6 de dezembro de 2011
Marighella, herói brasileiro, é anistiado
Terrorista, revolucionário, inimigo número 1 da ditadura militar. Na data em que completaria 100 anos de nascimento, o ex-deputado e líder da ALN, Carlos Marighella recebe mais um título: o de anistiado brasileiro. Nesta segunda-feira, 05, em sessão especial realizada no Teatro Vila Velha, em Salvador, a Comissão de Anistia pediu desculpas oficialmente, em nome do estado brasileiro, aos familiares de Carlos Marighella pelo seu assassinato, concedendo a anistia "post mortem" ao revolucionário baiano. Presente à mesa que homenageou o líder da Aliança Libertadora Nacional, o deputado federal e autor do livro Marighella: inimigo número 1 da ditadura militar emocionou-se: "Vivemos hoje aqui um momento especial, emocionante, fruto da luta do povo brasileiro, que reconhece em sua gente tantos heróis, como Carlos Marighella", afirmou.
"Marighella foi um sujeito extremamente corajoso, mas que sabia rir como ninguém e que, desde cedo, apaixonou-se pela revolução e nunca deixou de lado a perspectiva de mudar o Brasil”, lembrou também Emiliano José. Ex-preso político, o integrante do Comitê Estadual da Verdade Carlos Zanetti também falou sobre algumas das características do líder da ALN. “Figura que expressa garra, resistência e delicadeza com a humanidade”.
Durante a cerimônia, que contou com a presença do governador Jaques Wagner, dos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA), do ex-governador Waldir Pires, além de vários deputados, intelectuais, artistas e representantes de entidades e movimentos sociais, como o Grupo Tortura Nunca Mais/BA, a figura de um Marighella alegre e, sobretudo, companheiro, foi destacada pela viúva Clara Charf. "Ele dividia até as tarefas domésticas comigo e adorava brincar com as crianças das famílias que nos hospedava na época da clandestinidade, fazia brinquedos para elas". Além da companheira, esteve presente o filho do revolucionário, Carlos Augusto Marighella, netos e outros familiares.
Trajetória
Nascido em Salvador, no dia 05 de dezembro de 1911, Marighella, ainda adolescente, já questionava criticamente o capitalismo, sistema que ele identificava como responsável pelas desigualdades, injustiças e demais mazelas sociais. Anos depois, o revolucionário escreveria: "Como homem do povo, escolhi cedo o caminho, que só podia ser o da luta pela liberdade".
No final da cerimônia, Carlinhos Marighella pediu ajuda dos presentes, em especial do governador, para a criação do "Memorial Carlos Marighella" em Salvador. "É preciso desmistificar essa mentira (de que Marighella era um terrorista)", cobrou, sendo muito aplaudido. Em reposta, o governador se comprometeu em ajudar na criação do memorial, informando que o governo está procurando um imóvel no centro da capital baiana para instalá-lo.
À noite, ainda foi exibido no Cine Glauber Rocha o documentário Marighella, produzido pela sobrinha Isa Grispum e finalista do Festival do Rio e da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. As cenas, narradas pelo ator Lázaro Ramos, traçam um retrato emocionado do líder político baiano.
Fonte: Site deputado Emiliano José (PT-BA)
"Marighella foi um sujeito extremamente corajoso, mas que sabia rir como ninguém e que, desde cedo, apaixonou-se pela revolução e nunca deixou de lado a perspectiva de mudar o Brasil”, lembrou também Emiliano José. Ex-preso político, o integrante do Comitê Estadual da Verdade Carlos Zanetti também falou sobre algumas das características do líder da ALN. “Figura que expressa garra, resistência e delicadeza com a humanidade”.
Durante a cerimônia, que contou com a presença do governador Jaques Wagner, dos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA), do ex-governador Waldir Pires, além de vários deputados, intelectuais, artistas e representantes de entidades e movimentos sociais, como o Grupo Tortura Nunca Mais/BA, a figura de um Marighella alegre e, sobretudo, companheiro, foi destacada pela viúva Clara Charf. "Ele dividia até as tarefas domésticas comigo e adorava brincar com as crianças das famílias que nos hospedava na época da clandestinidade, fazia brinquedos para elas". Além da companheira, esteve presente o filho do revolucionário, Carlos Augusto Marighella, netos e outros familiares.
Trajetória
Nascido em Salvador, no dia 05 de dezembro de 1911, Marighella, ainda adolescente, já questionava criticamente o capitalismo, sistema que ele identificava como responsável pelas desigualdades, injustiças e demais mazelas sociais. Anos depois, o revolucionário escreveria: "Como homem do povo, escolhi cedo o caminho, que só podia ser o da luta pela liberdade".
No final da cerimônia, Carlinhos Marighella pediu ajuda dos presentes, em especial do governador, para a criação do "Memorial Carlos Marighella" em Salvador. "É preciso desmistificar essa mentira (de que Marighella era um terrorista)", cobrou, sendo muito aplaudido. Em reposta, o governador se comprometeu em ajudar na criação do memorial, informando que o governo está procurando um imóvel no centro da capital baiana para instalá-lo.
À noite, ainda foi exibido no Cine Glauber Rocha o documentário Marighella, produzido pela sobrinha Isa Grispum e finalista do Festival do Rio e da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. As cenas, narradas pelo ator Lázaro Ramos, traçam um retrato emocionado do líder político baiano.
Fonte: Site deputado Emiliano José (PT-BA)