6 de maio de 2007
Lula afirma soberania do Brasil ao quebrar patente de remédio contra AIDS
O Governo Lula veio para ficar na História do Brasil, para desgosto da turma do “quanto pior melhor”. O presidente decidiu assinar o licenciamento compulsório do medicamento anti-AIDS chamado Efavirenz, fabricado e comercializado pelo laboratório norte-americano Merck Sharp & Dhome.
O remédio é utilizado no tratamento de 75 mil portadores do vírus HIV no Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente Lula afirma assim a soberania do país. É o primeiro presidente a tomar tal atitude.
A bem da verdade, o laboratório norte-americano vinha auferindo lucros extorsivos às custas dos brasileiros portadores de AIDS, porque vendia aqui o medicamento 136% a mais comparado com o preço vendido à Tailândia.
Donos do mundo, os norte-americanos se negavam a negociar preços mais razoáveis. O Brasil teria que desembolsar US$ 43 milhões à Merck somente em 2007. Com a medida o país vai economizar cerca de 72%.
PREÇOS ERAM EXTORSIVOS
O presidente Lula foi muito claro: "Não importa se a firma é americana, alemã, brasileira, francesa ou argentina. O dado concreto é que o Brasil não pode ser tratado como um país que não merece ser respeitado. Ou seja, pagamos US$ 1,60 quando o mesmo remédio é vendido para outro país a US$ 0,60. É uma coisa grosseira, não só do ponto de vista ético, mas do ponto de vista político e econômico. É um desrespeito. Como se o doente brasileiro fosse inferior a um doente da Malásia", afirmou.
A decisão brasileira fortalece nosso programa de combate à AIDS, reconhecido internacionalmente. Pela excelência do programa, o acesso da população ao medicamento aumentou. Em 1999 apenas 2.500 pessoas utilizavam o remédio, hoje são 75 mil, de acordo com o Ministério da Saúde.
NOTÍCIA RUIM PARA EXPLORADORES
A contragosto, a notícia ganhou as manchetes dos principais jornais do país. A oposição à direita e à esquerda silenciou muito convenientemente. Em desespero, a Merck ainda tentou apresentar uma proposta de desconto de 30%. Mas, a segurança na saúde falou mais alto. Para não romper com os norte-americanos seria necessário um desconto de 60%, no mínimo.
Há mais notícia ruim para a indústria de medicamentos. O presidente Lula avaliou que, se for preciso, o Brasil vai tomar a mesma decisão em relação às empresas produtoras de medicamentos se não houver "preços justos".
NOTICIÁRIO ENVERGONHADO
Foi o ex-ministro José Dirceu em seu blog que chamou a atenção.para o noticiário sobre a quebra da patente. Nas chamadas, editoriais e nas entrelinhas das matérias dos jornalões notou-se um apoio envergonhado, quase que um apoio à Merck norte-americana.
A Folha escreveu “Patente quebrada”. O Estadão deu a manchete “Brasil quebra patente e causa reação nos EUA”. Entenderam o detalhe da “reação”? O jornal O Globo deu “Brasil quebra patente de anti-AIDS”. Noticiário frio, uma tristeza essa nossa mídia.
É por isso que precisamos de uma TV pública.
Entre o capital estrangeiro e a saúde do povo brasileiro, a mídia nacional fica com o capital estrangeiro. São capitalistas selvagens, golpistas, reacionários.
O remédio é utilizado no tratamento de 75 mil portadores do vírus HIV no Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente Lula afirma assim a soberania do país. É o primeiro presidente a tomar tal atitude.
A bem da verdade, o laboratório norte-americano vinha auferindo lucros extorsivos às custas dos brasileiros portadores de AIDS, porque vendia aqui o medicamento 136% a mais comparado com o preço vendido à Tailândia.
Donos do mundo, os norte-americanos se negavam a negociar preços mais razoáveis. O Brasil teria que desembolsar US$ 43 milhões à Merck somente em 2007. Com a medida o país vai economizar cerca de 72%.
PREÇOS ERAM EXTORSIVOS
O presidente Lula foi muito claro: "Não importa se a firma é americana, alemã, brasileira, francesa ou argentina. O dado concreto é que o Brasil não pode ser tratado como um país que não merece ser respeitado. Ou seja, pagamos US$ 1,60 quando o mesmo remédio é vendido para outro país a US$ 0,60. É uma coisa grosseira, não só do ponto de vista ético, mas do ponto de vista político e econômico. É um desrespeito. Como se o doente brasileiro fosse inferior a um doente da Malásia", afirmou.
A decisão brasileira fortalece nosso programa de combate à AIDS, reconhecido internacionalmente. Pela excelência do programa, o acesso da população ao medicamento aumentou. Em 1999 apenas 2.500 pessoas utilizavam o remédio, hoje são 75 mil, de acordo com o Ministério da Saúde.
NOTÍCIA RUIM PARA EXPLORADORES
A contragosto, a notícia ganhou as manchetes dos principais jornais do país. A oposição à direita e à esquerda silenciou muito convenientemente. Em desespero, a Merck ainda tentou apresentar uma proposta de desconto de 30%. Mas, a segurança na saúde falou mais alto. Para não romper com os norte-americanos seria necessário um desconto de 60%, no mínimo.
Há mais notícia ruim para a indústria de medicamentos. O presidente Lula avaliou que, se for preciso, o Brasil vai tomar a mesma decisão em relação às empresas produtoras de medicamentos se não houver "preços justos".
NOTICIÁRIO ENVERGONHADO
Foi o ex-ministro José Dirceu em seu blog que chamou a atenção.para o noticiário sobre a quebra da patente. Nas chamadas, editoriais e nas entrelinhas das matérias dos jornalões notou-se um apoio envergonhado, quase que um apoio à Merck norte-americana.
A Folha escreveu “Patente quebrada”. O Estadão deu a manchete “Brasil quebra patente e causa reação nos EUA”. Entenderam o detalhe da “reação”? O jornal O Globo deu “Brasil quebra patente de anti-AIDS”. Noticiário frio, uma tristeza essa nossa mídia.
É por isso que precisamos de uma TV pública.
Entre o capital estrangeiro e a saúde do povo brasileiro, a mídia nacional fica com o capital estrangeiro. São capitalistas selvagens, golpistas, reacionários.