30 de janeiro de 2008
Para ler notícia da Folha tem que ter curso de especialização
Estou me especializando em leitura de notícias da Folha de S. Paulo. Um título me chamou a atenção na Folha online: "STF pode chamar Lula para depor no processo do mensalão". O título do blogueiro oficial, Josias de Souza, é parecido: "STF terá de decidir se ouve Lula sobre mensalão". São títulos parecidos porque ambos misturam o nome do presidente Lula ao caso do mensalão. Mas, a verdade é outra. O deputado malandro Roberto Jefferson, cassado e réu, por esperteza resolveu "arrolar" o presidente Lula como testemunha. Então, o título das matérias deveria ser: "Ex-deputado cassado tenta envolver nome de Lula no processo do mensalão". Os editores mensaleitros da Folha devem estar comemorando mais uma "missão cumprida".
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STF terá de decidir se ouve Lula sobre mensalão
Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no STF, terá de tomar uma decisão delicada: caberá ao ministro decidir se Lula deve ou não depor sobre o escândalo que sacudiu o governo dele em 2005. Deve-se a saia justa ao deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Acomodado no banco dos réus, Jefferson decidiu arrolar Lula como sua testemunha.
Nesta terça-feira, o ex-deputado confirmou os seus planos. Em texto veiculado no blog que mantém na rede, Jefferson explicou assim a sua decisão: “Falei com Lula duas vezes sobre o mensalão - da primeira, estávamos ele, eu e o ex-ministro Walfrido [dos Mares Guia]; da segunda, ele, eu, o ex-ministro Aldo Rebelo e o atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.”
Jefferson prossegue: Lula “pediu ao Chinaglia que apenas monitorasse os acontecimentos. O Brasil quer saber dele por que, como chefe de Estado, não remeteu a informação à PF ou à Procuradoria Geral da República, como deveria. Por que minimizou a denúncia, se omitindo? Por quê?”
A Justiça vai começar a ouvir as testemunhas arroladas pelos réus da “quadrilha” do mensalão só depois que os próprios acusados forem inquiridos. Por ora, prestaram depoimento apenas 19 réus. Há ainda 20 oitivas por fazer. Nesta terça (29) o Supremo divulgou um balanço da encrenca.
Concluída esta primeira fase, Joaquim Barbosa irá se debruçar sobre as listas de testemunhas arroladas pelos réus. Serão 312 no total – oito para cada acusado. É nessa hora que o relator terá de decidir se ouve ou não Lula, como quer Jefferson.
Embora cassado pela Câmara, Roberto Jefferson é presidente nacional do PTB. Uma legenda que, a despeito das turbulências mensaleiras, manteve-se associada ao consórcio governista. O ministro José Múcio, coordenador político de Lula, é filiado à legenda de Jefferson.
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STF terá de decidir se ouve Lula sobre mensalão
Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no STF, terá de tomar uma decisão delicada: caberá ao ministro decidir se Lula deve ou não depor sobre o escândalo que sacudiu o governo dele em 2005. Deve-se a saia justa ao deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Acomodado no banco dos réus, Jefferson decidiu arrolar Lula como sua testemunha.
Nesta terça-feira, o ex-deputado confirmou os seus planos. Em texto veiculado no blog que mantém na rede, Jefferson explicou assim a sua decisão: “Falei com Lula duas vezes sobre o mensalão - da primeira, estávamos ele, eu e o ex-ministro Walfrido [dos Mares Guia]; da segunda, ele, eu, o ex-ministro Aldo Rebelo e o atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.”
Jefferson prossegue: Lula “pediu ao Chinaglia que apenas monitorasse os acontecimentos. O Brasil quer saber dele por que, como chefe de Estado, não remeteu a informação à PF ou à Procuradoria Geral da República, como deveria. Por que minimizou a denúncia, se omitindo? Por quê?”
A Justiça vai começar a ouvir as testemunhas arroladas pelos réus da “quadrilha” do mensalão só depois que os próprios acusados forem inquiridos. Por ora, prestaram depoimento apenas 19 réus. Há ainda 20 oitivas por fazer. Nesta terça (29) o Supremo divulgou um balanço da encrenca.
Concluída esta primeira fase, Joaquim Barbosa irá se debruçar sobre as listas de testemunhas arroladas pelos réus. Serão 312 no total – oito para cada acusado. É nessa hora que o relator terá de decidir se ouve ou não Lula, como quer Jefferson.
Embora cassado pela Câmara, Roberto Jefferson é presidente nacional do PTB. Uma legenda que, a despeito das turbulências mensaleiras, manteve-se associada ao consórcio governista. O ministro José Múcio, coordenador político de Lula, é filiado à legenda de Jefferson.