27 de setembro de 2010

 

A Folha e Eliane Cantanhêde perderam completamente a vergonha

As manchetes da Folha de S. Paulo, mirando o Governo Lula, a sete dias das eleições, continuam. Nesta segunda-feira (27) a manchete de primeira página foi: “Presidência incha no governo Lula”. Não há nenhuma ilegalidade, mas isso não importa. É campanha. Já a fiel funcionária da Folha, Eliane Cantanhêde, conseguiu entrevistar a vice-procuradora eleitoral, Sandra Cureau, sem perguntar porque ela faz chantagem contra a revista Carta Capital, com base em denúncia anônima de coisa nenhuma.

Eles perderam completamente a vergonha. Sandra Cureau não assume somente o papel de vice-procuradora eleitoral. Assume também o papel de militante ativa de obscuros interesses políticos. Qual o sentido que tem uma vice-procuradora eleitoral dar cinco dias de prazo para que a revista Carta Capital revele seus contratos de publicidade com o governo federal? Todas as revistas, todos os jornais recebem publicidade do governo federal. A ação contra a Carta Capital é um assalto à liberdade de imprensa.

Todos recebem do governo federal, mas, nem todos recebem do governo de S. Paulo. Deste governo, contratos milionários somente são firmados com a Editora Abril e revista Veja, Folha de S. Paulo, jornal Estado de S. Paulo e O Globo. A entrevista da fiel funcionária da Folha é apenas um espaço concedido à vice-procuradora para ela limpar sua ficha, manchada por perseguições ao presidente Lula. Ao sonegar a pergunta capital, Eliane Cantanhêde colocou a nova militante política numa grande saia-justa.

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