10 de outubro de 2010

 

Serra dá provas que vai jogar mais sujo ainda para matar sua sede de poder

Em sua origem, José Serra era de esquerda. Foi militante da Ação Popular, que pregava a luta armada contra a ditadura militar, igual a Dilma Rousseff. Em 1964, com o golpe de estado, ele saltou fora e só retornou ao Brasi, em segurança, após a anistia. Mas, já era outro Serra. Durante algum tempo manteve-se ao lado dos desenvolvimentistas, mas, com o advento do governo FHC, mudou-se com armas e bagagens para o neoliberalismo. Começou então sua virada para a direita.

A luta pelo poder fez Serra abandonar princípios éticos na política e até a passar uma esponja no passado. Para criar um clima de medo, aceitou reunião com a extrema-direita militar, os torturadores de ontem. Ateu, passou a dizer que professava a fé católica. A favor do aborto, em pensamento e ação, passou a dizer que era contra, para ganhar os votos dos evangélicos e da ala carismática da Igreja Católica. Daí para apoiar a Opus Dei e a TFP será um pulo.

Desde que abandonou princípios éticos, Serra passou a demonstrar que fará o que for necessário (os fins justificam os meios) para ser presidente do Brasil. Armou uma campanha suja contra Dilma na Internet, inventou aquela frase usando o nome de Cristo em vão, na boca de Dilma, reproduziu 2 milhões de panfletos do bispo ultraconservador dom Demétrio, vinculou-se aos donos da grande mídia, que já não escondem apoio a ele, com todas as deformações expostas no jornalismo imparcial e fraudulento.

Estou preocupado. O marketing não será suficiente para dar uma ampla vitória para Dilma Rousseff. As pessoas de bem precisam sair de casa, ir para as ruas, fazer campanha. Ou será o advento de outra era de atraso.

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