29 de novembro de 2010
Aos 97 anos, Elzita Santa Cruz ainda luta por informações sobre seu filho Fernando, “desaparecido” da ditadura.
A revista Carta Capital de 1º de dezembro publica na seção “Retratos Capitais” uma bela e trágica foto. Ao lado do monumento aos torturados, Elzita Santa Cruz é fotografada em toda sua beleza aos 97 anos de idade. E a legenda: “Aos 97 anos ainda luta por informações sobre o filho Fernando, “desaparecido” nos porões da ditadura.
Fernando Santa Cruz era filho do médico sanitarista Lincoln Santa Cruz Oliveira e Ezita Santo de Santa Cruz Oliveira. Era líder estudantil em Pernanbuco. Com o Ato Institucional Nº 5 mudou-se para o Rio de Janeiro. Passou no vestibular de Direito da Universidade Federal Fluminense. Foi eleito para o Diretório Acadêmico, depois Diretório Central dos Estudantes. Em 1972 mudou-se para São Paulo.
Em 1974, Fernando e a mulher viajam ao Rio de Janeiro. Ele decide visitar amigos da luta contra a ditadura. No dia 23 de fevereiro, sábado de Carnaval, marcou encontro com seus amigos e nunca chegou. Simplesmente desapareceu. Tornou-se um ícone da luta e da resistência à ditadura militar (1964-1985). Foi mais uma vítima do método repressivo que implicava em sequestro, cárcere privado, tortura, assassinato e ocultação de cadáver.
O livro “Direito à Memória e à Verdade”, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, registra que 475 pessoas morreram ou “desapareceram” por motivos políticos durante a ditadura militar. O termo “desaparecido político” passou a designar os militantes políticos assassinado pela repressão militar brasileira. O auge dos desaparecimentos ocorreu durante os governos dos ditadores Emílio Médici e Ernesto Geisel. Médici era considerado um psicopata. Particularmente brutal.
Foi essa ditadura terrorista que a Folha de S. Paulo chamou de “ditabranda” porque teria matado “apenas” 475 pessoas.
É essa mesma Folha de S. Paulo que insiste em publicar os arquivos sobre a presidente eleita Dilma Rousseff, com depoimentos tomados sob tortura.
Tudo isso me ocorreu quando vi a foto de Elzita Santa Cruz, com aquela serenidade do alto de seus 97 anos. Lá na última página da revista Carta Capital.
Fernando Santa Cruz era filho do médico sanitarista Lincoln Santa Cruz Oliveira e Ezita Santo de Santa Cruz Oliveira. Era líder estudantil em Pernanbuco. Com o Ato Institucional Nº 5 mudou-se para o Rio de Janeiro. Passou no vestibular de Direito da Universidade Federal Fluminense. Foi eleito para o Diretório Acadêmico, depois Diretório Central dos Estudantes. Em 1972 mudou-se para São Paulo.
Em 1974, Fernando e a mulher viajam ao Rio de Janeiro. Ele decide visitar amigos da luta contra a ditadura. No dia 23 de fevereiro, sábado de Carnaval, marcou encontro com seus amigos e nunca chegou. Simplesmente desapareceu. Tornou-se um ícone da luta e da resistência à ditadura militar (1964-1985). Foi mais uma vítima do método repressivo que implicava em sequestro, cárcere privado, tortura, assassinato e ocultação de cadáver.
O livro “Direito à Memória e à Verdade”, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, registra que 475 pessoas morreram ou “desapareceram” por motivos políticos durante a ditadura militar. O termo “desaparecido político” passou a designar os militantes políticos assassinado pela repressão militar brasileira. O auge dos desaparecimentos ocorreu durante os governos dos ditadores Emílio Médici e Ernesto Geisel. Médici era considerado um psicopata. Particularmente brutal.
Foi essa ditadura terrorista que a Folha de S. Paulo chamou de “ditabranda” porque teria matado “apenas” 475 pessoas.
É essa mesma Folha de S. Paulo que insiste em publicar os arquivos sobre a presidente eleita Dilma Rousseff, com depoimentos tomados sob tortura.
Tudo isso me ocorreu quando vi a foto de Elzita Santa Cruz, com aquela serenidade do alto de seus 97 anos. Lá na última página da revista Carta Capital.