15 de maio de 2012

 

Padre Renzo, que visitava os presos políticos na ditadura, ganha documentário

O suplente de deputado federal, Emiliano José (PT) está na Itália, mais exatamente em Firenze, participando da produção de um documentário sobre o padre italiano Renzo Rossi. O sacerdote, que já está aposentado, com 86 anos, ajudava os presos políticos de 14 presídios durante a ditadura militar iniciada com o golpe de 1964. O documentário é inspirado no livro “As Asas Invisíveis do Padre Renzo”, da autoria de Emiliano José. O documentário está sendo produzido pela TVE, em parceria com a TV Brasil. Padre Renzo tornou-se peça chave na articulação das greves de fome dos presos políticos e levava conforto às famílias dos “desaparecidos”, por meio de cartas escondidas que driblavam a vigilância carcerária.

Emiliano José é o idealizador do projeto. As passagens de Padre Renzo pelas prisões da ditadura foram um exercício de amor e terror. O sacerdote viu a morte, o desespero dos combatentes, de mulheres e crianças submetidas a torturas sem limites. À frente da TVE, Pola Ribeiro, cineasta e diretor de O jardim das folhas sagradas, aceitou o desafio de documentar a vida do "peregrino das catacumbas", e abraçou a ideia, assim como o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação – EBC, Nelson Breve Dias.

O documentário está sendo dirigido por Henrique Andrade e Jorge Felipe, da produtora baiana Santo Guerreiro. Os depoimentos já começaram a ser gravados em Firenze, cidade italiana onde Renzo Rossi nasceu e se consagrou sacerdote. Dividido em duas etapas, o roteiro inclui entrevistas com parentes, amigos e pessoas que estiveram presas durante o regime ditatorial.

O documentário segue a linha do Governo Dilma Rousseff, disposto a resgatar a memória dos anos de chumbo com a Comissão Nacional da Verdade. Ao longo de 21 anos de ditadura, cerca de 500 mil pessoas foram perseguidas, despedidas dos empregos, 60 mil passaram pelas prisões, 30 mil foram torturadas nos subterrâneos dos estabelecimentos militares, 10 mil foram obrigadas a se exilar no estrangeiro e pelo menos 400 combatentes foram mortos na tortura.

LEIA MAIS NO SITE DE EMILIANO
http://www.emilianojose.com.br/

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?