura sobre febre amarela, e acrescenta que houve descrença da população nas autoridades, o que provocou uma corrida aos postos de vacinação. E avisa: os perigosos casos de superdosagem podem aumentar.
A revista Época, do grupo Globo, tem muita cara-de-pau. Para ela, a cobertura fascistóide da mídia sobre a febre amarela, provocando pânico na população, foi apenas um "exagero". Logo em seguida joga a responsabilidade sobre a POPULAÇÃO que, segundo o texto, alimenta descrença nas autoridades. A revista Época nem disfarça o mau-caratismo de seu jornalismo. Quer dizer que a mídia em peso cria uma situação de alarmismo total e a culpa é da população que não "acredita" nas autoridades. Puxa vida. Estou virando um debilóide mental.
A revista arranjou até uma fonte para "corroborar" sua tese. O infectologista Luiz Jacintho Silva, da Unicamp, acha que a informação foi correta, mas interpretada de forma errada. UAU. Ele se equivoca quando afirma que os jornalistas não relataram nada que não fosse verdade. Acho que ele não leu as manchetes dos jornais, nem as chamadas da TV. Praticamente todas elas induziram a população a correr em direção aos postos de vacina, sem necessidade para quem não mora em áreas de risco. E isso é a mais deslavada mentira.
Os jornalistas que assinaram a matéria da revista Época são doentes. Afirmam que o Ministério da Saúde só se preocupou em garantir para a população que não havia risco de epidemia. Acham que o governo se esqueceu de monitorar o excesso de vacinas, "mesmo quanto percebeu que até quem não precisava estava sendo imunizado".
Percebeu a sutileza de elefante?
A população é a culpada, o governo é o culpado, não a mídia, a revista época, a Rede Globo, o Correio Braziliense, a colunista Eliane Catanhêde, da Folha de S. Paulo e todos os jornaizinhos de província que macaqueiam as agências de notícias sem pestanejar.
Para fortalecer a "tese", a revista "pinça" alguns casos de ignorância absoluta entre a população. Um artista plástico, uma estudante filha de médico e até uma auxiliar de enfermagem. O artista plástico tomou a vacina e voltou seis dias depois. Ignorante, achou que "reforçaria" a vacina se tomasse uma segunda dose. O imbecil quase morre. A estudante e a auxiliar de enfermagem não sabiam a diferença entre febre amarela urbana e a forma silvestre. Ora, com uma população desinformada, ignorante e com a mídia criando pânico com suas manchetes alarmistas, a revista Época queria o quê?
O governo federal fez campanhas nas TVs, jornais e rádios. Mas os recursos são limitados. Se a mídia diariamente desinforma a população na contramão da informação oficial, e cria pânico por razões puramente políticas, não há verba publicitária que chegue.
A revista Época segue a linha da Rede Globo. Não faz jornalismo, apenas testa "hipóteses".
A revista Época, do grupo Globo, tem muita cara-de-pau. Para ela, a cobertura fascistóide da mídia sobre a febre amarela, provocando pânico na população, foi apenas um "exagero". Logo em seguida joga a responsabilidade sobre a POPULAÇÃO que, segundo o texto, alimenta descrença nas autoridades. A revista Época nem disfarça o mau-caratismo de seu jornalismo. Quer dizer que a mídia em peso cria uma situação de alarmismo total e a culpa é da população que não "acredita" nas autoridades. Puxa vida. Estou virando um debilóide mental.
A revista arranjou até uma fonte para "corroborar" sua tese. O infectologista Luiz Jacintho Silva, da Unicamp, acha que a informação foi correta, mas interpretada de forma errada. UAU. Ele se equivoca quando afirma que os jornalistas não relataram nada que não fosse verdade. Acho que ele não leu as manchetes dos jornais, nem as chamadas da TV. Praticamente todas elas induziram a população a correr em direção aos postos de vacina, sem necessidade para quem não mora em áreas de risco. E isso é a mais deslavada mentira.
Os jornalistas que assinaram a matéria da revista Época são doentes. Afirmam que o Ministério da Saúde só se preocupou em garantir para a população que não havia risco de epidemia. Acham que o governo se esqueceu de monitorar o excesso de vacinas, "mesmo quanto percebeu que até quem não precisava estava sendo imunizado".
Percebeu a sutileza de elefante?
A população é a culpada, o governo é o culpado, não a mídia, a revista época, a Rede Globo, o Correio Braziliense, a colunista Eliane Catanhêde, da Folha de S. Paulo e todos os jornaizinhos de província que macaqueiam as agências de notícias sem pestanejar.
Para fortalecer a "tese", a revista "pinça" alguns casos de ignorância absoluta entre a população. Um artista plástico, uma estudante filha de médico e até uma auxiliar de enfermagem. O artista plástico tomou a vacina e voltou seis dias depois. Ignorante, achou que "reforçaria" a vacina se tomasse uma segunda dose. O imbecil quase morre. A estudante e a auxiliar de enfermagem não sabiam a diferença entre febre amarela urbana e a forma silvestre. Ora, com uma população desinformada, ignorante e com a mídia criando pânico com suas manchetes alarmistas, a revista Época queria o quê?
O governo federal fez campanhas nas TVs, jornais e rádios. Mas os recursos são limitados. Se a mídia diariamente desinforma a população na contramão da informação oficial, e cria pânico por razões puramente políticas, não há verba publicitária que chegue.
A revista Época segue a linha da Rede Globo. Não faz jornalismo, apenas testa "hipóteses".
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O que mais me causa revolta é o nivel de irresponsabilidade e de impunidade na TV brasileira. Qualquer emissora, a seu interesse, pode declarar qualquer coisa, pois não existe nenhum tipo de punição dada a ela.
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