9 de novembro de 2012
Educadora baiana vence 8ª edição do prêmio Empreendedor Social, promovido pela Folha e Fundação Schwab
Cybele Oliveira, educadora formada pela UFBA, sagrou-se vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2012, que tem por objetivo “disseminar idéias e soluções socioambientais para um novo Brasil”. No Vale do Capão, Chapada Diamantina, fundou em 2005 o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, interferindo decisivamente na qualidade do ensino em 20 municípios, com programa de formação continuada de professores e gestores.
Segundo a jornalista Mariana Bergel, enviada especial à Chapa Diamantina, à frente do ICEP Cybele Oliveira é a responsável pelos resultados notáveis em educação alcançados na região nos últimos anos. Hoje, os três melhores IDEB`s (Índice de desenvolvimento de Educação Básica) da Bahia são de municípios da rede do Instituto Chapada: Boa Vista do Tupim (5,8), Piatã (5,3) e Ibitiara ((5). À frente do ICEP, há 16 anos ela se dedica a erradicar o analfabetismo e formar leitores e escritores autônomos.
Segundo a repórter da Folha de S. Paulo, “trata-se do primeiro e único lugar do Brasil com uma iniciativa concreta, de caráter apartidário, que mobiliza e integra prefeituras, secretarias de educação municipais, escolas, população e até políticos para pensar propostas para educação municipal, além de monitorar sua efetivação. “Essa integração, vale lembrar, dá-se em região marcada pelo coronelismo e pela perpetuação da ignorância entre os menos favorecidos”.
Em anos eleitorais o ICEP promove o DIA E – Campanha Chapada e Semiárido pela Educação – quando candidatos a vereador e a prefeito da região assistida assinam termo de compromisso para priorizar as propostas do ICEP de educação. Além da mobilização política, o ICEP segue duas linhas de ação: a formação continuada de professores e a produção de conhecimento.
O resultado é surpreendente. A Chapada tem alto índice de analfabetismo funcional em seus 33 municípios. O IDEB aponta que das 400 piores escolas em 2007, 283 pioraram em 2011 e delas 34% estão na Bahia. Pela SEI (Secretaria do Planejamento), no Índice de Desenvolvimento Social a Chapada é a última colocada. Dentro desta realidade de herança escravagista 4,3 foi a nota média na 4ª série/5º ano das escolas públicas no IDEB 2011 em 19 municípios em que o ICEP atua, ultrapassando em 19% a meta de 3,63. É preciso notar que a média baiana para o mesmo grupo foi de 3,9 para uma meta de 3,3. No Brasil, as médias/metas foram de 4,7 e 4,4 respectivamente.
Toda essa revolução no ensino público, Cybele Oliveira começou no povoado de Caeté-Açu, no Vale do Capão, distrito de Palmeiras. Foi na vila que começou o programa de auxílio a professores, com o apoio da Associação de Pais, Educadores e Agricultores de Caeté-Açu. Ela foi escolhida por um júri de oito jurados, formado por representantes de empresas, governo e sociedade civil. Entre os critérios para escolha estão: inovação, sustentabilidade, impacto social direto, influência em políticas públicas, perfil de empreendedor social, alcance e abrangência e efeito multiplicador. Não é fácil.
Fonte: Caderno especial Empreendedor Social, da Folha de S. Paulo.
Segundo a jornalista Mariana Bergel, enviada especial à Chapa Diamantina, à frente do ICEP Cybele Oliveira é a responsável pelos resultados notáveis em educação alcançados na região nos últimos anos. Hoje, os três melhores IDEB`s (Índice de desenvolvimento de Educação Básica) da Bahia são de municípios da rede do Instituto Chapada: Boa Vista do Tupim (5,8), Piatã (5,3) e Ibitiara ((5). À frente do ICEP, há 16 anos ela se dedica a erradicar o analfabetismo e formar leitores e escritores autônomos.
Segundo a repórter da Folha de S. Paulo, “trata-se do primeiro e único lugar do Brasil com uma iniciativa concreta, de caráter apartidário, que mobiliza e integra prefeituras, secretarias de educação municipais, escolas, população e até políticos para pensar propostas para educação municipal, além de monitorar sua efetivação. “Essa integração, vale lembrar, dá-se em região marcada pelo coronelismo e pela perpetuação da ignorância entre os menos favorecidos”.
Em anos eleitorais o ICEP promove o DIA E – Campanha Chapada e Semiárido pela Educação – quando candidatos a vereador e a prefeito da região assistida assinam termo de compromisso para priorizar as propostas do ICEP de educação. Além da mobilização política, o ICEP segue duas linhas de ação: a formação continuada de professores e a produção de conhecimento.
O resultado é surpreendente. A Chapada tem alto índice de analfabetismo funcional em seus 33 municípios. O IDEB aponta que das 400 piores escolas em 2007, 283 pioraram em 2011 e delas 34% estão na Bahia. Pela SEI (Secretaria do Planejamento), no Índice de Desenvolvimento Social a Chapada é a última colocada. Dentro desta realidade de herança escravagista 4,3 foi a nota média na 4ª série/5º ano das escolas públicas no IDEB 2011 em 19 municípios em que o ICEP atua, ultrapassando em 19% a meta de 3,63. É preciso notar que a média baiana para o mesmo grupo foi de 3,9 para uma meta de 3,3. No Brasil, as médias/metas foram de 4,7 e 4,4 respectivamente.
Toda essa revolução no ensino público, Cybele Oliveira começou no povoado de Caeté-Açu, no Vale do Capão, distrito de Palmeiras. Foi na vila que começou o programa de auxílio a professores, com o apoio da Associação de Pais, Educadores e Agricultores de Caeté-Açu. Ela foi escolhida por um júri de oito jurados, formado por representantes de empresas, governo e sociedade civil. Entre os critérios para escolha estão: inovação, sustentabilidade, impacto social direto, influência em políticas públicas, perfil de empreendedor social, alcance e abrangência e efeito multiplicador. Não é fácil.
Fonte: Caderno especial Empreendedor Social, da Folha de S. Paulo.
