7 de maio de 2007

 

O PAC vai calando os "formadores de opinião"

A melhor avaliação até agora sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi feita pelo insuspeito ex-deputado Delfim Netto, na revista Carta Capital (02/05/07).

Para ele, o PAC cumpriu seu objetivo inicial, que foi o de consolidar a idéia de que só um aumento dos investimentos e a melhoria do ambiente geral de negócios, acompanhados, claro, pela continuidade das políticas públicas que estimulem a igualdade de oportunidade para todo cidadão, poderão melhorar o bem-estar da sociedade.

Evidentemente, Delfim Netto fala dentro dos limites do capitalismo.

As críticas da mídia chegam a ser injustas ou de má-fé, diria eu, na pior hipótese. Os conhecidos “formadores de opinião” fazem brincadeira, banalizam, alguns achincalham.

Mas, as críticas da mídia perderam força desde a posse (27/04/07) de Luciano Coutinho na presidência do BNDES. Ele veio para dar apoio à execução do PAC, contribuir para a implementação de uma política industrial que dinamize a economia, acelere a criação de empregos e promova a igualdade de oportunidades.

Isso significa que o BNDES deve priorizar agroindústria, microletrônica, desenvolvimento de softwares e produção de bens de capital. Em resumo, aumentar os investimentos.

O governador Jaques Wagner entendeu que a redução das desigualdades regionais é fundamental para o sucesso do PAC, daí o cerco ao presidente Lula em Brasília.

Mais que fazer avaliação geral do PAC, o motivo da audiência de Wagner com Lula foi discutir as obras do PAC na Bahia. Elas são conhecidas. Recuperação das rodovias BR-116 e BR-324 que cortam o Estado, e os dois projetos de construção de rodovias – uma de 600 kms de extensão ligando o oeste ao litoral, outra de 17 kms ligando Camaçari ao Porto de Aratu.

Embora o presidente Lula tenha usado mais uma daquelas frases de efeito – quero velocidade de cruzeiro para o PAC – a análise dos 1.646 empreendimentos na área da infraestrutura previsto no PAC concluiu que 52,2% têm andamento adequado. E 39,1% dos projetos demandam atenção porque estão levemente atrasados, sendo que apenas 8% das obras são classificadas como “preocupantes”.

Não é negativo, portanto, o primeiro balanço do PAC. A mídia adoraria que fosse. Daria manchetes contra o presidente Lula.

Vão ter que engolir.

Comments:
Caro editor do Bahia de Fato,
Gostaria de parebenizar pelo exelente conteudo de seu blog, e te apresentar um feito aqui em Ilhéus.
Se for posível coloque nosso link no seu blog. Já temos o seu no nosso.
Um abraço
Gerson
 
olá, sobre o PAC, hoje pela manhã você viu o comentário que a Míria Leitão fez no "Bom Dia Brasil"?
segue o link... um abraço!
http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1534366-3685-673775-1534366-26265,00.html

Gleisson
 
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