7 de julho de 2007
Presidente nacional do PT critica linchamento da mídia contra prefeito de Camaçari
Em entrevista concedida ao site “Portal do PT”, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, critica o linchamento moral das pessoas com base numa simples investigação. Ele se referia, especificamente, ao caso Luiz Carlos Caetano, prefeito de Camaçari. Preso algemado, a mídia deu manchetes. Provada a inocência a mídia se calou.
LEIA PERGUNTA E RESPOSTA SOBRE O CASO:
PORTAL DO PT - Após ser exposto a críticas e condenações na mídia, o prefeito petista de Camaçari (BA), Luiz Caetano, está fora da lista dos suspeitos da Operação Navalha. Na sua opinião, a imprensa não deveria dar o mesmo tratamento noticioso quando do surgimento da denúncia?
RICARDO BERZOINI - Esta notícia revela, em primeiro lugar, que precisa-se tomar muito cuidado antes de promover o linchamento moral das pessoas publicamente com base numa simples investigação. A nossa Constituição prevê que ninguém é culpado antes de um julgamento, e as pessoas que têm qualquer tipo de investigação, que é natural na democracia, deve ter a sua imagem preservada ao máximo possível.
E eu creio que a imprensa, como em outros casos, prefere divulgar a foto do cidadão algemado, injustamente algemado, e não divulgar quando a própria ministra do STJ exclui Camaçari do inquérito e determina que a Justiça estadual investigue eventuais problemas na prefeitura, que muito provavelmente não ocorreram na gestão do Luiz Caetano.
E mesmo que tivesse ocorrido, não é possível fazer o nexo de responsabilidade imediata com o prefeito se tiver ocorrido algo em escalão inferior que ele possa não ter conhecimento. Mas eu creio que esta notícia mostra que as investigações são importantes.
O Brasil precisa ampliar o combate à corrupção, como tem ampliado no governo Lula, mas é preciso tomar cuidado com a imagem das pessoas, porque nada paga depois o trauma da família, dos amigos ou mesmo dos correligionários do partido.
LEIA PERGUNTA E RESPOSTA SOBRE O CASO:
PORTAL DO PT - Após ser exposto a críticas e condenações na mídia, o prefeito petista de Camaçari (BA), Luiz Caetano, está fora da lista dos suspeitos da Operação Navalha. Na sua opinião, a imprensa não deveria dar o mesmo tratamento noticioso quando do surgimento da denúncia?
RICARDO BERZOINI - Esta notícia revela, em primeiro lugar, que precisa-se tomar muito cuidado antes de promover o linchamento moral das pessoas publicamente com base numa simples investigação. A nossa Constituição prevê que ninguém é culpado antes de um julgamento, e as pessoas que têm qualquer tipo de investigação, que é natural na democracia, deve ter a sua imagem preservada ao máximo possível.
E eu creio que a imprensa, como em outros casos, prefere divulgar a foto do cidadão algemado, injustamente algemado, e não divulgar quando a própria ministra do STJ exclui Camaçari do inquérito e determina que a Justiça estadual investigue eventuais problemas na prefeitura, que muito provavelmente não ocorreram na gestão do Luiz Caetano.
E mesmo que tivesse ocorrido, não é possível fazer o nexo de responsabilidade imediata com o prefeito se tiver ocorrido algo em escalão inferior que ele possa não ter conhecimento. Mas eu creio que esta notícia mostra que as investigações são importantes.
O Brasil precisa ampliar o combate à corrupção, como tem ampliado no governo Lula, mas é preciso tomar cuidado com a imagem das pessoas, porque nada paga depois o trauma da família, dos amigos ou mesmo dos correligionários do partido.