Bahia de Fato

Marta Suplicy tocou num ponto fundamental. A campanha de Serra, nas catacumbas, tem espalhado que Dilma Roussef foi “terrorista” na luta contra a ditadura militar. Mas, como o PSDB vai explicar a aliança, no Rio de Janeiro, com Fernando Gabeira (PV), ex-militante da luta armada e responsável pelo seqüestro do Embaixador dos EUA?

Marta Suplicy desmonta a baixaria armada nos esgotos da Internet contra Dilma Roussef. Ninguém ouviu falar que Dilma Roussef tenha pegado num só fuzil, entretanto, Fernando Gabeira (PV), aliado do DEM e do PSDB, e candidato ao governo no Rio de Janeiro, era o escolhido para matar o embaixador, se fosse preciso. Vocês vejam a armadilha em que o DEM e o PSDB se meteram ao acionarem o discurso da direita militar terrorista.

A pá de cal, entretanto, na estratégia militarista da campanha de Serra, foi a declaração do presidente Lula durante o programa do PT. Ele comparou a vida de Dilma Roussef com a vida de Nelson Mandela.

Mandela lutou contra a ditadura lá, que era o apartheid, e ficou 27 anos na cadeia por uma coisa que ele acreditou. E ela, com 20 anos de idade, lutou contra a ditadura e ficou três anos na cadeia. Ambos foram presos e torturados, ambos participaram da luta armada. Ambos apoiaram a redemocratização de seus países. “O que Lula quis dizer com isso? Que pessoas que vão para uma cadeia por ideologia são pessoas de luta, dignas. E isso é que cada militante aqui vai ter que peitar, porque vão tentar desqualificar a nossa candidata."

Viva Dilma Roussef, viva Nelson Mandela.