8 de setembro de 2007

 

Quadrilha de lobistas ameaça deputados e tenta abortar CPI da Abril/Telefónica

Do que a Editora Abril tem medo? Na quarta-feira, 5, lobistas pressionavam parlamentares para que retirassem seus nomes do requerimento da CPI destinada a apurar a suspeita relação comercial entre o Grupo Abril e a empresa espanhola Telefônica. O jornalista Gustavo José Batista do Amaral, assessor de imprensa do Grupo Abril, chefiava a quadrilha. Os estranhos lobistas abordavam inclusive deputados que não tinham assinado o requerimento. Os lobistas chegavam aos parlamentares com a Agenda DIAP na mão, identificando os “alvos” pelas fotografias. É UM ESCÂNDALO essa intromissão indevida no Parlamento.

LEIA MATÉRIA DO SITE TRIBUNA PETISTA:

CPI Abril-Telefônica:Escandalosa Operação Tenta Abortar a CPI

A Editora Abril está em plena atividade para abortar a CPI da Abril-Telefônica. Quarta-feira (5) - dia de maior movimentação de parlamentares na Câmara Federal -, um grupo percorria as dependências da Casa, pedindo aos 182 deputados que assinaram o pedido da CPI que assinem outro documento, com um contra-pedido.

O jornalista Gustavo José Batista do Amaral, assessor de imprensa do Grupo Abril, que participava da ação, admitiu a coleta, mas disse que não sabia dizer quantas assinaturas tinham conseguido porque havia várias pessoas abordando os parlamentares. Amaral também reconheceu que o Grupo Abril não podia realizar a operação.

É possível que nem todos os coletadores sejam funcionários da Abril. O Vermelho identificou um deles, de nome Murilo, como trabalhando em uma "empresa de relações institucionais", que é como se designa às vezes em Brasília os lobistas. Mas a presença de Gustavo do Amaral estabelece uma estranha tentativa de interferência nos procedimentos normais de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, por parte da empresa que é um dos alvos principais da investigação.

Listas com fotos dos deputados

A força-tarefa trabalhava munida de exemplares da Agenda do Diap (publicação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, muito consultada pela riqueza de informações sobre os membros do Congresso). Trazia também papéis impressos com os nomes e fotografias de deputados, vários por página, aparentemente para facilitar a identificação.

No entanto, o grupo abordou inclusive deputados que não assinaram o requerimento de criação da CPI e que, portanto, não podem sustá-la. Foi o que aconteceu com o deputado Osório Adriano (DEM-DF). Ele disse, após ser abordado, que não havia assinado o requerimento, mas se tivesse não voltaria atrás. "Eu não retiro assinatura", explicou.

O mesmo ocorreu com a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA). A assessora de imprensa da parlamentar, Candice, confirmou que Elcione foi procurada "pelo Gustavo do Grupo Abril", para que assinasse o requerimento que susta a tramitação da CPI. Elcione alegou que não poderia assinar porque havia retirado, em tempo hábil, a assinatura do pedido de criação.

http://tribunapetista.blogspot.com/

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