31 de agosto de 2007
Jornalismo a serviço do autoritarismo
Foi-se o tempo em que jornalistas lutavam pela democracia e pela igualdade social. Atualmente, jornalistas e fotógrafos, quem diria, trabalham para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) de forma ilegal, chocante e inconstitucional.
A imprensa obedece à lógica de pressionar o STF para, por antecipação, condenar José Dirceu e outros acusados pelo nunca provado mensalão. Coisa assim só vi na antiga URSS de Stalin.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Em artigo intitulado “Três títulos e uma sentença”, publicado no site da Agência Carta Maior (http://www.agenciacartamaior.com.br/) o sociólogo afirma que é mais que simples coação ao STF.
O episódio desnuda o jornalismo como prática social autoritária.
O julgamento que decidirá se aceita ou não a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra 40 acusados de envolvimento com o nunca comprovado esquema do "mensalão" tem, como ponto nevrálgico, a legitimação da narrativa jornalística construída em oficinas de poucas famílias ricas e brancas.
Ressurge uma sucessão de relatos que nunca comportaram o princípio do contraditório. Em suma, o que os ministros da mais alta Corte do país têm em mãos é, acima de tudo, produto de um jornalismo de ilações e invenções, obra de manipulação contextual e de acusação sem apuração.
Trata-se de um a farsa que espera legitimação jurídica. Ou melhor, uma força que pretende legislar, submetendo o Judiciário aos mesmos constrangimentos impostos ao Executivo e ao Legislativo.
Simplificação grosseira que dispensa provas concretas, o "mensalão" é axioma caro ao Partido Mídia. Os grandes jornais, sem exceção, colocaram o Supremo contra a parede.
Quando o Poder Judiciário se desmoraliza o caminho está aberto para o golpe e a ditadura.
A imprensa obedece à lógica de pressionar o STF para, por antecipação, condenar José Dirceu e outros acusados pelo nunca provado mensalão. Coisa assim só vi na antiga URSS de Stalin.
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Em artigo intitulado “Três títulos e uma sentença”, publicado no site da Agência Carta Maior (http://www.agenciacartamaior.com.br/) o sociólogo afirma que é mais que simples coação ao STF.
O episódio desnuda o jornalismo como prática social autoritária.
O julgamento que decidirá se aceita ou não a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra 40 acusados de envolvimento com o nunca comprovado esquema do "mensalão" tem, como ponto nevrálgico, a legitimação da narrativa jornalística construída em oficinas de poucas famílias ricas e brancas.
Ressurge uma sucessão de relatos que nunca comportaram o princípio do contraditório. Em suma, o que os ministros da mais alta Corte do país têm em mãos é, acima de tudo, produto de um jornalismo de ilações e invenções, obra de manipulação contextual e de acusação sem apuração.
Trata-se de um a farsa que espera legitimação jurídica. Ou melhor, uma força que pretende legislar, submetendo o Judiciário aos mesmos constrangimentos impostos ao Executivo e ao Legislativo.
Simplificação grosseira que dispensa provas concretas, o "mensalão" é axioma caro ao Partido Mídia. Os grandes jornais, sem exceção, colocaram o Supremo contra a parede.
Quando o Poder Judiciário se desmoraliza o caminho está aberto para o golpe e a ditadura.