28 de agosto de 2011

 

Cigarro mata com 6 mil substâncias tóxicas, além da cancerígena nicotina


Do alto de meus 66 anos, posso comemorar 26 anos sem o veneno do cigarro. Aos 40 compreendi a armadilha da indústria e me libertei do vício. Quando parei de fumar, parei de aspirar e acumular em meus pulmões, além da cancerígena nicotina, boa porção de monóxido de carbono, arsênio, DDT, cádmio, carbono 14 e polônio 210, além de 6 mil substâncias catalogadas.

A Ciência progrediu no desvendamento do crime contra a humanidade que é a indústria do tabaco, em contrapartida, a indústria transgênica do tabaco se refinou na arte de matar: hoje, os cigarros têm duas vezes mais alcatrão, 4,5 vezes mais nicotina, 3,7 vezes mais monóxido de carbono e passaram a conter amônia para aumentar a absorção da nicotina pelo organismo.

E eu com isso? Diriam os cínicos. O problema é que a sociedade banca os custos do tratamento dos cânceres causados pelo tabaco. E é de uma desumanidade atroz. Câncer no pulmão dói. Recentemente, a imprensa registrou que uma pesquisa da Universidade de Lauzanne, Suiça, descobriu que os fabricantes adicionaram ao cigarro drogas que inibem o apetite. Órgãos governamentais dos EUA descobriram que a concentração de nicotina do Marlboro vendido no mundo varia conforme a política de controle existente em cada país. Se há controle, a concentração de nicotina é menor.

A indústria do cigarro disputa com a indústria de armas o Prêmio Nobel da Morte. Quem mata mais?

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