2 de janeiro de 2011
Do presídio Tiradentes à presidência da República
Não sei de quem foi a idéia. Provavelmente da própria Dilma. Inicialmente divulgou-se que onze companheiras de cela no presídio Tiradentes foram convidadas para a posse. Como de fato foram. Pesquisei, pesquisei, mas consegui identificar todas.
Vi na Internet um vídeo gravado por um celular. Dilma foi até a mesa das ex-presas políticas, as companheiras da Torre das Donzelas, como ficou conhecida a ala feminina do presídio. Elas foram à posse no Palácio do Planalto e ao coquetel no Itamaraty.
Entre as convidadas a imprensa destacou a presença da economista Maria Lúcia Urban, que atualmente é diretora do Centro de Formação estatística do Paraná. Ela chegou grávida e recebeu cuidados de Dilma. Construíram uma relação muito forte.
Muitas não se viam há 40 anos. Foi, portanto, um reencontro histórico de grande simbolismo.
Fui pescando identidades.
Lá estava a Lenira Machado, socióloga, responsável pelo convite às demais companheiras do Tiradentes. Lenira Machado trabalha com projetos e programas do Ministério do Turismo. Ela foi torturada no DOI-CODI e, em 2008, reconheceu seu torturador e o denunciou publicamente.
Lá estava Rita Sipahi, que militava na Ação Popular (AP), advogada e integrante da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
A jornalista Rose Nogueira estava na festa. Ela se recorda do apego da petista aos livros. De todos os tipos, de teorias da economia aos clássicos da literatura universal. Nos trabalhos manuais na cela, Dilma tinha predileção, segundo Rose, pelo crochê. Segundo Luiz Carlos Azenha (blog Vi o Mundo) Rose Nogueira comprou uma camélia vermelha para usar na posse, representando todas que não puderam estar lá.
As outras colegas de cela identificadas: a arquiteta Maristela Scofield; a uruguaia Maria Cristina de Castro, que trabalha no Ministério das Minas e Energia; a psicóloga Lúcia Maria Salvia Coelho; a arquiteta Ivone Macedo; Francisca Eugênia Soares e as irmãs Iara de Seixas Benichio e Ieda Akselrud de Seixas, de uma família que atuou na oposição aos militares.
Segundo matéria de Aryssa Borges, do portal Terra, a ex-presa Ieda Akselrud de Seixas passou 3 dias chorando sem parar de tanta emoção. Ela se sentia como se todos aqueles que morreram nos anos de chumbo também tivessem chegado ao poder neste 1º de janeiro. Com lágrimas nos olhos, ouviu Dilma homenagear, no discurso de posse, aqueles que tombaram durante a ditadura.
Vi na Internet um vídeo gravado por um celular. Dilma foi até a mesa das ex-presas políticas, as companheiras da Torre das Donzelas, como ficou conhecida a ala feminina do presídio. Elas foram à posse no Palácio do Planalto e ao coquetel no Itamaraty.
Entre as convidadas a imprensa destacou a presença da economista Maria Lúcia Urban, que atualmente é diretora do Centro de Formação estatística do Paraná. Ela chegou grávida e recebeu cuidados de Dilma. Construíram uma relação muito forte.
Muitas não se viam há 40 anos. Foi, portanto, um reencontro histórico de grande simbolismo.
Fui pescando identidades.
Lá estava a Lenira Machado, socióloga, responsável pelo convite às demais companheiras do Tiradentes. Lenira Machado trabalha com projetos e programas do Ministério do Turismo. Ela foi torturada no DOI-CODI e, em 2008, reconheceu seu torturador e o denunciou publicamente.
Lá estava Rita Sipahi, que militava na Ação Popular (AP), advogada e integrante da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
A jornalista Rose Nogueira estava na festa. Ela se recorda do apego da petista aos livros. De todos os tipos, de teorias da economia aos clássicos da literatura universal. Nos trabalhos manuais na cela, Dilma tinha predileção, segundo Rose, pelo crochê. Segundo Luiz Carlos Azenha (blog Vi o Mundo) Rose Nogueira comprou uma camélia vermelha para usar na posse, representando todas que não puderam estar lá.
As outras colegas de cela identificadas: a arquiteta Maristela Scofield; a uruguaia Maria Cristina de Castro, que trabalha no Ministério das Minas e Energia; a psicóloga Lúcia Maria Salvia Coelho; a arquiteta Ivone Macedo; Francisca Eugênia Soares e as irmãs Iara de Seixas Benichio e Ieda Akselrud de Seixas, de uma família que atuou na oposição aos militares.
Segundo matéria de Aryssa Borges, do portal Terra, a ex-presa Ieda Akselrud de Seixas passou 3 dias chorando sem parar de tanta emoção. Ela se sentia como se todos aqueles que morreram nos anos de chumbo também tivessem chegado ao poder neste 1º de janeiro. Com lágrimas nos olhos, ouviu Dilma homenagear, no discurso de posse, aqueles que tombaram durante a ditadura.