22 de março de 2013

 

Apesar da mídia, Dilma lidera nas pesquisas de opinião


O resultado das pesquisas de opinião indica que a maioria do povo brasileiro não acredita na mensagem da mídia hegemônica: anti-petista, anti-lulista, anti-dilmista. O PT sobe, Lula está nos píncaros, e Dilma mais popular que nunca.
O mais recente ataque veio da Folha de S. Paulo, tentando provar que o programa Bolsa Família não tira as pessoas da miséria e sequer garante a dieta básica. Duas manchetes da Folha (10/03/2013) sintetizam o ataque: “Renda para sair da miséria não paga nem dieta básica” e “Plano alimentar mínimo é rico em calorias, mas pobre em nutrientes”.

Os leitores certamente estão agradecidos por tanta obviedade. Como sempre faz, depois de garantidas as manchetes, a Folha lá no pé da página explica que as pessoas que ganham menos que R$ 70 não morreriam de fome. Na cidade os “miseráveis” usam restaurantes populares – refeições a R$ 1,25 – no campo se alimentam do que plantam e colhem.
Os R$ 70 per capita que a “gestão Dilma Rousseff” estabeleceu como linha de corte para erradicar a miséria são insuficientes para comprar alimentos da dieta mínima recomendada pelo Ministério Público, com base em estudos internacionais. Seriam necessários R$ 131,1 mensais e não apenas R$ 70.

Ao aumentar a popularidade da presidenta Dilma, o povo prova que não pensa como o jornalismo-moleque da Folha. É melhor R$ 70 per capita do Bolsa Família que nada.  As duas reportagens da Folha tem claramente o viés de oposição política. Elas miram na desmoralização do Bolsa Família, na popularidade de Dilma Rousseff, na sucessão presidencial de 2014.
Pelo texto da Folha de S. Paulo não há saída. O Bolsa Família não serve e qualquer critério para traçar a linha de pobreza está errado porque não há unanimidade. Pela idéia da Folha, a conseqüência lógica é a de que o programa Bolsa Família com aqueles R$ 70 nada resolve. A posição da direita tende a pregar o fim do programa. A posição da esquerda tende a defender o programa e lutar para que o valor do benefício aumente sempre, com fiscalização das condicionalidades como garantir a freqüência das crianças nas escolas.

A Folha tenta transformar uma discussão técnica nutricional em discurso político. Lista o almoço mínimo e o contrapõe ao almoço possível; o plano alimentar mínimo é rico em calorias, mas pobres em nutrientes etc etc. Ora, por este caminho, os filhos dos ricos que freqüentam o MacDonalds e sua dieta calórica são desnutridos. Coitados.
De fato, o Brasil precisa de jornais mais sérios. E apesar da mídia, Dilma lidera em popularidade. Um desespero para a minoria que vive de jornalismo-molecagem.

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