4 de abril de 2012
Falta alguém em Nuremberg
O escritor e professor
Emiliano José (PT), atualmente suplente de deputado federal, lembra em artigo
no site da revista Carta Capital que “Falta alguém em Nuremberg”. É o título de
um livreto da autoria do jornalista Davi Nasser, já falecido, fazendo
referência ao nazista Filinto Muller, o comandante das torturas no Estado Novo,
de Vargas, que acabou virando senador da República. Pois após a derrota da
ditadura militar de 1964, faltam muitos em Nuremberg, torturadores, criminosos que
mataram e desapareceram com os corpos de opositores ao regime, que andam por
aí, como se não fossem responsáveis por torturas e mortes.
Se um artigo de Emiliano José no jornal A Tarde provocou a ira de militares de pijama e reações irracionais publicadas na seção Cartas do Leitor, imagine o que vai provocar o novo texto em se tratando da revista Carta Capital, de alcance nacional. O fato é que o pijamato, militares aposentados reunidos em clubes sem poder mas com cobertura na mídia, não se conforma com o advento da Comissão da Verdade, defendida arduamente por Emiliano José. Não há como justificar ditaduras, torturas, assassinatos nos porões, desaparecimentos de corpos, cabeças cortadas de combatentes, sequestro de crianças, o terror instalado de 1964 a 1985.
Se um artigo de Emiliano José no jornal A Tarde provocou a ira de militares de pijama e reações irracionais publicadas na seção Cartas do Leitor, imagine o que vai provocar o novo texto em se tratando da revista Carta Capital, de alcance nacional. O fato é que o pijamato, militares aposentados reunidos em clubes sem poder mas com cobertura na mídia, não se conforma com o advento da Comissão da Verdade, defendida arduamente por Emiliano José. Não há como justificar ditaduras, torturas, assassinatos nos porões, desaparecimentos de corpos, cabeças cortadas de combatentes, sequestro de crianças, o terror instalado de 1964 a 1985.
Esse pessoal do pijamato
deve estar com a consciência culpada. Seus filhos e netos não vão gostar de
saber que seus pais são assassinos. Como não resgatar a verdade? Não tomar
conhecimento por crimes cometidos por agentes do Estado brasileiro? Como não
dar nome aos criminosos? Não é possível apagar a História. A Lei da Anistia não
alcança crimes imprescritíveis. O Brasil ficou para trás neste quesito. Na
Argentina, Videla foi preso. No Chile, Pinochet foi preso. O Uruguai prendeu
seus torturadores.
O Tribunal de Nuremberg
julgou os criminosos nazistas da Segunda Guerra Mundial. No Brasil, faltam
muito em Nuremberg.
LEIA A ÍNTEGRA PUBLICADA NO SITE DA REVISTA.
http://www.emilianojose.com.br/?event=Site.dspNoticiaDetalhe¬icia_id=1194