15 de junho de 2007
Correio da Bahia usa linguagem dos militares radicais da reserva
O Correio da Bahia na sua edição de 14/06/07 deu o título: “Governo brasileiro promove terrorista a general”. Faz sentido a linguagem do jornal Correio da Bahia. É a mesma linguagem dos militares radicais de direita que defendem o assassinato do capitão Lamarca, em 1971, em Pintadas, localidade do município de Ipupiara, no sertão da Bahia. Faz sentido, até porque o governador (?) nomeado naquela época era o hoje senador Antônio Carlos Magalhães, dono do jornal, conhecido lambe-botas que fez carreira com a ditadura militar.
O capitão Carlos Lamarca, para combater a ditadura militar, aderiu à luta armada na década de 1970. A ditadura militar praticava um violento terrorismo, com prisões, torturas, seqüestros e assassinatos de presos políticos. Terroristas eram os militares. Não havia clima para oposição legal no Brasil.
Depois de tentar a resistência armada no Vale da Ribeira em São Paulo, Lamarca se deslocou para as proximidades de Brotas de Macaúbas. Foi cercado, perseguido e executado. O laudo pericial do IML da Bahia, descoberto 25 anos depois por brilhante reportagem de Bernardino Furtado, do jornal O Globo, provou que Lamarca levou cinco tiros pelas costas e um tiro de misericórdia no coração.
Lamarca foi assassinado pelo major Nilton Cerqueira. O Exército Brasileiro foi responsável pela morte do guerrilheiro que combatia a ditadura militar. Cabe à União indenizar a família. É justo. R$ 300 mil por uma vida é muito pouco, é simbólico. Lamarca foi anistiado, sua viúva recebia pensão equivalente à patente de capitão, a Justiça decidiu que tinha direito a receber pensão equivalente à progressão da carreira, logo, como general.
O editor do Correio é tão ignorante que sequer sabe o que é terrorismo.
O capitão Carlos Lamarca, para combater a ditadura militar, aderiu à luta armada na década de 1970. A ditadura militar praticava um violento terrorismo, com prisões, torturas, seqüestros e assassinatos de presos políticos. Terroristas eram os militares. Não havia clima para oposição legal no Brasil.
Depois de tentar a resistência armada no Vale da Ribeira em São Paulo, Lamarca se deslocou para as proximidades de Brotas de Macaúbas. Foi cercado, perseguido e executado. O laudo pericial do IML da Bahia, descoberto 25 anos depois por brilhante reportagem de Bernardino Furtado, do jornal O Globo, provou que Lamarca levou cinco tiros pelas costas e um tiro de misericórdia no coração.
Lamarca foi assassinado pelo major Nilton Cerqueira. O Exército Brasileiro foi responsável pela morte do guerrilheiro que combatia a ditadura militar. Cabe à União indenizar a família. É justo. R$ 300 mil por uma vida é muito pouco, é simbólico. Lamarca foi anistiado, sua viúva recebia pensão equivalente à patente de capitão, a Justiça decidiu que tinha direito a receber pensão equivalente à progressão da carreira, logo, como general.
O editor do Correio é tão ignorante que sequer sabe o que é terrorismo.