12 de janeiro de 2011
Quem tem medo da Rede Globo?
Paulo Henrique Amorim, em seu blog Conversa Afiada, escreveu um artigo intitulado “Cuidado com a fetichização da banda larga”. É pau puro. Segue o texto:
Cuidado com a fetichização da banda larga!
Trata-se de importante publicação do Ipea, em três volumes, realizado sob a batuta do presidente do Ipea, Marcio Pochmann e Daniel Castro, que ali falaram sobre essa iniciativa que compensou o fato de, em 46 anos de existência, o Ipea não ter produzido uma linha sobre a indústria da Comunicação no Brasil. Por que será, amigo navegante?
O evento transformou-se, na verdade, numa aula magna do professor Fábio Konder Comparato sobre a necessidade de se instalar na agenda política do país a discussão sobre a Comunicação. Comparato explicou as duas ADOs (Ações por Omissão) que o Supremo Tribunal Federal aceitou julgar. As ADOs são para condenar “por omissão” o Congresso que, desde 1988, não regulamenta os artigos da Constituição que tratam da Comunicação (por medo da Globo).
São artigos que asseguram o direito de resposta – suprimido pela extinção da Lei de Imprensa. Trata da proibição do monopólio (como o da Globo). Que proíbe programas que façam mal à sociedade e à saúde do povo. Que estimulam a produção independente e a regionalização. Comparato conclamou a plateia – cerca de 150 pessoas presentes e outras 150 na internet – para manter a questão na agenda política do país, de forma permanente.
Ali presente, este modesto blogueiro ficou a pensar: por que um deputado do PT não sobe à tribuna e defende as ADOs do Comparato?
Por que a senadora Marta Suplicy, futura líder do governo no Senado, não faz o mesmo?
Ou o senador Suplicy, que levou um pito do Lula por bajular a Globo, na festa da CartaCapital?
Por que o Suplicy não sobe à tribuna, defende as ADOs do Comparato, e se redime do pito?
Este ansioso blogueiro tem a certeza de que uma deputada da fibra de Luiza Erundina vai fazer isso antes de qualquer petista. Este ansioso blogueiro, ali presente, resumiu sua modesta participação a ler em voz alta o que já tinha escrito neste ansioso blog: “Paulo Bernardo até que ia bem, mas está com medo da Globo”.
Além disso, este ansioso blogueiro achou relevante advertir para o perigo da fetichização da banda larga. O ministro Paulo Bernardo dá a impressão de que a banda larga é uma espécie de óleo de jurubeba. Cura dor de corno, azia, má digestão, prisão de ventre e frieira.
Da mesma forma, os blogueiros sujos podem cair na armadilha. Dê-me a banda larga que a democratização estará feita. Este ansioso blogueiro lembrou que a banda larga é o trilho. As ADOs do Comparato e a Ley de Medios são a carga do trem. Quanto mais longe for o trilho, melhor. Desde que o trilho leve um trem que tenha dentro a democracia. Se o trilho conduzir um vagão cheio de Nelson Johnbim, não me interessa.
A propósito: o grande ministro Gilberto Gil tem uma música que enaltece os poderes mágicos do óleo de jurubeba.
Cuidado com a fetichização da banda larga!
Trata-se de importante publicação do Ipea, em três volumes, realizado sob a batuta do presidente do Ipea, Marcio Pochmann e Daniel Castro, que ali falaram sobre essa iniciativa que compensou o fato de, em 46 anos de existência, o Ipea não ter produzido uma linha sobre a indústria da Comunicação no Brasil. Por que será, amigo navegante?
O evento transformou-se, na verdade, numa aula magna do professor Fábio Konder Comparato sobre a necessidade de se instalar na agenda política do país a discussão sobre a Comunicação. Comparato explicou as duas ADOs (Ações por Omissão) que o Supremo Tribunal Federal aceitou julgar. As ADOs são para condenar “por omissão” o Congresso que, desde 1988, não regulamenta os artigos da Constituição que tratam da Comunicação (por medo da Globo).
São artigos que asseguram o direito de resposta – suprimido pela extinção da Lei de Imprensa. Trata da proibição do monopólio (como o da Globo). Que proíbe programas que façam mal à sociedade e à saúde do povo. Que estimulam a produção independente e a regionalização. Comparato conclamou a plateia – cerca de 150 pessoas presentes e outras 150 na internet – para manter a questão na agenda política do país, de forma permanente.
Ali presente, este modesto blogueiro ficou a pensar: por que um deputado do PT não sobe à tribuna e defende as ADOs do Comparato?
Por que a senadora Marta Suplicy, futura líder do governo no Senado, não faz o mesmo?
Ou o senador Suplicy, que levou um pito do Lula por bajular a Globo, na festa da CartaCapital?
Por que o Suplicy não sobe à tribuna, defende as ADOs do Comparato, e se redime do pito?
Este ansioso blogueiro tem a certeza de que uma deputada da fibra de Luiza Erundina vai fazer isso antes de qualquer petista. Este ansioso blogueiro, ali presente, resumiu sua modesta participação a ler em voz alta o que já tinha escrito neste ansioso blog: “Paulo Bernardo até que ia bem, mas está com medo da Globo”.
Além disso, este ansioso blogueiro achou relevante advertir para o perigo da fetichização da banda larga. O ministro Paulo Bernardo dá a impressão de que a banda larga é uma espécie de óleo de jurubeba. Cura dor de corno, azia, má digestão, prisão de ventre e frieira.
Da mesma forma, os blogueiros sujos podem cair na armadilha. Dê-me a banda larga que a democratização estará feita. Este ansioso blogueiro lembrou que a banda larga é o trilho. As ADOs do Comparato e a Ley de Medios são a carga do trem. Quanto mais longe for o trilho, melhor. Desde que o trilho leve um trem que tenha dentro a democracia. Se o trilho conduzir um vagão cheio de Nelson Johnbim, não me interessa.
A propósito: o grande ministro Gilberto Gil tem uma música que enaltece os poderes mágicos do óleo de jurubeba.