2 de janeiro de 2011

 

No Maranhão, a oligarquia da famiglia Sarney continua a mandar

O povo do Maranhão continua sob o tacão da famiglia Sarney. Há 45 anos a famiglia Sarney controla o Estado. Não há perspectiva de mudança com a vitória de Dilma Rousseff. Além da eleição de Roseana Sarney ao governo estadual, dois peemedebistas conservadores – Edson Lobão e Pedro Novais – integram o ministério de Dilma Rousseff. É um preço alto.

Como ocorreu na Bahia (com a morte de ACM), somente a morte do patriarca Sarney vai descortinar mudanças democráticas.

Os índices sociais do Maranhão são alarmantes. Perto de 80% das cidades não têm sistema de água tratada, apenas 1,4% dos municípios tem saneamento básico. O estado detém um dos mais altos índices de pobreza do país. Quase um terço da população vive em situação de pobreza absoluta, com renda per capita de um quarto do salário mínimo. Mais da metade da população é beneficiada por programas de transferência de renda como o Bolsa Família.

Pela sua própria natureza, o poder da famiglia Sarney não consegue quebrar o ciclo de miséria do Maranhão. A corrupção é endêmica. Excetuando-se o Bolsa Família, que chega diretamente às famílias sem passar pela máquina pública, os recursos nunca chegam ao seu destino final.

A famiglia Sarney domina politicamente o Maranhão desde 1965. Como ACM na Bahia, cresceu com a ditadura militar. Na Bahia, somente a morte do coronel abriu uma porta de esperança. No Maranhão, somente a morte do patriarca vai quebrar a oligarquia.

Erradicar a miséria, como quer Dilma Rousseff, é um desafio gigantesco. Quase impossível.

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