6 de novembro de 2012

 

ACM Neto é um legítimo representante de antiga oligarquia baiana

A referência está no jornal Valor (06/11), na coluna Política, assinada pelo jornalista Raymundo Costa. O título do artigo é “Nem sempre o novo significa renovação”. O comentário bate com o dito do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo o qual “ser jovem não assegura necessariamente ser portador de mensagem renovadora”

O jornalista Raymundo Costa escreveu: “Na safra de jovens eleitos ou que despontaram nas eleições, alguns são legítimos representantes de oligarquias há longo tempo assentadas. O exemplo mais evidente é o de Antônio Carlos Magalhães Neto, 33 anos, herdeiro político do velho ACM, morto em 2007”.

O jornalista prossegue: “ACM, o avô, fez da truculência sua marca. O melhor exemplo nem é o de sua famosa briga com o paraense Jader Barbalho, que acabou com a renúncia dos dois ao mandato que exerciam no Senado. É a cena do “dono da Bahia” atravessando a rua que separa o Congresso do Palácio do Planalto para “peitar” FHC: o presidente decidira intervir no antigo Banco Econômico”.

Ainda da lavra de Raymundo Costa: “Oligarca, patrimonialista, ACM no entanto sempre teve a faculdade de escolher bons quadros: fez sucessores no governo da Bahia, técnicos como o ex-governador Paulo Souto, que deixaram o cargo bem avaliados. ACM Neto não deve ser julgado desde já pelo que seu avô tinha de antigo, nem pelo que os “modernos” julgavam um bom faro para escolher nomes novos para a política baiana, desde que fiéis. Isso quem dirá é o próprio Neto, cujas dificuldades à frente não são poucas: ele assume a prefeitura de Salvador por um partido de oposição e enormes problemas financeiros”.

O comentário do jornalista Raymundo Costa só peca por alguns detalhes.

ACM, o avô, era truculento, mas podia ser truculento. ACM Neto ao ameaçar “dar uma surra” no presidente da República é também truculento, mas soa mais como comédia e fanfarronice.

Outro detalhe que escapa a Raymundo Costa. Se Paulo Souto tivesse saído do governo bem avaliado, não teria perdido para Jaques Wagner logo no primeiro turno em 2006. Quem perdeu a eleição, como Paulo Souto perdeu, saiu muito mal avaliado. Aliás, Paulo Souto faz parte da equipe de ACM Neto, que nem na assessoria consegue renovar.

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